quinta-feira, 30 de maio de 2019

No templo de Ísis em Filae





A visita ao belo templo da deusa Ísis, na ilha de Filae (antiga ilha
de Agilkia), constitui um dos momentos mais significativos e mais
memoráveis das viagens ao Egito, figurando na primeira imagem
o templo visto do lado ocidental, com destaque para o imponente
primeiro pilone e para o mammisi (a casa do nascimento divino).

Antes do início da visita convém dar uma sucinta ideia da história
do local e da transferência dos monumentos para o sítio onde agora
se encontram, o que acontece no pavilhão de Nectanebo I (da XXX
dinastia, a última do antigo Egito), e a segunda fotografia recorda 
esse momento, com os visitantes a disputarem a escassa sombra.

As restantes fotos mostram o grupo na sala recôndita do templo,
onde se cultuava uma estátua da deusa Ísis, estando as paredes 
repletas de imagens da benevolente deusa, o seu esposo e irmão 
Osíris, e o filho de ambos, o jovem deus Hórus, entre outras
divindades, e ainda no pavilhão de Augusto-Trajano.

A caminho da aldeia núbia





Fomos de barco visitar uma aldeia núbia, situada na margem esquerda
do rio Nilo, e para isso passamos pela ilha Elefantina, vendo no alto
de uma colina para lá da ilha o túmulo de Aga Khan, líder espiritual
dos ismaelitas, um ramo muito ativo e empenhado do Islão de hoje.

Depois, na aldeia núbia, e feitas as compras no pequeno bazar local, 
com portas abertas para a estreita rua empoeirada e pejada de bostas 
de camelo, o grupo toma o chá na varanda de uma típica habitação
local, como atestam as duas últimas fotos desta «reportagem», após 
o que se inicia o regresso a Assuão de barco, repetindo um percurso 
habitual dos anos anteriores, e que é sempre do agrado de todos.

No templo de Karnak





A visita ao grande templo de Karnak, onde era venerado Amon-Ré,
considerado no Império Novo como «rei dos deuses» (nesu-netjeru), 
é dos espaços histórico-culturais do antigo Egito que leva mais tempo
a percorrer dada a sua imensidão - de resto, o grande templo amoniano
com as suas várias partes levou dois mil anos a ser construído e nunca
foi acabado, tendo mesmo desaparecido o seu núcleo inicial que datava
do Império Médio (e foi nesse espaço, vazio e inexpressivo, que foram
fotografados os membros do grupo escutando as explicações do guia).

Estudantes de História no Egito





Já lá vai o tempo, sobretudo nas primeiras viagens ao país do Nilo,
em que integravam os grupos muitos alunos da Faculdade de Letras
da Universidade de Lisboa, agora são mais escassos - rccordemos
entretanto que na primeira viagem, em 2000, iam oito alunos, e na
quinta viagem, em 2004, foram dezoito alunos e cinco professores. 

No entanto, uma vez por outra, alguns estudantes, sobretudo da área
de História, integram os grupos de viajantes, como aconteceu agora
na visita de estudo organizada recentemente na Páscoa, a qual contou
com a presença de duas alunas, Mara Sevinatti Santos (de mestrado) 
e Joana Mendes Pinto (de licenciatura), como as fotos testemunham.

Mais a Sul, em Abu Simbel





O ponto mais a sul do programa das visitas de estudo é Abu Simbel,
com os seus dois templos rupestres, o maior dedicado a Ramsés II
e outras divindades, e o mais pequeno dedicado à rainha Nefertari
e à deusa Hathor, visitas que remataram com um fruitivo espetáculo 
de som e luz (o melhor dos vários que se podem ver no Egito).

Em Dendera, no templo de Hathor





Um dos muitos e emocionantes momentos das viagens ao Egito
é a visita ao templo da deusa Hathor, em Dendera, cujas linhas
harmoniosas se podem apreciar na primeira imagem, passando
pelo mammisi, que data do principado de Augusto, um edifício
que evocava o nascimento do filho divino, vendo-se à esquerda
 as ruínas de uma igreja copta e à direita parte do muro de tijolo.

