domingo, 30 de janeiro de 2011
Algures em Abril passado
«It is at the Winter Palace hotel. Guests are having drinks and Poirot is descending the stairs into the lounge.
Mrs. Alerton says "isn't that Hercule Poirot?" And son Tim Allerton replies "Do you mean that dwarfish-looking creature mincing down the stairs?"»
(«Morte no Nilo»)
sábado, 29 de janeiro de 2011
O Calendário no Antigo Egipto
Os antigos egípcios foram os responsáveis pela concepção do primeiro calendário solar conhecido e que, ainda hoje, é utilizado genericamente.
Foram eles que dividiram o ano (renpet) em 365 dias (su).
Na prática, criaram 12 meses (abed) de 30 dias, estando cada mês dividido em 3 décadas (ou semanas de 10 dias).
Assim, como 12 meses de 30 dias prefazem 360 dias, foram acrescentados outros 5 dias suplementares (os dias epagómenos).
Como no Antigo Egipto era fundamental não só a previsão das cheias do Nilo, mas também a época correcta para a sementeira e a colheita, os meses foram agrupados em três estações:
-Akhet - correspondia à estação das inundações e decorria desde meados de Julho até meados de Novembro.
-Peret - correspondia à estação das sementeiras e ia de meados de Novembro a meados de Março.
-Chemu - correspondia à época das colheitas entre meados de Março a meados de Julho.
O início do ano era determinado pelo reaparecimento da estrela Sirius no horizonte.
A inexistência de um ano bissexto, foi provocando o atraso progressivo do calendário em relação ao tempo real, demorando 1461 anos a acertar novamente o calendário. Este problema nunca foi resolvido apesar de terem havido tentativas para o solucionar.
Para finalizar, ainda existe uma outra curiosidade: o dia embora estivesse constituido, como hoje, em 24 horas, eles dividiam o dia em 12 horas diurnas e 12 horas nocturnas, mas eram "horas" de duração variável ao longo dos dias do ano.
Foto de calendário numa parede do Templo de Kom-Ombo
Apreensão e tristeza
Algo me dizia que isto poderia vir a acontecer.
Deixou-me profundamente triste e apreensiva. O Museu do Cairo foi invadido e saqueado. As peças milenares partidas e caídas pelo chão; as vitrines partidas... Que tristeza!
Passeando no jardim
Uma Pirâmide...
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
Comentário às manifestações no Egipto (Jan/2011)
Temos assistido muito recentemente a movi-mentos importantes de contestação em alguns países do mundo árabe, desde a revolução tunisina... Este processo tem-se alastrado e agora a novidade é que também chegou ao Egipto, e com alguma força, quando se esperava a passagem "automática" do poder de Mubarak para o seu filho.
É uma situação a seguir com atenção... Sabemos como começou, mas ainda não sabemos como vai acabar...
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
Aparentemente, Kaputt.
O busto de Nefertiti não vai para o Sr. Hawass:
«Berlim nega pedido oficial do Egipto para devolver busto de Nefertiti.[...] O ministério alemão lembrou que a situação da peça é legal e, por isso, "não existe nenhum direito do Egipto para reclamá-la". [...]»
Foto
David Roberts e Abu Simbel
Na sequência do post anterior, e ainda sob o tema do Templo de Ramsés II em Abu Simbel, achei importante referenciar os trabalhos realizados pelo pintor escocês, David Roberts (1796- 1864), concretamente sobre este magnífico templo que espelha o grau de desmazelo e abandono a que este monumento chegou: praticamente todo invadido pelas areias do deserto.
A egiptologia actual deve muito a este pintor por ter preservado, na tela, as imagens de grande parte dos templos e pirâmides conhecidas em meados do século XIX.
Foi, no entanto, o clima extremamente seco e as areias do deserto que conseguiram preservar parte das cores ainda hoje existentes no interior de alguns dos templos.
sábado, 22 de janeiro de 2011
Abu Simbel
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Aqui apresenta-se a imagem do interior do templo de Ramsés II, em Abu Simbel.
