quinta-feira, 31 de maio de 2018

Em Lucsor Ocidental



No sexto dia de viagem o entusiasmado grupo passou de barco o rio Nilo 
para a margem ocidental, a zona das necrópoles, numa agradável travessia,
apesar de a pequena embarcação ter o fatídico e aziago nome de «Titanic», 
como se pode verificar na primeira imagem, vendo-se na segunda o grupo
iniciando a sua caminhada rumo ao templo funerário da rainha Hatchepsut,
em Deir el-Bahari, com destaque para a capela de Hathor e o pátio de Ré,
além dos expressivos relevos da expedição a Punt e do nascimento real.

O percurso matinal incluiu o Vale dos Reis, com entrada em três túmulos
(os de Ramsés III, Merenptah e Ramsés IX), e ainda com o suplementar
acesso ao modesto mas lendário túmulo de Tutankhamon (pago à parte),
seguindo-se o Vale das Rainhas, com entrada em três túmulos (rainha
Ísis, os príncipes reais Khaemuaset e Amenherkhopechef), e com acesso
ao maravilhoso túmulo de Nefertari, esposa de Ramsés II (pago à parte).

A jornada da manhã findou com a passagem pelos «Colossos de Memnon»,
duas estátuas enormes que se situam à entrada do pilone do desaparecido
templo funerário de Amen-hotep III (agora em fase de escavação e estudo),
e com a visita ao túmulo do grande vizir Rekhmiré, «primeiro-ministro» 
no longo reinado de Tutmés III, cuja decoração parietal elucida bem 
sobre as atividades económicas, administrativas e lúdicas da época.

quarta-feira, 30 de maio de 2018

Rumo a Lucsor, pelo Egito rural





Depois das reconfortantes visitas a Abido e a Dendera, o autocarro
continuou a sua viagem rumo a Lucsor, por entre campos verdejantes
com aldeias de casas modestas junto aos canais do Nilo, que esteve
quase sempre visível ao longo do percurso pelo Egito rural, passando
depois pela cidade provincial de Qena, com interessantes mesquitas.

Ao fim da tarde foi a chegada à cidade de Lucsor, com a instalação 
no requintado e acolhedor Hotel Sonesta St. George, junto ao Nilo,
rematando a cansativa mas enriquecedora jornada do dia de Páscoa
com um muito agradável jantar ao ar livre, junto à piscina do Hotel,
seguindo-se uma repousante noite que os viajantes bem mereceram.

No Médio Egito: Dendera e o culto de Hathor




Depois da visita a Abido o grupo seguiu de autocarro para Dendera,
para estar no templo de Hathor, o qual nos últimos anos tem sido alvo
de cuidadosos trabalhos de restauro que em diversas áreas do templo
restituíram muito da sua antiga cor, em especial na sala hipostila.

Almoço pascal em Abido


No dia 1 de abril, domingo de Páscoa, após a visita ao templo-cenotáfio
de Seti I em Abido, seguiu-se o almoço pascal num renovado e acolhedor
restaurante local em «estilo egípcio», onde à falta do tradicional cordeiro
foi servido o frango pascal com saladinhas e outros acepipes, rematando
com as saborosas amêndoas que a diligente e previdente Teresa Neves, 
da agência Novas Fronteiras, tinha trazido de Lisboa. Bela surpresa!

terça-feira, 29 de maio de 2018

No Médio Egito: Abido e o culto de Osíris



No quinto dia de viagem, o pequeno grupo da Faculdade de Letras
da Universidade de Lisboa partiu do Cairo, viajando de avião
para Sohag, no Médio Egito, seguindo depois em autocarro
para Abido, onde se situa o grande templo-cenotáfio de Seti I,
dedicado especialmente a Osíris e ainda a outras divindades,
o qual exibe alguns dos mais belos e expressivos baixos-relevos
da arte egípcia no seu interior relativamente bem conservado.

A Faculdade de Letras de Lisboa no Egito



Evocando a exitosa visita de estudo ao Egito nas férias da Páscoa
concebida pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa,
aqui se mostra a «prata da casa», com o egiptólogo que conduziu
o percurso histórico-cultural durante os catorze dias da viagem,
em cima com a Professora Paula Morão, no planalto de Guiza,
e em baixo com a Daniela Martins, mestre em História (área 
de História Antiga, Egiptologia), e o aluno de licenciatura
António Santos, sob o colossal casal real Amen-hotep III
e a rainha Tié, pais do célebre e controverso Akhenaton.

sexta-feira, 25 de maio de 2018

Os vestígios de Mênfis



Na zona museológica de Mit-Rahina, perto de Sakara, foram reunidas 
algumas peças escultóricas e arquitetónicas que evocam, sobretudo,
a época do Império Novo, com destaque para as estátuas colossais
de Ramsés II, vindas do muito destruído templo de Ptah, a principal
divindade da antiga Mênfis, capital do Egito no Império Antigo.

