quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Natureza, religião e arte


     No Museu do Louvre, em Paris, encontramos esta bela peça de faiança, que representa um hipopótamo, a qual data da época do Império Médio, c. de 2150-1765 a.C.

    Os Antigos Egípcios perspectivavam o universo a partir dos seres e dos fenómenos naturais à sua volta. Assim esta peça é um perfeito exemplo da tripla associação entre a natureza, a religião e a arte: sendo o hipopótamo um animal selvagem, perigoso e destruidor, rapidamente o associaram ao deus Set, convertendo-o num tema para propósitos artísticos como estatuetas, esculturas ou pinturas, exibindo, deste modo, o seu simbolismo como animal da divindade do caos e da desordem.

    Quem for a Paris não deixe de visitar o Museu do Louvre onde entre a Mona Lisa e outros grandiosos objectos de arte, encontramos cerca de 50 mil peças egípcias, incluindo este simpático exemplar.
     

2 comentários:

  1. Quem me dera um dia poder visitar esse Museu!

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  2. Estas figurinhas de hipopótamos de faiança azul estão geralmente decorados com elementos de vegetação luxuriante para sugerir o meio aquático nilótico onde estes paquidermes artiodátilos se movimentavam.

    O hipópotamo, que em egípcio era designado por khab ou nehes, foi de facto associado ao malvado e caviloso deus Set mas isso numa fase muito tardia, a partir da Época Baixa, continuando na Época Greco-romana.

    Na verdade, durante o Império Médio e sobretudo no Império Novo o deus Set foi alvo de ampla veneração, como bem se vê pelos nomes de alguns faraós chamados Seti ou Setnakht, além dos nomes de particulares.

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