Uma escultura em basalto, presente no Museu das Belas Artes em Boston, E.U.A. representa a deusa Hathor, sentada no centro, rodeada pelo faraó Menkauré - o construtor da terceira e mais pequena das Pirâmides de Guiza - e por uma divindade feminina de uma província local com o símbolo de uma lebre em cima da sua cabeça.
Sensivelmente datada entre 2550-2530 a.C., é uma representação da tríade divina em homenagem ao rei Menkauré, tendo sido encontrada no Templo do Vale referente a este soberano, no Planalto de Guiza. Pretende demonstrar a ligação do monarca ao mundo do além, exibindo a posição sagrada da monarquia faraónica, que no Império Antigo, se reveste de um cariz absoluto, quando os antigos reis egípcios eram considerados nada menos do que deuses na Terra e intermediários entre este mundo e o mundo celestial.
O Templo do Vale de Menkauré apresenta uma significativa lista de estátuas deste faraó, frequentemente associado a divindades femininas ou então puramente solitárias, de onde se obteve o pouco que se sabe do seu reinado pouco esclarecido.
É uma belíssima escultura bem típica do Império Antigo e em excelente estado de conservação para uma peça com mais de 4500 anos.
ResponderEliminarÉ curioso o papel central da deusa Hathor, no local onde habitualmente fica o faraó, que nesta caso ficou ao seu lado
Felicitando o nosso escriba Fernando Azul (que em egípcio se dizia khesebedj), resta-me acrescentar que a figura feminina com o estandarte da Lebre representa a 15ª província (sepat) do Alto Egito, cuja sede era em Hermópolis, a antiga Khmunu faraónica (hoje é El-Achmunein), onde se venerava o deus Tot e a Ogdóade.
ResponderEliminarObrigado pela informação, professor. Como infelizmente não dispunha de dados corretos para explicar a que província pertencia essa divindade, optei por não me esticar, não fosse cometer uma "gaffe" das piores!
ResponderEliminar