A ida à Universidade de Aveiro, para lá fazer uma conferência sobre
as edições de textos no antigo Egito, motivou uma animada conversa
com o egiptólogo Telo Ferreira Canhão, que é daquela bonita região,
e que tem uma quinta em Vagos, com muitos animais - aliás, já foram
apresentados no blogue os gansos que ele lá tem, evocando o deus Geb.
Desta feita ficamos a saber que entre a variada fauna da sua quinta
existem dois bodes que acabam por evocar uma divindade egípcia
cultuada em Mendés (em egípcio Djedet), situada no Delta do Nilo.
e cujo animal sagrado era o bode, como se vê acima num belo bronze
datado da Época Baixa que representa Banebdjedet - o ba do senhor
de Djedet, que era casado com a deusa Hatmehit, uma deusa-peixe.
Na imagem de baixo está um magnífico bode branco de Mendés,
perdão, de Vagos, a quem o egiptólogo Telo Ferreira Canhão deu o
apropriado nome de «senhor Mendes» - note-se, porém, que ele tem
lá na quinta um outro bode que dá pelo nome mais helénico de Pã.
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