No passado dia 21 de fevereiro, no Museu Nacional de Arqueologia,
realizou-se mais uma sessão sobre «A peça do mês», desta feita
dedicada a uma estatueta de madeira de Ptah-Sokar-Osíris, exposta na sala
de antiguidades egípcias (na unidade de estatuetas votivas e de servos).
Foi evocado o contexto de produção da peça e o seu precípuo significado,
sendo enfatizada a iconografia e a mensagem sincrética das três divindades
presentes: Ptah (a criação), Sokar (a morte) e Osíris (a ressurreição).
As pessoas que estiveram presentes, em número expressivo, foram depois
convidadas a passar à sala seguinte onde puderam comparar a caligrafia
do texto presente na múmia de Horsukhet com a do texto da estatueta,
concluindo-se que ambas foram redigidas pelo mesmo escriba.
Esta conclusão constará na segunda edição do catálogo egípcio do Museu,
que está agora em preparação, e que incluirá os valiosos esclarecimentos
de pessoas que nos últimos anos contribuiram para uma melhor divulgação
do acervo: Álvaro Figueiredo, Telo Canhão e Carlos Prates, entre outros.
Que linda peça ! O Período Líbio e a Baixa Época Saíta me impressionam
ResponderEliminarpelo estilo, embora de manufatura seja ,muitas vezes, de menor apuro técnico, o efeito artístico compensa e me agrada demais, parece-me que é a mais profundamente egípcia de todas as fases estilísticas da longa existência dessa civilização.
Acrescento ao texto publicado que além da preparação de uma segunda edição do catálogo da coleção egípcia do Museu Nacional de Arqueologia, revista e aumentada, a sala de antiguidades egípcias também está a ser remodelada e melhorada.
ResponderEliminarÉ pena que o Museu Nacional de Arqueologia não seja mais visitado, tanto que está na zona mais turística de Lisboa...
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