No Museu do Louvre, em Paris, encontramos esta bela peça de faiança, que representa um hipopótamo, a qual data da época do Império Médio, c. de 2150-1765 a.C.
Os Antigos Egípcios perspectivavam o universo a partir dos seres e dos fenómenos naturais à sua volta. Assim esta peça é um perfeito exemplo da tripla associação entre a natureza, a religião e a arte: sendo o hipopótamo um animal selvagem, perigoso e destruidor, rapidamente o associaram ao deus Set, convertendo-o num tema para propósitos artísticos como estatuetas, esculturas ou pinturas, exibindo, deste modo, o seu simbolismo como animal da divindade do caos e da desordem.
Quem for a Paris não deixe de visitar o Museu do Louvre onde entre a Mona Lisa e outros grandiosos objectos de arte, encontramos cerca de 50 mil peças egípcias, incluindo este simpático exemplar.
Quem me dera um dia poder visitar esse Museu!
ResponderEliminarEstas figurinhas de hipopótamos de faiança azul estão geralmente decorados com elementos de vegetação luxuriante para sugerir o meio aquático nilótico onde estes paquidermes artiodátilos se movimentavam.
ResponderEliminarO hipópotamo, que em egípcio era designado por khab ou nehes, foi de facto associado ao malvado e caviloso deus Set mas isso numa fase muito tardia, a partir da Época Baixa, continuando na Época Greco-romana.
Na verdade, durante o Império Médio e sobretudo no Império Novo o deus Set foi alvo de ampla veneração, como bem se vê pelos nomes de alguns faraós chamados Seti ou Setnakht, além dos nomes de particulares.