Acumulação de cartelas

Um grande bloco de calcário sobrevivente da entrada do templo 

de Abido mostra quatro textos sobrepostos, de épocas diferentes

e pertencentes a diversos faraós do Império Novo, da XIX e XX

dinastias (séculos XIII-XII a. C.), desde Ramsés II a Ramsés IV.

Na primeira linha horizontal vê-se o que resta do quinto nome

de Ramsés II (Ramessu-meriamon), pois embora os hieróglifos 

estejam danificados consegue-se identificar o nome na cartela,

e não «cartucho», um termo horroroso e errado neste contexto.

Na segunda linha está o nome de seu filho, que começa com a

invocação à deusa Maet, vindo depois «rei do Alto e do Baixo 

Egito Baenré-meriamon, filho de Ré Hetephermaet-Merenptah

(amado de) Osíris, senhor de Abido» (que é o nome do local).

Na terceira linha regista-se o nome de Ramsés III com parte da

sua titulatura real: «...o das Duas Senhoras (Nekhbet e Uadjit), 

grande de Festivais Sed, como Tatenen, rei do Alto e do Baixo

Egito Usermaetré-meriamon, filho de Ré Ramessu-hekaiunu».

Finalmente foi acrescentado, em hieróglifos menos elegantes,

o nome de seu filho Ramsés IV, com «senhor das Duas Terras,

Usermaetré-setepenamon, filho de Ré e possuidor das coroas

Ramessu-hekamaetré-meriamon, amado de Osíris».

Avidez rapace de Ramsés II

Nas altas colunas da nave central da imponente sala hipostila

do templo de Karnak, uma obra notável que foi iniciada pelo 

rei Seti I (1290-1279 a. C.) e concluída por seu filho Ramsés

II (1279-1213 a. C.), os nomes destes dois reis encontram-se

gravados por todo o lado, mesmo nos capitéis e arquitraves,

onde as suas cores originais estão em parte bem preservadas.

Mas o grande Ramsés II, cujos nomes aparecem pintados no

alto das portentosas colunas, exagerou na autenticação, com

o seu nome por vezes sobreposto ao do pai: é o que se vê na

imagem de baixo, onde os nomes de Usermaetré-setepenré e

Ramessu-meriamon tentam esconder as formas onomásticas 

do seu pai, Menmaetré Seti-merienptah, já gravadas antes.

Explicando... de máscara

Mesmo durante as visitas a locais históricos do antigo Egito

não se deve tirar a máscara protetora, e assim as explicações

são dadas sempre com o egiptólogo bem mascarado: na foto

de cima, à entrada do grande complexo funerário de Djoser, 

em Sakara, a preparar os visitantes para o percurso no sítio,

e em baixo no templo de Kom Ombo, mostrando numa das

colunas do pátio o nome hieroglífico do imperador Tibério.

Pôr do sol, cá e lá

A imagem de cima mostra o pôr do sol na Praia das Maçãs,

no fim de mais um dia invernoso e com baixa temperatura,

contrastando com o esplendoroso pôr do sol no Nilo, numa

foto espetacular obtida por Rita Antunes a bordo do navio

 de cruzeiro que rumava de Lucsor para Assuão em janeiro.

Aniversário do Rotary Clube de Lisboa

Comemorou-se ontem, com um jantar de convívio no Hotel

Tivoli, o 96.º aniversário do Rotary Clube de Lisboa, sendo

ao mesmo tempo assinalado o feliz aniversário para todo o 

movimento rotário em Portugal, dado que o clube lisboeta,

fundado em 1926, foi o primeiro no nosso país tornando-se

assim pioneiro da benemérita ação do Rotary International,

pautando a sua atividade ao serviço dos mais necessitados,

e mantendo-se fiel ao lema de «Servir e não servir-se».

O jantar, servido com o habitual requinte no Hotel Tivoli.

complementou-se bem com uma palestra do companheiro 

Dr. Aires Gonçalves, mais discursos alusivos à efeméride,

sendo de destacar a mensagem vídeo que o Presidente da 

República Marcelo Rebelo de Sousa enviou na qualidade

de membro do Rotary Clube de Lisboa, agora inativo por

motivos da assunção das suas funções de Estado, por isso 

não está na foto que mostra alguns membros do Rotary.

