Motivado na anterior postagem, aqui se evoca a célebre rainha Cleópatra
(uma fonte de inspiração para vários pintores românticos do século XIX),
cujo túmulo ainda hoje é procurado, podendo estar algures em Alexandria,
ou nas proximidades da cidade, em Taposiris Magna, que fica numa colina
junto do mar Mediterrâneo (e talvez Marco António também lá esteja).
De acordo com Plutarco, o túmulo que Cleópatra mandou fazer no centro
da cidade, com a necessária antecedência, ainda não estava terminado
quando a rainha morreu, e Díon Cássio informa-nos que ela acumulou
no seu interior um grande tesouro, sendo o edifício mais um cenotáfio
do que propriamente um mausoléu, erigido junto do templo de Ísis.
Uma recente teoria, na esteira, aliás, de outras anteriores sugestões,
insiste em indicar que o local onde Cleópatra foi sepultada se situa
em Taposiris Magna, cujo nome árabe é Abusir, aludindo ao facto
de lá ter sido achado um templo dedicado a Osíris, deus dos mortos,
feito com blocos de calcário que os ventos marítimos já gastaram.
No entanto, e como já se sublinhou no livro Os Grandes Mistérios
do Antigo Egito, apesar de lá existirem vestígios do tradicional
pilone que assinalava a entrada de edifícios deste tipo, e de terem
sido escavadas algumas criptas, o sítio não parece ser apropriado
para defuntos tão excelsos como Marco António e Cleópatra.