As duas outras imagens mostram um aspeto da renovada pintura
de colunas e tetos da sala hipostila do templo de Hathor, depois
dos notáveis trabalhos de restauro dos últimos anos, e em baixo
o grupo fotografado junto de um relevo com o tutelar deus Bés,
um divertido protetor da maternidade e das intimidades do lar.

Com a bandeira portuguesa no Egito



O segundo grupo de viajantes que esteve no Egito na Páscoa (entre
18 de abril e 1 de maio), exibiu por várias vezes a bandeira nacional
nas tradicionais fotos de grupo, como aqui se pode ver no santuário
hatórico de Kertassi, agora na ilha de Kalabcha, e no templo de Ísis,
em Filae (a antiga ilha de Agilkia, que foi remodelada para receber
esse templo e outros monumentos devido à subida da água do Nilo).

quarta-feira, 29 de maio de 2019

Novamente os guias do Egito




Eis de novo os três guias que têm conduzido e orientado as visitas
de estudo ao Egito promovidas pelo Instituto Oriental da Faculdade
de Letras da Universidade de Lisboa e organizadas com inexcedível
profissionalismo pela agência Novas Fronteiras, cuja dinâmica guia 
Teresa Neves se vê ao centro nas fotografias tiradas recentemente. 

A primeira imagem mostra os três guias no átrio do Hotel Radison,
durante a breve pausa de dois dias que mediaram entre o regresso 
do primeiro grupo (de 9 a 16 de abril) e a chegada do segundo grupo
(de 18 de abril a 1 de maio), os quais foram uma preciosa vilegiatura
para aguentar o ritmo da segunda viagem (a qual incluiu o cruzeiro
na Núbia, navegando no lago Nasser entre Abu Simbel e Assuão).

Na imagem do meio estão os guias já restaurados, depois do belo
Heb-sed cairota, e ei-los no átrio do confortável Hotel Semiramis, 
no centro do Cairo, prontos para sair para o jantar que se realizou
num restaurante libanês com apetitosos pratos tradicionais fruídos
pelos componentes do segundo grupo antes da partida para o Sul,
rumo a Lucsor, e depois a Assuão e Abu Simbel, onde foi obtida
a terceira foto, em frente aos colossos do templo de Ramsés II.

Barbearia requintada no Cairo







Depois da partida do primeiro grupo, e enquanto se aguardava a vinda
do segundo, o guia egiptólogo passou dois dias de merecido repouso
no Cairo, fruindo um reconfortante Heb-sed que incluiu a ida a uma
barbearia de requinte para aparar a barba (rija) e o cabelo (escasso),
como atesta a oportuna reportagem fotográfica de Teresa Neves.

Graças à solicitude e ao desvelo dos guias Mustafa e Teresa Neves,
o signatário foi alvo de um esmerado tratamento bem rematado com 
uma enérgica massagem facial concluída com um fofo pano quente, 
logo seguido por um pano gelado, originando uma estranha sensação
de banho turco de onde o cliente sai impregnado de cheiros exóticos.

terça-feira, 28 de maio de 2019

Navegando no rio Nilo




Nas duas viagens pascais ao Egito realizadas em abril ambos os grupos 
puderam, em diversas ocasiões, navegar nas calmas águas do rio Nilo,
como sucedeu numa ida para a margem esquerda em Lucsor, na viagem
para visitar a aldeia núbia em Assuão, e no inolvidável passeio fluvial
a bordo de uma tradicional feluca rodeando a antiga ilha de Elefantina.

