quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Onde está Cleópatra?



Motivado na anterior postagem, aqui se evoca a célebre rainha Cleópatra
(uma fonte de inspiração para vários pintores românticos do século XIX),
cujo túmulo ainda hoje é procurado, podendo estar algures em Alexandria,
ou nas proximidades da cidade, em Taposiris Magna, que fica numa colina
junto do mar Mediterrâneo (e talvez Marco António também lá esteja). 

De acordo com Plutarco, o túmulo que Cleópatra mandou fazer no centro
da cidade, com a necessária antecedência, ainda não estava terminado 
quando a rainha morreu, e Díon Cássio informa-nos que ela acumulou 
no seu interior um grande tesouro, sendo o edifício mais um cenotáfio
do que propriamente um mausoléu, erigido junto do templo de Ísis.

Uma recente teoria, na esteira, aliás, de outras anteriores sugestões,
insiste em indicar que o local onde Cleópatra foi sepultada se situa
em Taposiris Magna, cujo nome árabe é Abusir, aludindo ao facto
de lá ter sido achado um templo dedicado a Osíris, deus dos mortos,
feito com blocos de calcário que os ventos marítimos já gastaram.

No entanto, e como já se sublinhou no livro Os Grandes Mistérios 
do Antigo Egito, apesar de lá existirem vestígios do tradicional
pilone que assinalava a entrada de edifícios deste tipo, e de terem
sido escavadas algumas criptas, o sítio não parece ser apropriado
para defuntos tão excelsos como Marco António e Cleópatra.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Novo curso sobre o antigo Egito







Começou no dia 8 de janeiro um novo curso sobre o antigo Egito, 
organizado pelo Âmbito Cultural de El Corte Inglés, que continua
a proporcionar cursos livres e gratuitos com diferentes temáticas
aos cidadãos que pretendam frequentá-los ao final da tarde.

Depois de uma interrupção de cerca de um ano para a construção
de um novo espaço no 6.º piso, o curso livre sobre o antigo Egito 
voltou a efetivar-se numa sala totalmente remodelada e provida
com novos recursos tecnológicos de multimédia, com 80 lugares.

Na primeira foto a Dra Susana Santos, diretora do Âmbito Cultural
de El Corte Inglés, apresenta o docente do curso aos participantes
para a frequência das sete sessões programadas (mais uma que
nos anteriores cursos), as quais ficaram assim organizadas:

1.ª sessão, 8 de janeiro - A geografia do antigo Egito
2.ª sessão, 15 de janeiro - Os habitantes do antigo Egito
3.ª sessão, 22 de janeiro - A história: ascensão, apogeu e queda
4.ª sessão, 29 de janeiro - A religião: os deuses e os templos
5.ª sessão, 5 de fevereiro - Uma arte para a eternidade
6.ª sessão, 12 de fevereiro - Literatura: as formas e os conteúdos
7.ª sessão, 19 de fevereiro - Egiptologia e egiptomania

Bastet e Sekhmet



Ontem, dia 9 de janeiro, foi apresentada na Faculdade de Letras
da Universidade de Lisboa uma dissertação de mestrado intitulada
«Bastet e Sekhmet: aspectos de natureza dual», elaborada por
Eugénio Castro Giesta, cabendo a arguição da tese ao egiptólogo
Telo Canhão, presidindo ao juri o Professor José Augusto Ramos,
catedrático emérito da Faculdade de Letras de Lisboa.

As imagens inseridas procuram invocar as precípuas divindades
analisadas na tese exitosamente apresentada, vendo-se na primeira
a deusa Bastet humanizada (com estatuetas de bronze pertencentes 
ao Museu Nacional de Arqueologia e ao British Museum, Londres),
e na segunda a deusa Sekhmet, com o epíteto de «senhora do céu», 
a ser venerada pelo faraó Amen-hotep III (XVIII dinastia).

quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

O fim do ano



O fim do ano permitiu assistir ao vivo, e junto ao areal da praia,
ao belo fogo de artifício lançado na Praia das Maçãs à meia-noite,
tendo o último almoço do ano decorrido no excelente restaurante
 «Búzio»  -  mas à falta de provas atuais recorda-se a derradeira
e opípara refeição com um aperaltado comensal do século XIX.

Que o ano 2019 seja feliz e gratificante, pleno de bons momentos
como aqueles que se podem antever desde já com as duas visitas 
de estudo ao Egito que o Instituto Oriental da Faculdade de Letras 
da Universidade de Lisboa conduzirá na Páscoa (uma curta, com 
oito dias, e outra mais longa, de catorze dias, que inclui a Núbia).