O templo do demiurgo menfita chamava-se Hutkaptah (em antigo
egípcio significava «o templo do ka de Ptah»), e foi deste nome
que derivou, através do grego, a designação de Egito dada ao país,
como na ocasião foi explicado aos membros do grupo, retratados
na imagem de cima junto de um colosso ramséssida e na de baixo
ao lado de uma base de uma desaparecida coluna de Merenptah.

Guiza: as pirâmides e a Esfinge



Depois das zonas tumulares de Sakara e de Dahchur, e ainda de Mênfis,
o grupo da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa já estava
habilitado a melhor perceber as pirâmides de Khufu, Khafré e Menkauré
que se erguem no planalto de Guiza, tendo ainda a oportunidade de ver
o Museu da Barca Solar, com o belo navio de Khufu feito com madeira
de cedro (do Líbano) a testemunhar o alto nível da construção naval.

Alguns mais afoitos entraram na Grande Pirâmide de Khufu, subindo
pela grande e espetacular galeria até desembocarem na cripta real,
havendo ainda tempo para percorrer a zona, rodeando as pirâmides,
após o que o grupo se dirigiu para a Esfinge e, mesmo ali ao lado,
para ver as impressionantes ruínas do templo baixo de Khafré,
de onde partia o caminho processional conduzindo ao templo
funerário (ou templo alto) adossado à face leste da pirâmide.

Sakara: pirâmides e mastabas



Antes da visita ao famoso planalto de Guiza é preciso estar em Sakara,
para dar uma ordem lógica e cronológica ao fluir do tempo histórico,
vendo o complexo funerário do Hórus Djoser, onde sobressai a sua
pirâmide escalonada (III dinastia), passando depois pela arruinada
pirâmide de Userkaf (o primeiro rei da V dinastia) e em seguida
entrando na pirâmide de Teti (o primeiro rei da VI dinastia).

A compreensão da notável arquitetura sepulcral do Império Antigo
completa-se com as visitas a dois túmulos privados de funcionários,
 conhecidos como mastabas, por isso o grupo apreciou devidamente
os túmulos do vizir Mereruka e de Ti, este mais afastado, e por isso
raros visitantes recebe - mas Eça de Queirós esteve lá em 1869,
o que é também um motivo para evocar o nosso célebre escritor.

Depois estivemos em Dahchur, onde se erguem duas pirâmides
mandadas erigir por Seneferu, o fundador da IV dinastia, e onde
poucos grupos vão - por isso mesmo foi uma visita tranquila,
comparando a pirâmide romboidal com a pirâmide vermelha,
onde alguns mais «corajosos» entraram (e não é nada fácil).

No Museu Egípcio do Cairo



Depois das visitas ao Cairo copta (com as igrejas de São Sérgio,
ou da Sagrada Família, e de Santa Bárbara), e ainda à sinagoga 
de Ben Ezra, seguiu-se a visita ao Museu Egípcio do Cairo,
que agora está em fase de mudança para as novas instalações
 do Grande Museu Egípcio, junto das pirâmides de Guiza.

Um dos momentos altos da visita foi a entrada na sala das múmias
para admirar os corpos de grandes faraós do antigo Egito, desde 
o martirizado Sekenenré, o conquistador Tutmés III, o notável
Seti I e o seu filho Ramsés II, mais o homónimo Ramsés III,
entre outros monarcas que reinaram no país das Duas Terras.

O primeiro dia no Cairo


Foi há cerca de dois meses que o grupo da Faculdade de Letras
da Universidade de Lisboa iniciou a sua visita de estudo ao Egito,
começando pelo Cairo islâmico, vendo a mesquita de Mohamed Ali,
também conhecida por Mesquita de Alabastro, seguindo-se mais três:
a do sultão Hassan (meados do século XIV), de Rifai (do século XX)
e a de Ibn Tulun (século IX), quando a capital do Egito era Fustat,
dado que a cidade do Cairo (Al-Kahera) só foi fundada no século X.

quinta-feira, 24 de maio de 2018

Adeus à Tut


Faleceu a nossa gatinha Tut, que connosco viveu durante catorze anos
de uma vida que deve ter sido certamente muito feliz - e catorze anos
de vida para um gato não é mau, com uma vida caseira e em família.

Quando recebemos o pequeno felino, com uns quatro meses de idade, 
julgávamos que seria um gato e por isso demos-lhe o nome faraónico
de Tutankhamon, até porque já existia o Seti e o Ramsés, prestigiados
e sonantes nomes de grandes reis do antigo Egito (Império Novo).

