Teve lugar no passado dia 22 de outubro, no Solar Condes de Resende,
uma sessão dedicada a «Navios e navegações antigas no Mediterrâneo»,
integrada no curso sobre História Naval do Noroeste Português, que se
prolongará até final do corrente ano, numa organização patrocinada pela
Academia Eça de Queirós e a Confraria Queirosiana, cujo mesário-mor,
Professor Gonçalves Guimarães, se vê na terceira imagem com o orador.
Na sessão foi evocada a marinha egípcia que, desde o Império Antigo,
navegava para o Levante mediterrânico, com especial preferência pela
cidade de Biblos, buscando, sobretudo, a excelente madeira de cedro
de que o Egito carecia, entre outros produtos. Foi então sublinhado,
com apropriadas imagens e textos de apoio, que os navios egípcios
inspiraram, em certa medida, os navios de outros países da zona.
Do barco egípcio mediterrânico derivaram, com as necessárias
adaptações, os navios da Fenícia e da Grécia, tendo esta produzido
belas trirremes, mais tarde copiadas, e aumentadas, pelos Romanos,
construtores de grandes navios que depois sulcaram o Mare Nostrum.
Foi possível no final concluir que, embora não tivessem mostrado
muito interesse pela navegação mediterrânica, os Egípcios criaram
excelentes navios - e o que não fariam se se tivessem interessado...