Recordando a Maria

Estivemos ontem de manhã no velório da Maria, na Igreja

de Linda-a-Velha, de algum modo representando os muitos

amigos e companheiros de viagem, e todos iremos recordar

certamente o seu inesquecível e afável convívio humanista

feito de inspiradora cordialidade e de alegria contagiante.

Aqui a recordamos com fotos das diversas viagens ao Egito

começando pela zona das pirâmides, depois num templo na

distante Núbia, na terceira foto está no terraço de uma casa 

da aldeia núbia, e a última testemunha o seu afã em registar

tudo o que via e ouvia, querendo sempre saber mais e mais.

A nossa querida Maria

Por vezes o nosso blogue do Faraó e Companhia tem de dar

notícias tristes como a que aqui fica, anunciando com pesar

o falecimento da nossa Maria que connosco viajou no Egito,

e para onde se preparava para voltar a partir em breve.

A guia Teresa Neves, da agência Novas Fronteiras, partilhou.

com profunda tristeza, esta funesta notícia entre os amigos e

companheiros de viagem da Maria, que nunca a esquecerão,

recordando os belos momentos fruídos no percurso nilótico.

Aqui ficam as sentidas palavras de Teresa Neves: «A Maria

era uma força da natureza, uma inspiração. Uma pessoa com

energia e alegria contagiante que seguramente marcou todos

os que tiveram o privilégio de viajar com ela». Eis as fotos:

Na primeira imagem a nossa querida Maria conduz o barco

Titanic no qual atravessámos o Nilo em Lucsor, segurando

com confiança o timão do motor, depois está com o nosso

guia Mustafa el-Ashabi, e ambos ficaram grandes amigos.

As outras imagens recordam a visita à grande barragem de

Assuão, na viagem de 2018, com o guia egiptólogo e com

outras companheiras de viagem, vendo-se na última a festa

tradicional a bordo do navio durante o cruzeiro no Nilo.

Ainda a aldeia núbia

Aqui estão mais imagens da típica aldeia núbia, onde estivemos 

durante a aprazível estadia em Assuão, já em 2022, fruindo uma

temperatura amena do Inverno egípcio, percorrendo as diversas 

lojas cheias de cor e de produtos variados, e admirando as casas

núbias pintadas, vendo-se na última imagem uma frase debaixo 

dos cestos regionais impregnada com muita e convicta fé: «Não

há outro deus senão deus (Alá) e Mohamed é o profeta de Alá».

De novo na aldeia núbia

Na viagem de fim de ano ao Egito não faltou a tradicional visita

à aldeia núbia, na margem esquerda de Assuão, para onde fomos

de barco no intuito de observar a vida local e obter as fotografias

habituais com os camelos, os vendedores de especiarias, e ainda,

para os consumidores mais exigentes, uma sucursal do Carrefour

onde não faltam típicos produtos núbios e de outros continentes.

O guia Mustafa, sempre presente!

O guia Mustafa el-Ashabi tem sido um elemento fundamental

para o sucesso das nossas viagens ao Egito que se têm repetido 

nos últimos meses, mantendo todos os cuidados indispensáveis

que esta pandemia impõe a quem parte e a quem regressa, para

já não falar das cautelas quotidianas para quem viaja no Nilo.

Em 2021 fomos ao Egito sete vezes e para 2022 estão previstas

novas viagens, a primeira das quais será já no mês de fevereiro

estando previsto um aliciante percurso pelo Sinai, seguindo por

lá para visitar o mosteiro de Santa Catarina do Monte Sinai que

data do reinado do imperador bizantino Justiniano (527-565).

Ainda os gatinhos de Filae

Os gatos residentes na ilha de Filae, onde os guardas do sítio

histórico os tratam com um carinho que remonta aos tempos

faraónicos, apercebem-se logo do cheiro a paparoca gourmet

que segue na mochila do visitante, depois segue-se o almoço,

enquanto não chega o momento de nova visita, em fevereiro.

A festa da galabeia em 2022

 

Na noite seguinte à efusiva festa de passagem do ano, a bordo

do cruzeiro no Nilo, seguiu-se outra noite bem animada, com

a tradicional festa da galabeia durante a qual os viajantes que

o desejarem se mascaram com «trajes típicos» exuberantes.