Este templo é uma maravilha, e a técnica empregada foi a de escavação do templo dentro da rocha, portanto muito diferente da técnica habitualmente empregada.
Na foto, em primeiro plano, observam-se 8 estátuas de Ramsés II osirificado.
Ao fundo, está a sala da barca e o santuário com 4 deuses, da esquerda para a direita: o deus Ptah (de Mênfis), o deus Amon-Ré (de Tebas), o próprio Ramsés II, divinizado e, por último, o deus Ré-Horakhti (de Heliópolis). Na imagem principal vemos os dois do meio, pelo que apresento uma outra imagem com os 4 deuses juntos.
Uma curiosidade - que tem a ver com a orientação precisa do templo - é que, em 21 de Fevereiro (data de nascimento do faraó?) e em 22 de Outubro (data da sua coroação?), o sol entrava e atravessava todo o templo, iluminando os deuses do santuário.
Após a transladação do templo, em 1964-68, pela UNESCO, uma vez que a cota ficou 60 metros mais elevada, o evento passou para os dias imediatos.
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
Um escriba...
Este casal foi descoberto em Sakara. Meriré era um escriba real no templo de Tell el-Amarna e depois em Mênfis. Ela, Iniuia, era uma dama nobre e tinha o título de a "favorita das damas do palácio".
Museu do Cairo
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Ísis- Afrodite
Do Metropolitan Museum of Art, apresento esta estranha imagem de uma deusa nascida da simbiose de Ísis e Afrodite.
Foi datada de cerca de 150 a.C., portanto dum período ptolemaico mais tardio, o que justifica a clara influência greco-macedónica.
Da iconografia de Ísis já pouco resta, mas ainda assim, temos na coroa o típico disco solar e os cornos de vaca.
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Em Roma sê ... egípcio
domingo, 16 de janeiro de 2011
Os músicos eróticos
Pensei duas vezes antes de colocar este post mas, após ter consultado o Dicionário do Antigo Egipto (Editora Caminho), mais concretamente as páginas 706 e 707, em que este tema é abordado, decidi-me definitivamente a avançar.
O tema surgiu-me através das imagens colhidas no Brooklyn Museum e referem-se a pequenas estatuetas de homens e mulheres em pleno acto sexual, da época Ptolemaica (305 a 30 a.C.), provavelmente, das mais antigas que se conhecem.
Essas estatuetas, para além de terem um carácter erótico, são também satíricas, pelo exagero voluntariamente utilizado.
Não tenho dúvida que esta nota pitoresca alternativa vos vai provocar um belo sorriso…
Anexo o Link com a etiqueta do museu...
sábado, 15 de janeiro de 2011
Estatuetas funerárias
Desde o Império Médio que se passou a colocar pequenas estatuetas nos túmulos as quais eram chamadas de chauabtis. No início eram feitas de madeira de uma árvore que se chamava chauab, daí a derivação do nome. Eram colocadas às dezenas, e posteriormente às centenas, nos túmulos com a intenção de trabalhar pelo defunto nos campos do Além.
Depois da madeira, começaram a ser produzidas noutros materiais, tais como pedra ou bronze.
No entanto, a partir da XXI dinastia, essas estatuetas começaram a ser denominadas como uchebti (respondedor), e nessa altura já eram feitas em faiança, mas sempre com a mesma função.
Ficam aqui 2 imagens de estatuetas do Metropolitan Museum of Art e mais abaixo, outra, em bronze, da Colecção Calouste Gulbenkian.
Máscara funerária
Princesa Sobeknakht
Ainda a Escrita Hieroglífica...
(Museu de Brooklyn, Nova Iorque)
Qual será a mensagem...?
Espero um dia ainda poder decifrar... Agradeço a visita desta manhã e a convicção posta nos humildes escribas de tentarem ler qualquer coisita.
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
Andaimes de antanho
Se é certo que as de Guisa são incontornáveis, a pirâmide de Sakara, do complexo de Djoser, encheu-me as medidas: os degraus, gigantes e intransponíveis; o cenário onde tudo se adequa e encaixa e os ... andaimes, em madeira, deixando adivinhar as junções feitas por correias em memória de outros feixes, quiçá em corda, transportando-nos para um tempo de faraós.
