segunda-feira, 28 de março de 2016

Peitoral divino


Pectoral bearing a cartouche with the name of the 19th Dynasty Pharaoh Ramesses II “the Great” (r. 1279-1213 BCE), held up by the vulture goddess #Nekhbet and the cobra goddess #Wadjet. Now in the Louvre. (in Grand Egyptian Museum no Facebook)

quarta-feira, 23 de março de 2016

Vida e prosperidade


Quase de partida para mais uma visita de estudo ao Egito,
aqui fica, em nome pessoal e em nome dos viajantes prestes
a seguir para o país do Nilo, os votos de vida e prosperidade.

Este emblema, enquadrando o signo da vida (ankh), entre dois
signos de prosperidade (uase), surge repetidamente no templo
de Hórus, em Edfu, onde estaremos dentro de alguns dias.

Votos de boa estada por cá, com muita saúde!

segunda-feira, 21 de março de 2016

Um arco-íris auspicioso


Ontem, no final de uma tarde chuvosa, um bonito e auspicioso arco-íris
cobriu o céu em Queluz, quando estava a preparar a mala para a viagem
ao Egito, para onde partiremos em breve em mais uma visita de estudo.

O belo e raro fenómeno celeste, com que por vezes a natureza nos brinda,
 pode ser apreciado como um bom augúrio de uma boa viagem pascal,
que entre 23 de março e 5 de abril nos levará pelo país do Nilo.

domingo, 20 de março de 2016

O Egito romano



Terminou, na passada sexta-feira, a primeira parte do seminário
de Armas e Sociedades: Mundo Pré-clássico, integrado no curso
de mestrado em História Militar que decorre na Faculdade de Letras
da Universidade de Coimbra, com uma sessão sobre o Egito romano.

Agora seguem-se as férias da Páscoa, com muitas amêndoas e bombons, 
uns passarão os dias pascais por cá, outros irão até ao Egito, para ver
os locais que nas aulas são referidos, antes do recomeço da atividade
letiva em abril, com a sociologia bélica da Mesopotâmia, do Hatti,
da Síria-Palestina e da Pérsia Aqueménida.

E seja na Baixa da Banheira, em Alexandria, em Lucsor, em Assuão,
ou em aprazível cruzeiro no lago Nasser, boas férias para todos!

O antigo Egito na Futurália



Tal como em anos anteriores, na passada semana decorreu mais uma edição
da Futurália, um notável evento realizado na Feira Internacional de Lisboa,
de 15 a 20 de março, a par de atividades de divulgação que tiveram lugar
no Pavilhão de Portugal, que agora pertence à Universidade de Lisboa.

Uma vez mais, no espaço da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa,
que lá divulgou os seus muitos e variados cursos de licenciatura, mestrado 
e doutoramento, esteve presente o curso de História, junto dos cursos
de História da Arte e de Arqueologia, a par de Artes e Humanidades,
Estudos Asiáticos, Estudos Europeus, Estudos Africanos, e Ciências 
da Cultura, entre outros cursos com grande procura dos alunos. 

Não faltou no espaço, muito concorrido por estudantes do ensino secundário
e pessoas interessadas nas atividades da Faculdade de Letras de Lisboa,
 o tradicional quadro onde o docente de serviço foi escrevendo os nomes 
na forma hieroglífica de todos os que desejavam ter uma recordação
da sua passagem pela Futurália de 2016. E para o ano há mais!

sexta-feira, 18 de março de 2016

A Morte de Cleópatra, por Cagnacci (c.1660)


No Kunsthistorisches Museum de Viena, à falta de fotos cinéfilas da Liz, da Colbert ou da Bara.

Nefertari, alias Anne Baxter


Foto publicitária de «Os 10 Mandamentos» (1956), de Cecil B. DeMille.

sexta-feira, 11 de março de 2016

História Militar: a Núbia e o Egito



Continua a decorrer o mestrado em História Militar, em terceira edição, 
na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, com a realização
de mais uma sessão, desta vez dedicada à presença núbia no Egito,
quando, em finais do século VIII a. C., a XXV dinastia, vinda do Sul,
transformou a antiga colónia de Kuch em suserana das Duas Terras.

Os reis de origem núbia invadiram o Egito, onde então reinavam 
ao mesmo tempo três dinastias de origem líbia (a XXII, XXIII e XXIV),
num período de conflito interno e de acesa rivalidade entre diferentes
fações, e fizeram-no em nome de Amon-Ré, para reunificar o Egito
e invocando a necessidade de repor a maet no país das Duas Terras.

