sexta-feira, 19 de outubro de 2012
Já agora, mais actual:
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
Cleópatra através da pintura
Cleópatra VII (69-30 a.C.) foi a última rainha do Egito ptolemaico...
Embora existam algumas boas fontes de informação sobre esta atribulada época, também é certo que muito se especulou sobre a sua vida e a sua trágica morte.
Segundo a maioria das fontes, ter-se-ia suicidado para evitar ser humilhada pelo imperador romano Octaviano.
Pintura de Peter Paul Rubens (1615)
A sua morte tornou-se praticamente uma lenda, tendo sido veiculada como causa da sua morte a picada de áspides (pequenas víboras venenosas).
Plutarco também admitiu essa possibilidade mas não teve a certeza que essa tenha sido a causa da morte
Pelo que me documentei (diversas fontes) acho um pouco inverosímil a picada de áspide, mas admito que a simbologia da serpente ligada ao faraonato terá ajudado a veicular essa ideia.
As razões principais da minha dúvida são as seguintes:
-Atendendo a que apenas 4% das picadas de áspide, sem tratamento, serem fatais;
-Serem feridas bastante dolorosas;
-Mesmo em caso de morte, ela teria um desfecho arrastado de alguns dias, que, a meu ver, não seria adequado como escolha de Cleópatra.
Apesar de tudo seria talvez mais plausível o uso de um veneno forte que causasse um desfecho rápido...
Aqui ficam duas belas pinturas da época barroca onde se documenta a idealização da morte da Cleópatra
Pintura de Guido Reni (1630)
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
O rei e os deuses!
Esta bela imagem provém do túmulo KV43, no Vale dos Reis, perto de Lucsor, onde no Império Novo foi sepultada a larga maioria dos monarcas egípcios das XVIII, XIX e XX dinastias. No caso deste túmulo, viria a ser colocado aqui o corpo do faraó Tutmés IV, que reinou aproximadamente entre 1400 e 1390 a.C., distinto rei da XVIII dinastia, época em que o Antigo Egito atingia um dos seus momentos mais gloriosos.
Além de Tutmés IV, também parecem ter sido sepultados no KV43, dois dos seus filhos, a princesa Tetamon e o príncipe Amenemhat, de acordo com algumas inscrições e vestígios funerários aí encontrados. O túmulo foi descoberto pelas equipas de Howard Carter, em 1903.
Além de Tutmés IV, também parecem ter sido sepultados no KV43, dois dos seus filhos, a princesa Tetamon e o príncipe Amenemhat, de acordo com algumas inscrições e vestígios funerários aí encontrados. O túmulo foi descoberto pelas equipas de Howard Carter, em 1903.
A posição do túmulo, situado numa zona mais elevada do Vale dos Reis permitiu-lhe sobreviver às inundações que por vezes ocorrem no local, contribuindo para a extraordinária preservação das suas pinturas. O sarcófago do monarca encontra-se no seu respectivo lugar, estando essencialmente intacto.
Este painel faz parte da segunda câmara rectangular. Representa o rei Tutmés IV na companhia de diversas divindades, as quais lhe oferecem o ankh, sinal da vida. Da esquerda para a direita, vemos o faraó na companhia de:
- Hathor, «Senhora do Deserto do Ocidente»;
- Anúbis, divindade protectora dos mortos e dos embalsamadores;
- Hathor desta vez na qualidade de «Senhora de Tebas», «Senhora do Céu», «Senhora das Duas Terras»;
- Osíris, deus do mundo subterrâneo, juíz dos mortos e do renascimento.
Uma outra divindade está presente no painel, embora não se veja nesta imagem - é mais uma vez Hathor, de novo na capacidade de «Senhora de Tebas», «Senhora do Céu», «Senhora das Duas Terras». Outras partes da sala estão decoradas de acordo com os mesmos temas e padrões artísticos.
Quem quiser saber mais pormenores do túmulo KV43, pode consultar o site www.osirisnet.net, onde estão listas da maioria dos principais monumentos egípcios, com narrativas detalhadas das suas descobertas e descrições das suas formas e conteúdos.
domingo, 14 de outubro de 2012
Erotismo no antigo Egito
Esgotada que está, desde há seis anos, a primeira edição da obra
Estudos sobre Erotismo no Antigo Egito, está agora em preparação
uma segunda edição revista e aumentada.
Aqui se deixa a imagem escolhida para a capa do volume,
prevendo-se que possa ter cerca de quinhentas páginas
profusamente ilustradas além de um caderno central a cores.
A sessão de lançamento está prevista (se tudo correr bem)
para o dia 19 de dezembro, quarta-feira, pelas 18 horas,
no Anfiteatro III da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
A edição do volume terá o generoso apoio do Centro de História
da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
e o nome do apresentador da obra será anunciado em breve.
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
José do Egito, um mito ou um facto?
Esta é uma magnífica pintura de Peter von Cornelius (1783-1867), onde José aparece a interpretar o sonho do faraó.
Esta história é conhecida através do Antigo Testamento...
José teria sido enganado pelos seus irmãos que o venderam como escravo, sendo posteriormente levado para o Egito onde foi preso.
José tinha o dom da interpretação dos sonhos e mesmo no cárcere as suas profecias eram certas, tendo granjeado bastante fama.
O faraó (talvez um faraó Hicso??) teve um sonho no qual havia 7 vacas gordas e 7 vacas magras, em que estas últimas comiam as primeiras mas mesmo assim não engordavam...
Intrigado com o significado desse sonho, o faraó pediu aos sacerdotes que o interpretassem, mas ninguém teve uma explicação convincente. Entretanto os rumores de que José tinha capacidade para descobrir o enigma chegaram aos ouvidos do faraó e este convocou-o para vir até à sua presença.
José interpretou o sonho da seguinte maneira: o Egito iria ter 7 anos de fartura e 7 anos de seca.
Segundo a Bíblia, a José foi atribuído o cargo de governador e foram construídos celeiros para guardar a produção nos 7 anos da abundância para servir de reserva para os 7 anos de escassez.
Até à presente data não temos a certeza se esta história foi real ou não passa de uma lenda.
Fica a bonita pintura a a história bíblica...
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
Quem é ele?
Esta curiosa estátua de mármore, presente no Museu do Vaticano, em Roma, representa uma estranha forma de sincretismo religioso patente nos últimos séculos do Antigo Egito.
Aos mais participativos, lanço o desafio de tentarem identificar esta bizarra divindade. Atenção, o que poderá parecer à primeira vista, pode ser enganador! O vencedor terá uma «mosca de ouro» ou um cone de perfume como prémio - consoante o género!
Boa sorte!
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