sábado, 28 de setembro de 2024

Teatro hilário em tempo de guerra




A festa de Natal de 1973, organizada na Chefia de Transportes
de Moçambique, em Nampula, contou com uma peça de teatro
escrita e encenada por furriéis e alferes que prestavam serviço
no local, com o título «Os Imperadores», com um guião muito
simples: um jovem estudante de História da Faculdade ia fazer
um exame escrito e o tema era sobre os imperadores romanos.

E então arranjou uma solução prática: foi ao Inferno para falar
com eles, porque com as suas vidas pecaminosas só poderiam 
lá estar, no fogo eterno e em companhia do diabo. Foi lá que o
terrestre conheceu pessoalmente Nero e a sua mãe Agripina, o
devasso Heliogábalo, o louco Calígula, o demente Domiciano
e o cruel Cómodo, mais a ninfomaníaca imperatriz Messalina.

A foto de baixo mostra da esquerda para a direita o imperador
Heliogábalo, Cómodo, Calígula, o diabo, o aluno terrestre que
se preparava para o teste, Domiciano, Agripina e o filho Nero,
destacando-se a insaciável Messalina explicando ao terrestre,
com mala de viagem, os inconvenientes da pureza e castidade
(os papéis femininos foram dados a atores de bigode espesso).

Festa de Natal na guerra

 



No Natal de 1972, estávamos há dez meses em Moçambique
na Chefia do Serviço de Transportes, sediada em Nampula,
quando se decidiu celebrar a efeméride com uma evocativa
festa natalícia que incluía uma peça de teatro com um título
sugestivo: «Os Pastores de Belém», escrita e encenada pelos
furriéis e alferes da companhia, com apoio logístico variado.

A foto de cima mostra o sublime momento em que o pastor
Aftaúfe, que era cego, anuncia o nascimento do Messias em
Belém, na segunda o pastor Nazário, que era mudo, voltaria
a falar, e na terceira dois soldados romanos (com o uniforme
colonial) visitam os pastores e convertem-se ao cristianismo
tendo antes gritado «Estou farto disto!» (da guerra colonial).

A preparação para a guerra

 



As vetustas fotografias aqui publicadas evocam o tempo
da guerra colonial, no Portugal do «Estado Novo», numa
altura em que milhares de jovens eram mobilizados para
o chamado Ultramar, mas para isso acontecer havia uma
fase de preparação despachada e expedita para a guerra.

A imagem de cima recorda um feliz jantar de despedida 
dos instruendos do Curso de Sargentos Milicianos, para
a especialidade de furriéis amanuenses, vulgo «escribas 
militares», que entre abril e junho de 1971 decorreu em
Leiria, no Regimento de Artilharia 4, junto do castelo.

Na segunda estão alguns dos militares que integraram,
a partir de setembro de 1971, a companhia de comando
e serviços do Batalhão de Artilharia 3877, com destino
a Moçambique, onde ficámos durante dois anos e meio
na Chefia de Transportes, com o emblema em baixo.

Há 50 anos: o regresso da guerra

 


Foi no Verão de 1974 que a companhia de comando e serviços
do Batalhão de Artilharia 3877 destacada na Chefia do Serviço
de Transportes de Moçambique regressou a Portugal depois de
dois anos e meio de presença naquela nossa antiga «província 
ultramarina» na cidade de Nampula onde a guerra não chegou.

Estas fotos lembram alguns dos militares em serviço na Chefia
de Transportes que partilharam durante trinta meses as alegrias 
e as agruras de uma mobilização forçada para uma inútil guerra 
colonial, estando nós em Moçambique quando ocorreu o 25 de
Abril, e quatro meses depois estávamos de volta a Portugal.

Com alguma saudade se recordam os camaradas da companhia
que prestou serviço na Chefia de Transportes de Moçambique,
vendo-se na fotografia de cima (da esquerda para a direita) os 
alferes Manuel Miranda e João Ferreira e os furriéis Chambre
Teixeira, Rui Silva e Luís Araújo, com seus vistosos bigodes.

Boa viagem para Creta!

 




Realizou-se no passado dia 25 de setembro uma proveitosa
sessão de preparação para a viagem a Creta, que terá início
no dia 29 de setembro decorrendo até 5 de outubro, e serão
sete dias com gratificante fruição de história e de cultura de
uma das mais ricas e brilhantes civilizações da Antiguidade.

Uma vez mais, a agência de viagens Novas Fronteiras, com
uma digna preocupação para informar os seus viajantes, foi
previdente, responsável e funcional na organização de mais
uma sessão preparatória por zoom para que os seus clientes
ficassem adrede com uma boa ideia do sítio que irão visitar.

quarta-feira, 25 de setembro de 2024

Viagem à ilha de Creta




Aproxima-se a data da partida para a viagem à ilha de Creta,
mas antes terá lugar a sessão de preparação para os ansiosos
viajantes, como aliás é timbre da agência Novas Fronteiras,
com uma breve descrição dos locais que serão visitados, dos
mais remotos vestígios minoicos aos mais recentes edifícios
legados pelos venezianos, mais os ricos museus cretenses.

Sessão no dia 25 de setembro às 21 horas.

domingo, 8 de setembro de 2024

Há vinte anos, em Creta





Foi há vinte anos que a Associação Portuguesa dos Amigos dos
Castelos (APAC) organizou uma excelente viagem à Grécia, ou 
melhor, às ilhas gregas do mar Mediterrâneo, com um destaque 
para a grande ilha de Creta, onde voltaremos em breve, estando
a partida marcada para 29 de setembro, com Novas Fronteiras.

Mas na memorável viagem de 2004, da qual se selecionaram as
fotos que aqui se mostram, depois da passagem por várias ilhas
como Santorini, Mikonos e Rodes, ainda houve tempo para um
salto ao Sul da Turquia para visitar Kushadase (onde fica a casa 
da Virgem Maria) e às impressionantes ruínas da antiga Éfeso.

Quanto aos dois blocos de fotografias em baixo, reportam-se já
à compensadora e deveras enriquecedora visita à ilha de Creta,
pátria de Minos e centro de uma das mais notáveis civilizações
da Antiguidade, tendo o grupo percorrido as históricas ruínas e
vestígios do palácio de Cnossos, cujo restauro ainda continua.

sábado, 7 de setembro de 2024

Ainda os 50 anos do 25 de Abril


Começará em breve mais um curso com uma larga abrangência
cultural no Solar Condes de Resende em Canelas, levado a cabo
pela Academia Eça de Queirós, que integra o Grupo de Amigos
do Solar Condes de Resende, com o alto patrocínio da Câmara
Municipal de Vila Nova de Gaia, podendo as sessões previstas
serem com presença no Solar ou por videoconferência (zoom).

O curso realiza-se aos sábados, entre as 15 e as 17 horas, mas
a sua frequência implica uma inscrição prévia, estando desde
já definido um calendário para as aulas, dadas por docentes e
investigadores relacionados com a temática em apreço, numa
fase de rescaldo do  25 de Abril  deste ano, assinalando os 
50 anos desse inolvidável e crucial acontecimento histórico.

O Solar Condes de Resende dará todas as informações
sobre o curso e a indispensável inscrição.

queirosiana@gmail.com