Fim do ano... com passas

Graças à boa e previdente organização da guia Teresa Neves,

da agência Novas Fronteiras, a divertida festa de final do ano 

durante o cruzeiro no Nilo teve champanhe e passas, segundo

a tradição e o ritual que ninguém esqueceu mesmo a milhares

de quilómetros de distância, assim entrando no ano de 2022.

Novo ano com Rotary

O Rotary Clube de Lisboa iniciou este novo ano de 2022 com

mais uma solidária e afetuosa campanha de aquisição de cestas

básicas de alimentos, custando cada uma 20 euros, destinadas

a apoiar diversas associações de solidariedade social que delas

muito carecem para manter a sua útil e prestimosa atividade.

Arte atoalhada no Nilo

É habitual surgirem nos quartos dos barcos de cruzeiro nilótico

figuras engraçadas feitas com as toalhas das casas de banho, as

quais servem de material inspirador para a arte dos camareiros 

que tratam dos quartos - o pior será o manuseamento inusitado

das toalhas que deveriam ser usadas somente depois do banho.

Apologia da cerveja egípcia

A cerveja egípcia bebe-se com sumo agrado mesmo não sendo 

no Verão, como mais uma vez ficou bem demonstrado na feliz

e exitosa viagem de fim do ano, com justificado destaque para

a saborosa cerveja Stella, mas a Sakara também merece elogio

pela suavidade no trago - já quanto ao vinho egípcio, enfim... 

 

Uma janela para o novo ano

Que esta janela para o novo ano de 2022, que há poucos dias

começou, se abra plena de venturas, felicidades, sorte, muita

paz e, sobretudo, com muita saúde são os sinceros votos que

aqui se renovam para os visitantes do Faraó e Companhia.

Balões no céu de Lucsor

Esta bela imagem captada por Teresa Neves na última viagem

ao Egito (com passagem do ano no rio Nilo) mostra o colosso

de Amen-hotep III, que juntamente com o seu par que na foto

não se vê ladeavam o pilone, com a entrada do desaparecido

templo funerário desse rei (XVIII dinastia, 1490-1453 a.C.).

Trata-se de uma das gigantescas estátuas reais conhecidas por

«Colossos de Memnon», uma alusão a um herói grego, o qual 

chorava na alvorada (segundo a lenda), vendo-se no céu azul

de Lucsor Ocidental diversos balões - e no cesto de um deles

seguem alguns dos viajantes madrugadores do nosso grupo.

Gatos universais

As duas primeiras fotos registam alguns dos gatos que na Praia

das Maçãs frequentam a esplanada Vasco da Gama estirando-se

ao sol de Inverno e esperando pacientemente que os moradores

os alimentem de comida e de miminhos - que nunca lhes falta.

As outras fotos foram obtidas na recente viagem de fim de ano

ao Egito, no templo de Ísis na ilha de Filae, e onde, cumprindo

a tradição, lhes foi deixado um pacote de granulados gourmet,

petisco que eles muito apreciam - para alegria dos viajantes!

Nascer do sol em Abu Simbel

O ideal será chegar a Abu Simbel pela alvorada, para assistir 

ao deslumbrante nascer do sol, com o disco solar a erguer-se

a oriente sobre as águas serenas do lago Nasser, para depois,

rodeando o declive à esquerda, ver a luz solar iluminando as

fachadas dos templos rupestres de Ramsés II e de Nefertari.

Para desfrutar desse espetacular momento convém despertar

cedo no barco de cruzeiro ancorado em Assuão, e seguir por

uma boa estrada alcatroada para sul, num percurso de cerca

de 300 quilómetros que até se faz bem dormindo na viagem

levando uma almofada do barco (a foto é de Teresa Neves).

De Guiza a Abu Simbel

Um dia depois do regresso da viagem de fim de ano ao Egito

aqui ficam duas imagens muito expressivas do percurso que

o grupo realizou pelo país do Nilo, a primeira obtida no bem

conhecido planalto de Guiza, com as célebres pirâmides que

lá se encontram, e a segunda em frente do grandioso templo

do faraó Ramsés II em Abu Simbel, escavado na montanha.

Ainda as Boas Festas

Só hoje, após o regresso de mais uma feliz viagem ao Egito,

foi possível conhecer os votos de Boas Festas emitidos pela

Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, que de bom

grado aqui se retribuem com este amoroso gatinho natalício.