quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Aí estão as Actas do Congresso


Depois de longos meses de trabalho e de preparação para edição 
acabaram de sair as Actas do IV Congresso Ibérico de Egiptologia 
que se realizou em Lisboa de 13 a 17 de Setembro de 2010.

Aqui se mostra a atraente capa do 1º volume, porque devido ao grande
 número de textos entregues a obra ficou em dois belos volumes, 
num excelente trabalho da Gráfica Clássica do Porto.

Os participantes no IV Congresso, sejam comunicantes ou assistentes, 
receberão os seus exemplares - mas os escribas do nosso blogue 
também serão contemplados com a oferta da obra!

sábado, 25 de agosto de 2012

Estela de uma rainha

Apresenta-se aqui a estela, de uma conhecida rainha da época ptolomaica, que se encontra no Museu do Louvre.
O nome dela pode ser facilmente lido do grego, que era nessa altura a língua oficial.
Exatamente na segunda linha pode-se ler...

ΚΛΕΟΠΑΤΡΑ



Foi  Cleópatra VII a última rainha ptolomaica antes da conquista do Egito pelos Romanos. Aparentemente ter-se-à suicidado para evitar ser enviada com escrava para Roma.

Nesta estela ela encontra-se ofertando à deusa Ísis.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Uma tríade divina


   Uma escultura em basalto, presente no Museu das Belas Artes em Boston, E.U.A. representa a deusa Hathor, sentada no centro, rodeada pelo faraó Menkauré - o construtor da terceira e mais pequena das Pirâmides de Guiza - e por uma divindade feminina de uma província local com o símbolo de uma lebre em cima da sua cabeça.

     Sensivelmente datada entre 2550-2530 a.C., é uma representação da tríade divina em homenagem ao rei Menkauré, tendo sido encontrada no Templo do Vale referente a este soberano, no Planalto de Guiza. Pretende demonstrar a ligação do monarca ao mundo do além, exibindo a posição sagrada da monarquia faraónica, que no Império Antigo, se reveste de um cariz  absoluto, quando os antigos reis egípcios eram considerados nada menos do que deuses na Terra e intermediários entre este mundo e o mundo celestial.

    O Templo do Vale de Menkauré apresenta uma significativa lista de estátuas deste faraó, frequentemente associado a divindades femininas ou então puramente solitárias, de onde se obteve o pouco que se sabe do seu reinado pouco esclarecido.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Khufu, da Grande Pirâmide à pequena estatueta

Do Faraó Khufu (Quéops), construtor da Grande Pirâmide de Guisa (IV dinastia) apenas existe uma pequena estatueta conhecida e que se encontra no Museu Egípcio do Cairo.

O caricato é que ela tem apenas 7,5 cm de altura contrastando com a imponência da sua colossal pirâmide...







A Pirâmide de Khufu é a que se encontra na imagem à direita e é ligeiramente maior que aquela do seu filho Khafré, também na imagem  logo atrás da famosa esfinge

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

O Príncipe Ankh-haf


   No Museu de Belas Artes em Boston, E.U.A., encontra-se este singelo busto que retrata Ankh-haf, um príncipe da IV dinastia, filho do grande rei Seneferu e de uma esposa secundária desconhecida. Meio-irmão do poderoso rei Khufu, criador da Grande Pirâmide de Guiza, Ankh-haf deteve vários cargos importantes, entre eles o de vizir e supervisor das obras reais durante o reinado de Khafré, seu sobrinho.

   Ankh-haf terá testemunhado a construção da Grande Pirâmide de Guiza e provavelmente teve destaque na construção do segundo conjunto piramidal, assim como na criação da Grande Esfinge, a enorme estátua leonina que se pensa representar o faraó Khafré.

   A sua mastaba - G 5710 - localizada na zona leste do planalto funerário de Guiza, é uma das maiores da região e contém representações da sua esposa, a princesa Hetep-herés. Esse nome aliado à posição de sacerdotisa de Seneferu sugere que a mulher de Ankh-haf talvez seja a filha primogénita do fundador da IV dinastia e da sua esposa principal, a rainha Hetep-herés, portanto meia-irmã do seu esposo.

   O túmulo também representa um rapazinho chamado Ankhetef, que aparentemente terá sido neto de Ankh-haf e Hetep-herés através de uma filha de ambos, conforme o indicam as inscrições. Isto pode ser um indicador que Ankh-haf terá chegado a uma idade avançada aquando da construção da sua tumba.
  
   Nessa mesma estrutura tumular, foi encontrado o busto que se pode ver na imagem e que é considerado um dos mais perfeitos da Arte Egípcia do Império Antigo.

    Quem estiver com vontade de ir aos E.U.A. e particularmente a Boston, não se esqueça de visitar o Museu de Belas Artes e de admirar o soberbo busto que ilustra este homem da Antiguidade!

sábado, 18 de agosto de 2012

O anão Seneb e sua família

Esta bonita escultura do anão Seneb acompanhado pela sua bonita esposa e seus filhos encontra-se no Museu Egípcio do Cairo e data da IV dinastia, isto é, contemporâneo das duas maiores pirâmides de Guisa.
Seneb era responsável pelo guarda-roupa dos faraós Khufu e Khafré,  função extremamente prestigiada na época graças à grande intimidade com o faraó.

Esta original escultura mostra o anão com as suas características morfológicas típicas como a cabeça desproporcionadamente grande e as pernas bem curtas, em posição de escriba. 
Os filhos foram colocados numa curiosa disposição como a substituir as pernas do seu pai e dando metaforicamente apoio ao seu progenitor. Como é habitual na representação feminina, a cor da pele da esposa é muito mais clara que a do marido.




quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Pirâmide do faraó Unas

Unas foi o último faraó da V dinastia (aproximadamente  2374 a 2344 a.C. - Império Antigo). 
Segundo o Papiro Real de Turim reinou durante aproximadamente 30 anos, mas infelizmente não se sabe muito deste seu reinado. 
No entanto este faraó ficou conhecido do ponto de vista arqueológico como tendo sido o primeiro a inscrever textos hieroglíficos no interior da sua pirâmide, pois todas as precedentes (Dinastias III e IV) não tinham quaisquer inscrições. 
Esta pirâmide está bastante destruída na sua parte exterior dando ideia ao turista desatento, tratar-se de um monte de escombros. 



As pirâmides deste período tinham um enchimento de pedras pequenas e uma cobertura com lages maiores que, com o passar dos milhares de anos e principalmente com a reutilização dessas pedras aparelhadas em outras construções, levou ao aspeto um tanto desolado dos nossos dias. 
Os "Textos das Pirâmides" eram  textos cerimoniais e que visavam proteger o faraó na sua viagem para a eternidade. De facto ainda hoje o nome do faraó é pronunciado... e como os antigos egípcios diziam... pronunciar o nome do faraó é mantê-lo imortal.


quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Estela de Hotepi

Uma bonita estela do inspetor dos sacerdotes funerários e escriba dos campos, Hotepi com a sua esposa Kau que se encontra no National Museum of Scotland