sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

O clima já não é o que era...






Há perto de 10 000 anos uma alteração de alguns graus no eixo de rotação da Terra originou uma radical alteração climática em muitas regiões do globo incluindo toda a área do atual deserto do Saara.

O que antes era basicamente uma imensa savana, onde a fauna e a flora eram significativas, transformou-se no maior deserto terrestre.

O que à primeira vista parecia ser uma situação desesperada possibilitou uma autêntica revolução.

No fundo foram essas condições climáticas tão adversas que originaram o início do que hoje chamamos civilização egípcia.

As populações que eram essencialmente nómadas e viviam da caça e da recoleção, não tiveram outra alternativa senão sedentarizar-se nas margens do Rio Nilo. Começaram a dedicar-se à agricultura, pastorícia e outras actividades afins. Com o tempo a sociedade criada foi-se complexicando até atingir um elevado grau de sofisticação.


2 comentários:

  1. As mesmas condições que proporcionaram o florescimento do Antigo Egito podem agora estar a ameaçar a sobrevivência da população atual, em grande expansão demográfica e confinada a um único lugar habitável - o vale do Nilo. São 80 milhões de pessoas numa faixa fértil comprida, mas não larga. Com as alterações climáticas em destaque, o que será dos Egípcios a nível de sustentabilidade daqui a 30 ou 50 anos?

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  2. Na verdade as grandes alterações climáticas ocorridas entre o X e o V milénio antes da nossa era levaram a grandes modificações geográficas e humanas, fazendo do Egito um oásis graças ao Nilo que atraiu populações do Sul, do Leste e do Oeste.

    Por isso na ponta norte-oriental de África surgiu, a partir de finais do IV milénio, uma grande civilização de base africana e com grandes influências camitas e semitas - como de resto se percebe pela estrutura da língua falada no Egito faraónico.

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