sexta-feira, 12 de julho de 2013

Uma interessante notícia arqueológica, mesmo se já com alguns meses de atraso...

    "Arqueólogos descobriram um dos mais antigos portos do mundo, que remonta ao tempo do faraó Quéops, informou hoje o ministro de Antiguidades, Mohamed Ibrahim. O porto foi descoberto em Wadi al-Jarf, localizada na costa do Mar Vermelho, 180km ao sul de Suez. Quarenta folhas de papiro coberto de textos hieroglíficos que lançam luz sobre a vida cotidiana dos antigos egípcios também foram descobertos no local. Os textos supostamente eram relatórios mensais sobre o número de trabalhadores e detalhes de suas atividades diárias e, segundo Ibrahim, são os mais antigos que se tem notícia. As folhas de papiro foram transferidas imediatamente para o Museu de Suez após a descoberta, para que arqueólogos e historiadores pudessem estudá-las e documentá-las, completou o ministro."




 "Uma missão francesa-egípcia descobriu o local, sendo que, navios de transporte de cobre e outros metais, provavelmente frequentavam o porto nos tempos antigos. Um conjunto de cais de pedra também foi descoberto. Adel Hussein, chefe do setor de Antiguidades Egípcias, disse que a missão também encontrou os restos das casas dos trabalhadores portuários, 30 cavernas e várias ferramentas de pedra."

Fonte(s):
http://antigoegito.org/arqueologos-descobrem-um-dos-mais-antigos-portos-do-mundo-e-dezenas-de-papiros/

2 comentários:

  1. Embora datando de algumas semanas atrás, esta notícia aqui lembrada pelo nosso diligente escriba Fernando Azul é muito propositada devido à sua importância histórica e arqueológica - e muito agradecemos a notícia postada pelo nosso escriba que, antes de partir de férias para as Bahamas (quiçá para as Seychelles), a quis partilhar connosco.

    Ela demonstra que a navegação egípcia no mar Vermelho remonta afinal a fases muito antigas da história do Egito faraónico e que tal opção implicava a construção de portos marítimos, dos quais já tínhamos notícias para o Império Médio e para o Império Novo, em geral quando se alude às expedições para a região de Punt.

    E justamente devido à sua importância, esta notícia da descoberta do porto faraónico de Uadi el-Jarf, de apoio à navegação para o Sinai, já tinha sido divulgada no último número do Boletim da Associação Cultural de Amizade Portugal-Egipto (p. 3), com um mapa inserido na primeira página.

    Acrescente-se que no fragmento de papiro que aqui aparece se pode ler na última coluna à esquerda o nome completo do rei, que era Khnum-Khuf(ui), ou seja, «O deus Khnum protege-me», e na coluna seguinte está o seu nome de Hórus, que era Medjedu, que se pode traduzir por «O Virtuoso» - e Khufu foi, nada mais nada menos, o construtor da Grande Pirâmide de Guiza.

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  2. Obrigado, professor, pelas suas felicitações relativamente a esta notícia. Achei interessante, dado que a documentação sobre os feitos de navegação da antiga civilização faraónica é rara. É um achado importante que confere mais luz num domínio relativamente obscuro no capítulo da Egiptologia.

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