"Arqueólogos descobriram um dos mais antigos portos do mundo, que remonta
ao tempo do faraó Quéops, informou hoje o ministro de Antiguidades,
Mohamed Ibrahim. O porto foi descoberto em Wadi al-Jarf, localizada na
costa do Mar Vermelho, 180km ao sul de Suez. Quarenta folhas de papiro
coberto de textos hieroglíficos que lançam luz sobre a vida cotidiana
dos antigos egípcios também foram descobertos no local. Os textos
supostamente eram relatórios mensais sobre o número de trabalhadores e
detalhes de suas atividades diárias e, segundo Ibrahim, são os mais
antigos que se tem notícia. As folhas de papiro foram transferidas
imediatamente para o Museu de Suez após a descoberta, para que
arqueólogos e historiadores pudessem estudá-las e documentá-las,
completou o ministro."
"Uma missão francesa-egípcia descobriu o local, sendo que, navios de
transporte de cobre e outros metais, provavelmente frequentavam o porto
nos tempos antigos. Um conjunto de cais de pedra também foi
descoberto. Adel Hussein, chefe do setor de Antiguidades Egípcias, disse
que a missão também encontrou os restos das casas dos trabalhadores
portuários, 30 cavernas e várias ferramentas de pedra."
Fonte(s):
http://antigoegito.org/arqueologos-descobrem-um-dos-mais-antigos-portos-do-mundo-e-dezenas-de-papiros/
Embora datando de algumas semanas atrás, esta notícia aqui lembrada pelo nosso diligente escriba Fernando Azul é muito propositada devido à sua importância histórica e arqueológica - e muito agradecemos a notícia postada pelo nosso escriba que, antes de partir de férias para as Bahamas (quiçá para as Seychelles), a quis partilhar connosco.
ResponderEliminarEla demonstra que a navegação egípcia no mar Vermelho remonta afinal a fases muito antigas da história do Egito faraónico e que tal opção implicava a construção de portos marítimos, dos quais já tínhamos notícias para o Império Médio e para o Império Novo, em geral quando se alude às expedições para a região de Punt.
E justamente devido à sua importância, esta notícia da descoberta do porto faraónico de Uadi el-Jarf, de apoio à navegação para o Sinai, já tinha sido divulgada no último número do Boletim da Associação Cultural de Amizade Portugal-Egipto (p. 3), com um mapa inserido na primeira página.
Acrescente-se que no fragmento de papiro que aqui aparece se pode ler na última coluna à esquerda o nome completo do rei, que era Khnum-Khuf(ui), ou seja, «O deus Khnum protege-me», e na coluna seguinte está o seu nome de Hórus, que era Medjedu, que se pode traduzir por «O Virtuoso» - e Khufu foi, nada mais nada menos, o construtor da Grande Pirâmide de Guiza.
Obrigado, professor, pelas suas felicitações relativamente a esta notícia. Achei interessante, dado que a documentação sobre os feitos de navegação da antiga civilização faraónica é rara. É um achado importante que confere mais luz num domínio relativamente obscuro no capítulo da Egiptologia.
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