Egito, Páscoa de 2023

 

O grupo de viajantes que esteve no Egito durante o período

festivo das férias pascais reuniu-se para um opíparo almoço 

no excelente restaurante Búzio da Praia das Maçãs em feliz

encontro de confraternização que terminou com o discurso

do egiptólogo que teve a seu cargo a condução científica e 

cultural do périplo, anunciando futuras viagens para breve,

prevendo-se o México, a Jordânia e o Irão (mas com paz).

Guatemala: Museu Miraflores

No último dia de viagem foi possível ver os principais locais

da cidade de Guatemala, capital do país, incluindo a visita ao

airoso e moderno Museu Miraflores construído perto do lago 

do mesmo nome, hoje desaparecido, o qual banhava a cidade

maia de Kaminalhuiu, que teve o seu apogeu no período pré-

-clássico, entre 400 e 100 a. C., com influência teotihuacana.

O Museu Miraflores está instalado num edifício com linhas

arquitetónicas deleitosas, com amplos espaços envidraçados

que deixam entrar a luz natural em certas áreas do percurso

museológico muito bem concebido e provido de elevadores

e de escadas rolantes... mas a maior parte das legendas que

identificam os materiais expostos leem-se com dificuldade.

Num empenhado e sério diálogo com o arqueólogo adjunto,

na ausência do diretor do Museu, foi proposto o aumento do

corpo de letra usado na legendagem da maior parte das salas

e sobretudo chamou-se a atenção para os perigosos erros da

cronologia lá exposta, com a má colocação das pirâmides de

Guiza, do Partenon, do Coliseu, da Basílica de Santa Sofia...

Nacionalismo fiduciário

Durante a recente viagem à Guatemala e às Honduras entre

5 e 17 de maio, os viajantes utilizaram as notas locais como

aquelas que aqui se reproduzem, vendo-se em cima a frente

e o verso de uma nota de 5 quetzales guatemaltecos, e em

baixo a frente e o verso da nota de 1 lempira hondurenho.

Repare-se no empenho nacionalista impresso nas notas dos

dois países centro-americanos, vendo-se no quetzal a figura 

de um político guatemalteco, general Justo Rufino Barrios,

e no lempira a imagem de um herói nacional das Honduras

que lutou contra o domínio espanhol, o líder maia Lempira.

Com a bandeira na Guatemala

A primeira foto mostra os viajantes em San Juan de La Laguna

nas margens do belo e impressionante lago de Atitlan, rodeado

por vários vulcões alguns deles ainda ativos, a segunda lembra

a visita ao Convento de São Francisco, em Antigua, e a última

recorda a visita à cidade maia de Tikal, com os visitantes bem 

abrigados da chuva incessante num dia de violento temporal.

Mestres de culinária

O agradável passeio de lancha pelo rio Dulce levou-nos até um

simpático restaurante nas margens aprazíveis, e lá os membros

do grupo aprenderam a confecionar o tradicional ceviche dessa

bela região, seguindo as instruções das habilitadas cozinheiras.

Cada viajante preparou uma tira de robalo, cortando-o em finos

pedaços que ficaram a ganhar sabor num recipiente com água e

limão, adicionando-se pimenta, sal, açúcar, leite de coco, azeite

e cebolinho, seguindo-se um opíparo almoço, mas com tilápia. 

A última imagem desta singela reportagem socio-gastronómica

mostra as nossas simpáticas e experientes professoras, que com

muita paciência e espírito pedagógico ensinaram na preparação 

do apetitoso ceviche guatemalteco, aqui num comovente adeus.

Repastos guatemaltecos

As refeições consumidas durante a recente viagem à Guatemala

foram sempre reconfortantes e deveras apetitosas, aproveitando

os viajantes para experimentar alguns pratos tradicionais, aliás

bem acompanhados pela agradável cerveja local ou por vinhos

chilenos, argentinos ou australianos, como o branco fresquinho

de surpreendente origem australiana com 16 graus e a estranha

marca «19 crimes», que nas últimas imagens está a ser servido

com requintada perícia e donaire ao casal Luís e Isabel Freire.

Em Tikal, no coração maia

A última visita efetuada durante a viagem por terras dos antigos

Maias foi às ruínas de Tikal, no coração da região guatemalteca 

de Peten, tendo sido vistos os principais monumentos da cidade

que exibe os edifícios mais altos da arquitetura maia, a começar

pelo templo 1, erigido no reinado de Hasau Chan Kauil (c. 710),

tendo em frente, na praça central, o templo 2, para a sua esposa,

onde alguns viajantes subiram, sendo fotografados lá no alto da

pirâmide meio encharcados, num dia de chuva intensa e quente.