Na terceira imagem, os viajantes confiaram na destreza do Thomas, 
feito um improvisado timoneiro com o seu trajo colonial, uma tarefa
da qual foi dispensado quando a navegação foi a bordo do magnífico
barco de cruzeiro no rio Nilo, ou, no caso do segundo grupo, quando
foi o cruzeiro no lago Nasser, com o imponente «Omar Khayam».

De Sakara a Dahchur





Na necrópole de Sakara, uma das mais vastas do antigo Egito, foram
visitados o complexo funerário do Hórus Djoser, a pirâmide de Teti,
e as mastabas dos altos funcionários Mereruka e Ti (esta última pelo
facto de Eça de Queirós lá ter estado em 1869, e por isso os nossos 
grupos são dos poucos que lá se deslocam), terminando a jornada
com a visita ao excelente Museu Imhotep, onde se guardam peças
descobertas em escavações feitas no local desde o século XIX.

As imagens recordam as visitas ao complexo funerário de Djoser 
e à mastaba «queirosiana» de Ti, seguindo-se, depois do almoço, 
o percurso até à zona de Dahchur, onde raros grupos de viajantes
marcam presença - mas vale bem a pena, para observar de perto
as duas grandes pirâmides mandadas erigir no local por Seneferu,
grande construtor e fundador da IV dinastia: a pirâmide romboidal 
(que se vê na terceira imagem) e a chamada pirâmide vermelha.

A Faculdade de Letras de Lisboa no Egito




As deslavadas imagens atestam a presença de viajantes pertencentes 
à Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa no segundo grupo
das viagens pascais ao Egito, em abril: na primeira foto o docente
e guia da visita de estudo, exibindo uma camisola com o emblema
da Faculdade, que também está nas outras duas com Mara Santos
(estudante de mestrado) e Joana Pinto (estudante de licenciatura).

Os guias das viagens ao Egito



Cá estão eles, uma vez mais, os habituais guias das viagens ao Egito:
o polivalente guia local Mustafa el-Ashabi, a útil guia Teresa Neves, 
da agência Novas Fronteiras, e o guia especialista do Instituto Oriental 
da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, instituição que tem
dado o necessário apoio científico e cultural a estas visitas de estudo.

A segunda fotografia tornou-se, desde há alguns anos, uma tradição 
deveras significativa, com o almoço em Sakara depois das visitas
à vasta necrópole e aos vestígios da antiga capital do Império Antigo,
a famosa cidade de Mênfis (Mennefer ou Ieneb-hedj), juntando-se
no repasto o experiente guia Gamal Khalifa aos três habituais guias.

Os dois grupos na Cidadela do Cairo



Durante as visitas de estudo ao Egito, não só os vestígios faraónicos
merecem interesse, há sempre tempo para apreciar alguns importantes
monumentos do Egito muçulmano, a começar pelos que se encontram
no alto da Cidadela do Cairo, percurso obrigatório para os viajantes.

Nestas duas fotografias ambos os grupos têm como fundo a mesquita
de Mohamed Ali, também conhecida por Mesquita de Alabastro, a qual
foi erigida no século XIX, mas também foi visitada no local a mesquita 
de Mohamed Nasser Ibn Kalaun, do século XIV, reconstruída e renovada
mais tarde devido ao seu estado de degradação e de quase abandono.

Duas viagens ao Egito na Páscoa



O Instituto Oriental da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa,
renovando uma exitosa ação iniciada no ano 2000, conduziu duas viagens
ao Egito durante as recentes férias pascais, tendo o primeiro grupo cerca 
de cinquenta participantes e o segundo grupo cerca de vinte, contando 
com a exímia e profissional organização da agência Novas Fronteiras.

No planalto de Guiza, cumpriu-se a tradição da incontornável fotografia
de grupo com as célebres pirâmides da IV dinastia ao fundo, vendo-se
na primeira imagem o grupo maior (com a data atestada na fotografia),
figurando o segundo grupo na outra imagem, com a particularidade
de nela se poderem ver melhor os três guias destas visitas de estudo.