Tutankhamon, o Faraó Sem Coração, ou A Osírificação de Tut!

Enigma of the Heartless Pharaoh: Who Stole the Heart of King Tut, and Why?


                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                The tomb of Tutankhamun revealed a wealth of anomalies, beginning with its discovery in 1922, right through the subsequent years of its excavation. The plethora of mysteries that surround the boy king's mummification and royal burial have endured for nearly a century, from the time they were first noted by the assiduous archaeologist, Howard Carter.
We know the most famous puzzle of them all—the abnormal and excessive use of large amounts of a black, resinous liquid that was liberally poured on the coffin and over the body of the deceased pharaoh. As a result, the mummy was terribly degraded by a chemical reaction caused by these oils and unguents that were intended to regenerate the dead body. Additionally, there exists evidence that this liquid was twice poured into Tutankhamun's skull after the brain was removed. In all, it has been estimated that the mummy's skin and wrappings were coated with a staggering 20 liters (5 gallons) of embalming oils―an exceptional amount.
In October 1925, Carter observed, "The most part of the detail is hidden by a black lustrous coating due to pouring over the coffin a libation of great quantity." Upon unwrapping the mummy, he was moved to describe the corpse as a “charred wreck”. At various places in the tomb, the British archeologist also found lightly wrapped packets of linen “like soot” and “charred powder.”
Howard Carter opens the innermost shrine of King Tutankhamen's tomb near Luxor, Egypt. ( Public Domain )
That the mummy seems to have been suspended upside down for a period is also extremely strange; the X-rays of the skull show unguents solidified in a level consistent with being allowed to settle for some time. The whole burial process seems to have been carried out in a very unusual and slipshod manner. Surely, the tumult of Tutankhamun’s lifetime seems to have followed him into his tomb.
Tutankhamun Mummy Replica, Upper Body and Head. (Flickr/ CC BY-SA 2.0 )
All this is quite odd, because the art of mummification had reached its zenith in the illustrious 18th Dynasty. Some of the finest examples of preservation that serve as a tribute to the ancient embalmers' skill occurred in that era. Scholars, beginning with Carter himself, have opined that the use of the black liquid was part of an intentional plan to depict Tutankhamun as Osiris, the god of the underworld, “… dark with the rich soil of the inundation, and the source of fertility and regeneration,” according to renowned mummy expert and professor of Egyptology at the American University in Cairo, Salima Ikram.

Heralding the Underworld

There exists a strong case for such theorization because the art on the north wall of the boy king's burial chamber depicts him as Osiris. This iconography is to be found in no other tomb in the Valley of the Kings; because the paintings always show the deceased ruler either being welcomed by Osiris in the afterlife; or in the act of making offerings to the deity—never as the god himself. Further proof for this can be had from the way in which Tutankhamun's arms are positioned; they are not crossed high on his chest as in traditional royal mummies, but very near his waist, such that his protruding elbows mimic the posture of Osiris.
Detail; Pharaoh Tutankhamun embracing god Osiris, scene from the tomb of Tutankhamun, KV62. ( Public Domain )
By all counts, this "fixation" to portray the young pharaoh as Osiris could well have been an overt and physical means of declaring to the gods that the ancient religious order had been restored; considering that Tutankhamun had himself presided over the dismantling of Akhenaten's doomed religious experiment.

Left, depiction of Egyptian god Osiris. Right, Opening of the Mouth ceremony, Tutankhamun depicted as Osiris. (Public Domain)
These possibilities, speculations, and discrepancies aside, the mother of all mysteries is the case of the teenager's missing heart. The ancient Egyptians considered the heart a vital and highly valued organ. Why? Because they believed it was the seat of learning, emotions―and more importantly, thought.
Explaining this, Dr. Bob Brier, the world's foremost expert on human mummies says, "That's why on Valentine's Day you send chocolate hearts and not chocolate brains," and adds, "The Egyptians were resurrectionists. They believed your body would literally get up and go in the next world. So you had to have a complete body, including your internal organs."

