Hoje, 16 de Fevereiro de 2013, completam-se 90 anos da abertura da última das câmaras funerárias do túmulo de Tutankhamon, quando Howard Carter quebrou o selo que a encerrava, acompanhado de membros da sua equipa. Lá dentro vislumbrou-se pela primeira vez em mais de 3 mil anos, o sarcófago deste jovem rei egípcio, falecido de forma prematura com apenas 18 anos.
Carter tinha descoberto os primeiros vestígios do túmulo, em Novembro de 1922, mas levou quase três meses somente para desobstruir o entulho em frente à porta principal, remover e registar todos os magníficos tesouros que estavam nas primeiras câmaras e finalmente alcançar a última, que abriu nesta data, precisamente há 90 anos atrás.
O jornalista britânico, Henry Wollam Morton, do Daily Express, foi praticamente o único membro da impressa internacional autorizado a entrar no local juntamente com Carter e os seus ajudantes e o criador dos primeiros artigos jornalísticos a respeito da descoberta do túmulo real, que cimentaram a reputação do perseverante arqueólogo e do seu achado junto do público britânico e consequentemente pelo mundo inteiro.
90 anos de Tutmania! A sua máscara, as pirâmides e a Esfinge continuam a ser as imagens mais icónicas do Antigo Egipto.
ResponderEliminarComprei a National Geographic deste mês, fala do busto da Nefertiti. Gostei do artigo, a dúvida e o mistério permanecem... ;)
ResponderEliminarAna C.
Nicholas Reeves afirma peremptoriamente, que pelas evidencias dos restos arqueológicos das tumbas reais do Vale dos Reis, provavelmente o "quarto e sala funerário" de Tutzinho, deve ter sido o túmulo mais rico de todos os tempos egiptológicos. Ele considera que a montanha de objetos do barroco armaniano estocado em sua tumba sejam um conjumto de objetos preparados para seu pai e seu irmão dentro dos ritos tebanos. Como mudaram-se de Tebas e foram enterrados nos cânones armanianos, esses objetos, caixões e móveis foram reciclados e incorporados ao objetos originais para o enterro de Tutzinho - que agora sabemos é filho de irmão com irmã igualmente hereges. Portanto seria um aparato funerãrio para três reis, por isso mostra-se tão rico. Pelos restos achados nas tumbas de Tuthmósis III e VI, Sethi I - Ramsés II e III e outros grandes, nada que imaginemos, poderia se comparar ao luxo folheado a ouro de Tutzinho. Parece que o betume era o revestimento preferido, uma vez que era tão inoxidável como o próprio ouro, ritualmente eram equivalentes em duração e estabilidade. Embora muitos pensem que as riquezas de Tutzinho sejam apenas uma "fraca amostra" do deveria haver em outros túmulos maiores , outros acreditam que este talvez tenha sido o mais rico túmulo tebano, talvez com a exceção do sepulcro do opulento avô de Tutzinho - Amenhotep III. Particularmente não aprecio o estilo amarniano, desculpem o calculado desdém pelas curvas deste estilo, creio que as jóias tanitas da XXI e XXIIª Dinastias são muito mais elaboaradas e verdadeiramente egípcias.
ResponderEliminarBom, eu acho que devemos ter uma mente aberta relativamente aos achados de Tutankamon, afinal de contas, são praticamente os únicos encontrados de entre tantos antigos reis egípcios em que podemos vislumbrar algum do seu esplendor de outrora. Dado que os outros túmulos foram saqueados, não é possível fazer uma comparação ou uma análise do que teria sido o recheio de outros monarcas, substancialmente mais destacados como Tutmés III, Amenhotep II ou Ramsés II. Tanto a hipótese do túmulo de Tutankhamon ter sido o mais rico ou a hipótese de ser o menos rico da XVIII dinastia são possíveis, mas infelizmente impossíveis de verificar, pois não dispomos dos tesouros dos outros túmulos reais para comparar. Fica a especulação...
EliminarMe desculpem , é o egiptólogo John Rommer quem sustenta a tese de ser, talvez, este túmulo o mais rico de todo o Vale dos Reis.
ResponderEliminar