Mas quando o gatinho foi ao veterinário para a esterilização e para
uma observação médica, a jovem veterinária notou que o felino
brincalhão que tinha entre mãos não exibia «tintins» - tratava-se,
afinal, de uma gata... e passou a ser a Tut, que em antigo egípcio 
quer dizer «imagem», palavra feminina que vinha a propósito.

terça-feira, 22 de maio de 2018

De novo no Museu Calouste Gulbenkian


Cumprindo o programa da cadeira opcional de Escrita Hieroglífica
lecionada no Departamento de História da Faculdade de Letras
da Universidade de Lisboa, alguns dos 35 alunos inscritos na turma
estiveram no sábado, dia 19 de maio, na visita de estudo realizada
na magnífica galeria de arte egípcia do Museu Calouste Gulbenkian.

Poses insólitas no Egito


Revelando uma acintosa grande falta de bom senso e de respeito 
para com os vestígios do passado há certos viajantes que no Egito
se «divertem» em poses insólitas e indecentes nos monumentos,
certamente por culpa, desleixo ou indiferença de guias e guardas
dos sítios históricos que não cumprem cabalmente as suas funções.  

Nos grupos de viajantes que todos os anos integram as visitas
de estudo concebidas e preparadas pela Faculdade de Letras 
da Universidade de Lisboa, e que ultimamente têm sido levadas
a efeito com uma grande eficácia pela agência Novas Fronteiras, 
tais cenas indecorosas, insultuosas e repelentes não ocorrem.

O Antigo Egito entre nós


Por iniciativa do Grupo Amigos de Lisboa vai realizar-se no sábado,
dia 26 de maio, às 15 horas, uma sessão dedicada aos acervos egípcios 
públicos e privados existentes em Lisboa, a qual terá lugar na sede 
dessa instituição, situada na Rua Portugal Durão, no Bairro do Rego,
entre a Praça de Espanha e o Campo Pequeno, com entrada livre. 

sexta-feira, 18 de maio de 2018

De novo o rio Nilo




De novo se recorda o evento que teve lugar no dia 11 de maio,
no Auditório da Câmara Municipal de Torres Vedras, dedicado
aos grandes rios do mundo: o Tigre e o Eufrates (Mesopotâmia),
o Nilo (Egito), o Amarelo (China) e o Ganges (Índia), vendo-se
na primeira imagem alguns dos conferencistas da primeira sessão.

Gerir a produção no antigo Egito




Integrada num ciclo de conferências sobre a Fazenda e a Gestão
da Produção, organizado pela Professora Maria Leonor García Cruz, 
foi apresentada no dia 17 de maio, na repleta sala B 3 da Biblioteca
da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, a comunicação
«Gerir o Mundo e a Produção no Egito Faraónico», com a evocação
dos métodos de gestão dos recursos naturais e dos recursos humanos
do antigo Egito, que estiveram na base do sucesso da monarquia
e da notável civilização que floresceu nas margens do Nilo.

Animais domésticos no antigo Egito




Realizou-se no passado dia 16 de maio uma sessão dedicada
aos «Animais domésticos no antigo Egito», inserida no curso livre
sobre «A Vida no Antigo Egito», organizada pelo Centro de História
da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, e em boa hora
concebido pelo egiptólogo Telo Ferreira Canhão.

sexta-feira, 11 de maio de 2018

O Nilo entre os grandes rios do mundo




Hoje, dia 11 de maio, realizou-se no Auditório dos Paços do Concelho
da Câmara Municipal de Torres Vedras a primeira sessão do ciclo
de conferências temáticas «Turres Veteras», desta feita a XXI, a qual
teve âmbito internacional, numa organização da Câmara Municipal
e da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

A mesa que se constituiu para a abertura dos trabalhos ficou formada
pelo Doutor Carlos Bernardes, presidente da Câmara Municipal,
Professor Miguel Tamen, diretor da Faculdade de Letras de Lisboa,
e Professor Pedro Barbosa, presidente da comissão executiva deste
 «Encontro Internacional Turres Veteras XXI: Caminhos do Rio».

A secção inicial foi dedicada aos «Grandes Rios da Humanidade»,
o Tigre e o Eufrates (na Mesopotâmia), o Nilo (no Egito), o Amarelo
(na China), o Amazonas (no Brasil) e o Ganges (na Ìndia), cabendo
a primeira comunicação ao Professor Francisco Caramelo, que falou 
sobre «Os rios Tigre e Eufrates e as cidades da Mesopotâmia», 
seguindo-se o Professor Luís Manuel de Araújo com a temática
«O Nilo: um rio divino».

domingo, 6 de maio de 2018

Antiguidades egípcias no Porto e Gaia



No passado dia 7 de março teve lugar na Sociedade de Geografia
de Lisboa uma sessão dedicada aos objetos egípcios existentes
na capital, com relevo para os acervos do Museu da Farmácia,
Museu Calouste Gulbenkian, Museu Nacional de Arqueologia,
e do próprio Museu da Sociedade de Geografia de Lisboa.