Em Copan, no apogeu dos Maias

Da Guatemala atravessámos a fronteira para as Honduras, para

lá podermos visitar as sugestivas ruínas de Copan, um expoente

da civilização maia na fase de apogeu do período clássico (420-

820), tendo declinado a partir da revolta da cidade de Quiriguá,

em 738, até ao reinado pouco documentado de Ukit Tok (822).

Em Iximché, a última cidade

A visita às esparsas ruínas de Iximché, a última cidade a ser

criada pelos Maias (só em 1471, já no período pós-clássico),

permitiu compreender o significado desse sítio arqueológico

importante do Sul da Guatemala, na região das Terras Altas,

que pertenceu aos Quichés e aos Kakchiquel, até ser tomada,

em 1527, pelos invasores espanhóis de Pedro de Alvarado.

San Juan de La Laguna

Na inolvidável viagem à Guatemala visitámos vários sítios

pitorescos, e um deles foi a vila de San Juan de La Laguna,

nas margens do lago de Atitlan, para apreciar os seus locais

históricos, as casas pintadas com cores garridas e sobretudo

as cooperativas de mulheres que se dedicam à produção de

tecidos de algodão, tendo assistido numa delas a uma clara

demonstração do trabalho, desde a fiação ao produto final.

À partida e à chegada

Estas imagens têm a particularidade de atestarem momentos

de fruição dos belos hambúrgueres servidos, com abundante

e benquista gulodice, na Hamburgueria da Praia das Maçãs, 

acompanhados por um Mateus Rosé, com a diferença que a

primeira foto é anterior e a segunda é posterior à recente ida

à Guatemala e às Honduras (entre os dias 5 e 17 de maio).

Mais partidas em 2023

Sucedem-se em bom ritmo as partidas para o estrangeiro neste

movimentado ano de 2023 pós-pandémico, com o reconhecido

interesse dos cidadãos em retomar as viagens, testemunhando

estas fotos as partidas para as exitosas viagens rumo à Turquia

e para o Egito, com a última imagem a evocar a dupla viagem

para o país dos faraós, seguindo um grupo com o egiptólogo

Luís Araújo e outro grupo com a egiptóloga Inês Torres.

Bem guiados na Guatemala

A recente viagem à Guatemala e às Honduras demonstrou uma

vez mais a importância decisiva dos guias para o sucesso deste

tipo de viagens com forte timbre cultural e lúdico, quer para os

aspetos logísticos e administrativos quer para a área histórica,

sendo de destacar a notável prestação do guia local William.

Os viajantes que demandaram as terras dos antigos Maias, nos

atuais territórios da Guatemala e das Honduras (com Iximché,

Copan, Quiriguá e Tikal), além dos outros sítios históricos da

época colonial, viajaram de autocarro (guiados com segurança

pelo exímio Oswaldo) e lancha (com os coletes salva-vidas).

Recordando Álvaro Figueiredo

Está prevista para o próximo dia 24 de maio, quarta-feira, uma

sessão no Padrão dos Descobrimentos, em Belém, tendo início

às 17 horas, onde será evocada a vida e obra do bioarqueólogo 

Álvaro Figueiredo, que tão precocemente nos deixou em 2019.

O homenageado cursou Arqueologia no prestigiado University

College, em Londres, tendo sido um ativo colaborador da ERA

Arqueologia e do Museu Nacional de Arqueologia integrando a

equipa interdisciplinar do Lisbon Mummy Project (2005-2010).

Ao longo da sua notável carreira mostrou específicos interesses

pela egiptologia e pela arqueologia do Mediterrâneo Oriental e

do Império Romano, as origens e o desenvolvimento do Islão, 

e ainda a história contemporânea do Médio Oriente e da Índia.

Realizou escavações no Egito, na Síria e na Jordânia, e os seus

amplos conhecimentos acerca dos locais onde trabalhou e a sua

história levaram-no a conduzir viagens a vários sítios do Médio

Oriente e da África (com o legado faraónico do Sudão e Egito).

As inscrições para a sessão do dia 24 de maio

devem ser feitas em geral@era-arqueologia.pt

Os Maias e os Egípcios

Um dos assuntos que merecerá justificado destaque, na viagem

que brevemente se iniciará à Guatemala e Honduras, dada a sua

interpelante e interessante motivação, será confrontar as formas

como os antigos Maias e os antigos Egípcios apreciavam a vida

deste mundo e a vida no Além, que se patenteiam, por exemplo,

nas respetivas iconografias em particular e na arte em geral.

Haverá uma sessão de preparação para a viagem

no dia 2 de maio, pelas 21 horas, por zoom.

Em março e abril: Turquia e Egito

Em março na Turquia, com um percurso assaz entusiasmante

e muito rico culturalmente (testemunhado com a mesquita do

sultão Ahmet, a Mesquita Azul), em abril no Egito, com dois 

grupos de viajantes (viagem recordada com uma vista parcial

do grande complexo funerário do Hórus Djoser, em Sakara),

e em breve será a partida para a Guatemala e as Honduras.