Está em preparação a publicação de uma versão em português sobre
o famoso conjunto de duzentas fórmulas conhecidas pela designação
de «Livro dos Mortos», o qual nem era um livro nem era para mortos,
sendo o título a adaptação atual do título egípcio Rau nu peret em heru,
isto é, «Capítulos de sair para o dia», ou «Fórmulas para sair à luz do
dia», com texto e ilustrações (sobretudo em papiros), vendo-se acima
um exemplo com um fragmento da versão feita para a dama Anhai.
A ideia de publicar uma versão do «Livro dos Mortos» em português
vem de finais dos anos 90, tendo começado a ganhar forma neste século,
sustentada numa intenção de colmatar a anómala e prejudicial situação
criada pela edição de uma versão em português da Assírio & Alvim, em
1991 - deveras prejudicial para a reputação da sua autora, mas também
para os leitores que adquiriram esse volume e, sobretudo, para os alunos
que tiveram de o consultar para os seus estudos e elaboração de trabalhos.
Os crassos erros dessa versão serão apreciados e comentados ao longo
do novo livro, o mesmo sucedendo com o texto desastrado e jagúncico
de outra dececionante e ínvia versão em português, publicada no Brasil
pela editora Hemus (sem a data indicada), a partir de uma tradução feita
por Edith de Carvalho Negraes, a qual contrasta com a razoável e digna
versão brasileira feita a partir do original inglês de Sir Wallis Budge com
tradução de Octavio Mendes Cajado, da Editora Pensamento (São Paulo).
Traduções têm que se lhe digam! E não é só na literatura!
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