O senhor respira?
De acordo com a noticia, bem podemos dar-nos por contentes pela nossa viagem ao Egipto. É que vai ser proibido visitar os túmulos do antigo Egipto. O nosso "amigo" Hawas assim decretou. Até pode haver uma razão cientifica para isto, mas será que uma boa técnica de ventilação não resolveria o problema? Os patrimónios da humanidade são para a humanidade usufruir, e não é um anacrónico pseudo cow-boy, ( na estética, claro), que me vai tirar esse prazer, ou vai?
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Néctar dos Deuses
Para que os meus amigos escribas, agora com responsabilidades acrescidas pelo domínio das técnicas, não digam que fugi para a eternidade, aqui vai um tema, sempre interessante, a vinhaça. Perdão, queria dizer o rei escorpião. Este controverso primeiro rei (Horus Serek) possuia um túmulo encontrado em Abido, que data de 150 anos antes da 1ª dinastia, o que o coloca a 3170 a.C. Entre outros artefactos, foram encontrados no túmulo mais de 200 jarros de vinho..não vá a eternidade tece-las..
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
Psusennes I, o faraó do sarcófago de prata
Psusennes I foi o 3º faraó da XXI dinastia, que reinou um período de mais de 40 anos na passagem do 2º para o 1º milénio a.C.
Esta dinastia, foi carac-terizada por grande instabilidade política e social, pelo que já se inclui no 3º Período Intermediário.
A importância deste faraó não tem a ver com os seus feitos ou liderança, porque os não teve, mas porque o seu túmulo em Tânis foi descoberto intacto pelo arqueólogo francês Pierre Montet, em 1939, durante a 2ª Guerra Mundial. Esse facto terá certamente reduzido o impacto de tão importante descoberta, pelo que ainda hoje em dia, este faraó, tem muito menos projecção que Tutankhamon, também ele um faraó de 2º plano.
Embora a múmia se tenha encontrado praticamente destruída, por causa das condições de elevada humidade na necrópole (Tânis, Baixo-Egipto), os restante materiais não perecíveis mantiveram-se totalmente intactos.
Para além do sarcófago exterior em granito vermelho, e do seguinte em granito negro, a múmia estava envolvida num sarcófago de prata maciça, muito pouco comum, dado que a prata era muito rara e valiosa, tendo de ser comprada externamente. Finalmente tinha uma belíssima máscara em ouro maciço, como pode ser apreciada na imagem anexa.
Vinte anos depois, a Cadmo em festa
e do Centro de História da Universidade de Lisboa.
Sessão de lançamento do número 20 no dia 11 de Fevereiro,
pelas 18 horas, no Anfiteatro III da Faculdade de Letras de Lisboa.
domingo, 9 de janeiro de 2011
Céu nublado sobre as pirâmides de Guiza
sábado, 8 de janeiro de 2011
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
Época Romana - Simbiose de civilizações
Estas imagens que vos apresento são oriundas do Metropolitan Museum of Art, New York.
Estão datadas entre os séculos I e III d.C.
É muito interessante verificar que as iconografias romana e egípcia coexistem, pois os romanos pareciam acreditar na magia protectiva feita pelos deuses egípcios.
As múmias eram feitas à maneira típica egípcia, mas os retratos e máscaras funerárias eram tipicamente romanos.
Não há dúvida que esta junção de culturas resultou em objectos bastante interessantes... Ver Links
Uma múmia um pouco estranha
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
Chão de palácio em Amarna
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
Plano-picado sobre Deir El-Medina
O original e a cópia
O original e o ka em pose de escriba.
O trabalho exímio do escultor Fernando Fonseca moldou para a eternidade,
reproduzindo o gesto criador de Khnum, deus oleiro de Elefantina
a minha imagem numa clássica pose de escriba egípcio do Império Antigo.
a quem não faltam as curvinhas e as adiposidades dos intelectuais.
Curso de Escrita Hieroglífica
domingo, 2 de janeiro de 2011
Os fabulosos modelos de madeira do Império Médio II
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