The Heart of the Matter

Even though the four extravagantly decorated golden canopic coffinettes contained the king's viscera, there was no sign of his heart. Generally, the heart was separately embalmed and placed back in the body. This procedure was not followed in Tutankhamun's embalming. However, we know that at times a heart scarab was placed in the body, in the absence of the real organ.
A canopic coffinette of king Tutankhamun. It was discovered from his intact KV62 tomb. ( CC BY-SA 2.0 )
The fact that Carter had found an unmolested nest of coffins, beneath a granite lid that weighed a ton and a quarter, negated the possibility of the tomb robbers who had breached the sealed doorway to the sepulchral chamber in antiquity having made away with the heart scarab. Sir Winston Churchill's observations in an entirely different context serve to explain this baffling situation perfectly, for it is no less than "a riddle wrapped in a mystery inside an enigma."
A heart scarab on a necklace. ( CC BY 2.0 )
However, the body was not without a scarab, for on the outer bandages of the mummy, above the golden hands and regalia suspended with pieces of gold mummy bands was a large black resin scarab (Carter object 256a) upon a decorated and inscribed gold base scarab. But this scarab ought to have been placed where the heart is located – within the body cavity – and certainly not in the outer wrappings, close to the navel. The smaller scarab, Carter object 256q, was found under the outer wrappings and in the correct position for a heart scarab. Again, not inside the body.
In a documentary titled ‘Tutankhamun: The Mystery of the Burnt Mummy’, Chris Naunton, Director of the Egypt Exploration Society, set out to investigate the perplexity behind the boy king’s death. The usually perfect process of mummification that allowed bodies of the deceased to be preserved for all eternity had somehow been botched up in Tutankhamun’s case.
What Naunton’s research revealed was staggering―the oils used on the pharaoh’s body had combined with the linen of the shroud and oxygen inside the casket, resulting in a fiery combustion! But could only the heart have suffered the ill-fate of being reduced to ashes in such a chemical reaction?
Salima Ikram postulates in her research paper, ‘Some Thoughts on the Mummification of King Tutankhamun’: “The absence of the heart is far more serious. However, some of the publicly available CT-scans do show a space or absence which might have once been where the heart was located. If the heart had been lost by the embalmers, it would be likely that they would make some effort to provide a stand-in, made from linen and resin, or some other material, as is seen when extremities are lost in other mummies, though doubtless this would be done discreetly. If the heart were lost due to the manner in which Tutankhamun died, then there is even more reason for a significant (and visible) heart substitute to have been provided, unless the heart was deliberately removed for a more sinister purpose, or was tied in to a novel method of mummification with a slightly different theological/ideological stress than that used before. Tutankhamun appears to have neither the heart intact, nor a scarab specifically placed on the left side of the chest that would serve as a substitute and insurance for a safe passage to the hereafter. Additionally, neither Burton’s photographs nor Carter’s narrative record a traditional style of heart scarab located directly over the heart.”
However, Egyptologist Sofia Aziz, who differs with this belief, posits that the heart was not always left in the mummy. Reflecting on her research paper titled ‘Mummification: all heart, no brain?’ she states, “This is a common misconception. The brain was also not always removed. A recent study found several mummies without a heart, or an amulet to replace the heart. We don't actually know what was done with the brain or heart that was removed. There's still a lot to learn about mummification, but most importantly Tutankhamun's mummy was not unique in not having a heart. The argument is that a pharaoh’s heart would surely have been left in the mummy for the afterlife; but then, this should have been the case for all Egyptians, as everyone wanted to live on in the after death… it's confusing why mummification varies so much.”
In an effort to solve this conundrum one must turn to the great legend of Osiris. We are informed in this story that Seth, the evil brother, brutally cut the body of the god into several pieces, ripped his heart out and buried the severed parts in locations across the land. So, was Tutankhamun’s post-embalmment appearance an allusion in action?

quarta-feira, 9 de março de 2016

Cruzeiro no lago Nasser






Esta apetitosa e bem sugestiva série de imagens mostra alguns aspetos
do barco Omar El-Khayam (de 5 estrelas), que nos levará durante os
três dias de cruzeiro no lago Nasser, amenizando os tempos de visitas
culturais e históricas com o lazer próprio de um merecido Heb-sed.

A grande novidade da visita de estudo ao Egito que o Instituto Oriental 
da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e a Agência Tryvel
programaram para este ano está precisamente no cruzeiro no lago Nasser,
que complementa o outro cruzeiro no rio Nilo entre Lucsor e Assuão.