Na sequência dessa conferência, a secção de Arqueologia
da Sociedade de Geografia de Lisboa, gerida pelos arqueólogos
Ana Cristina Martins e João Senna-Martinez, está a promover
uma nova sessão desta vez dedicada aos acervos egiptológicos
existentes na cidade do Porto e em Gaia (Canelas).

Assim, no próximo dia 9 de maio, quarta-feira, pelas 17,30 horas,
realiza-se uma sessão complementar intitulada «Do Nilo ao Douro»,
e integrada no ciclo de conferências «Oriente Antigo no Ocidente»,
que terá lugar no Auditório Adriano Moreira, com entrada livre.

Reencontro dos viajantes do Egito


No passado sábado, dia 5 de maio, reuniram-se num lauto almoço em Algés
os viajantes que este ano se deslocaram ao Egito, onde estiveram durante 
catorze dias enriquecedores e inesquecíveis - é na verdade esta a opinião
 dos que fruíram de uma visita de estudo bem organizada e concretizada,
deixando antever a continuação exitosa deste projeto iniciado em 2000.

A festiva paparoca teve lugar no agradável Restaurante Caravela de Ouro,
depois de os participantes terem estado na parte da manhã na sala egípcia
do Museu Nacional de Arqueologia, onde puderam ver as peças expostas
e compará-las com as muitas que admiraram nos vários museus visitados
na viagem ao Egito (Museu Egípcio do Cairo, Museu Imhotep em Sakara, 
Museu de Lucsor e Museu de Kom Ombo).

quarta-feira, 2 de maio de 2018

Os guias das nossas viagens



As visitas de estudo da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
ao Egito, que se fazem desde o ano 2000, são sempre acompanhadas 
por três guias: um guia egípcio com experiência preciosa assegurada,
a guia Teresa Neves da Agência Novas Fronteiras e o guia egiptólogo
da Faculdade de Letras, os quais se podem ver nas imagens deste ano.

Convirá assinalar que na primeira foto está, à esquerda, o excelente guia 
Gamal Khalifa, anterior acompanhante dos grupos da Faculdade de Letras
(onde, aliás, ele estudou, tendo vivido cerca de dez anos no nosso país),
e ao meio está o atual guia Mustafa el-Ashabi, magnífico companheiro
e garantia segura de que os programas são zelosamente cumpridos.

A bandeira portuguesa no Egito, 2018




Mantendo a tradição das visitas de estudo da Faculdade de Letras
da Universidade de Lisboa, o grupo que esteve este ano no Egito
também foi fotografado exibindo a bandeira portuguesa:  em cima
junto da Grande Barragem de Assuão, depois com um golpe de vento
 quase a levar a bandeira das mãos dos egiptólogos que a seguravam 
(o guia científico da visita de estudo e a mestre Daniela Martins),
e em baixo à entrada do templo ramséssida de Uadi es-Sebua, 
na Núbia, onde raros grupos de visitantes se deslocam.

A bandeira portuguesa no Egito, 2011



Na visita de estudo ocorrida em 2011 o grupo da Faculdade de Letras
da Universidade de Lisboa seguiu uma prática das viagens anteriores
e fez-se fotografar exibindo a bandeira portuguesa em locais históricos
evocativos do antigo Egito, neste caso no famoso planalto de Guiza
com as suas pirâmides (em cima) e no templo de Karnak (em baixo).

terça-feira, 1 de maio de 2018

Lazer e recreação no antigo Egito



Vai começar em breve mais um curso sobre «A Vida no Antigo Egito», 
desta vez subordinado ao tema «Lazer e recreação», na linha do ciclo 
egiptológico que tem sido levado a efeito pelo Centro de História 
da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

Este VI curso livre sobre «A Vida no Antigo Egito» decorre durante 
o mês de maio, assinalando-se aqui os dias, os temas e os docentes:

Dia 2 - «Um desporto de faraós: arco e flecha» (José Varandas 
e Eduardo Ferreira)
Dia 9 - «Música e dança» (José das Candeias Sales)
Dia 16 - «Animais domésticos» (Luís Manuel de Araújo)
Dia 23 - «Brinquedos, jogos e desportos de crianças e jovens
no antigo Egito» (Telo Ferreira Canhão)
Dia 30 - «Fazer esquecer o coração: lazer e recreação
na pintura tumular tebana» (Rogério Sousa)