Na primeira imagem vê-se o navio Omar El-Khayam, depois a piscina,
segue-se o restaurante, um quarto com ampla janela sobre o rio Nilo,
e o bar e sala de convívio, onde decorrerão as palestras previstas
sobre a civilização do Egito faraónico feitas durante o percurso.

Por areias já muito vasculhadas, mas com muito ainda por descobrir...

Arqueólogos descobrem barco de 4.500 anos...





  «O Dr. Mamdouh El Damaty, Ministro de Antiguidades, anunciou a descoberta de um grande barco de madeira localizado ao sul da Mastaba AS54 em Abusir, pela missão do Instituto Tcheco de Egiptologia, dirigido pelo Dr. Miroslav Barta. O ministro disse: “A descoberta é importante porque este é o único barco do antigo Império a ser descoberto ao lado de uma tumba não pertencente à realeza, dando ênfase ao status e posição do proprietário da Mastaba em relação ao rei da época.

  A grande expectativa do achado é que alguns calços de madeira e outros suportes estão intactos e visíveis, podendo lançar uma nova ideia de como os barcos foram construídos no antigo Egito. A maioria dos barcos descobertos até agora estavam em péssimas condições, exceto os barcos de Khufu (Quéops).

   A descoberta ocorreu durante a limpeza da área ao sul da Mastaba AS54, onde o barco de 18 metros de comprimento e algumas cerâmicas, datando do fim da 3ª dinastia e início da 4ª dinastia, foram encontrados. O Dr. Miroslav Barta disse: “O Instituto Checo vai lançar um projeto durante este ano para estudar as técnicas utilizadas de construção do barco em cooperação com o Institute of Nautical Archaeology (INS) na universidade do Texas.”»


Fonte(s): http://antigoegito.org/arqueologos-descobrem-barco-de-4-500-anos/
             http://luxortimesmagazine.blogspot.com.eg/

terça-feira, 8 de março de 2016

Dia Internacional da Mulher



A passagem do Dia Internacional da Mulher permite uma evocação
da mulher do antigo Egito, pelo menos aquela que é celebrada na arte,
ficando eternizada na escultura, na pintura e na literatura, a atestar
um estatuto superior ao das outras civilizações contemporâneas.

Aqui se deixa uma simples resenha de imagens de mulheres egípcias
tal como foram representadas em esculturas de madeira pintada 
no tempo áureo e maético do Império Médio (com a XII dinastia, 
c. 2000-1750 a. C.) e na época cosmopolita do Império Novo 
(com a XVIII dinastia, c. 1550-1300 a. C.).

sábado, 5 de março de 2016

A religião egípcia em Coimbra



Aproveitando a ida a Coimbra para mais uma sessão inserida no mestrado
interuniversitário de História Militar, teve lugar uma conferência sobre
a religião egípcia que decorreu no Anfiteatro II da Faculdade de Letras
da Universidade de Coimbra (o nobre edifício da primeira imagem),
respondendo ao convite da Professora Rosário Morujão.

Esta participação de um docente do Centro de História e Instituto Oriental
da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa surgiu na sequência
da fecunda e solidária colaboração entre as duas faculdades que se firmou
com o mestrado em História Militar, com o Egito a fazer a ponte cultural 
e o Professor João Gouveia Monteiro e o Professor José Varandas 
a estabelecerem sólidas bases de um projeto para continuar. 

quinta-feira, 3 de março de 2016

Novamente no país do Nilo


Em breve se iniciará mais uma visita de estudo ao Egito, que será
a 16.ª viagem desde que este projeto cultural se iniciou no ano 2000,
gizado e organizado pelo Instituto Oriental da Faculdade de Letras
da Universidade de Lisboa, cabendo os aspetos administrativos
e logísticos às diversas agências de viagens contactadas.

Desta vez a agência de viagens que se encarregará da realização
desta visita de estudo é a Tryvel, empresa muito conceituada no meio,
esperando-se que, a exemplo dos anos anteriores, também esta viagem
decorra exitosamente e seja um motivo de agradável recordação,
como testemunharão as mais de 700 pessoas que já foram connosco.

A partida é já no próximo dia 23 de março, rumo a Istambul, 
e daqui para o Cairo, para cumprir um programa de catorze dias
aliciantes e muito preenchidos com cultura, história e lazer...
E no dia 5 de abril cá estaremos de regresso mais enriquecidos, 
mais rejuvenescidos e mais bronzeados! Ah pois...