O templo núbio de Amada, relativamente bem conservado, está hoje
a mais de dois quilómetros do seu sítio original e a mais de sessenta
metros mais elevado para não ficar submerso no lago Nasser, tendo
sido deslocado num único bloco, envolvido por aço e betão reforçado,
para ser transportado por uma via férrea tripla feita para esse efeito,
devido à fragilidade das pinturas e esculturas do santuário e capelas.
A notável proeza de engenharia na transferência deste templo núbio
teve o apoio técnico e financeiro da França, podendo hoje os raros
visitantes do local apreciar as belas imagens e os textos das paredes,
que datam da época de Tutmés III e Amen-hotep II (século XV a. C.),
surgindo o nome deste último numa grande estela posta no santuário.
O quarto nome do rei está inscrito dentro da tradicional cartela,
na sua forma de Aakheperuré, antecedido pelos sonantes títulos
de deus beneficente (netjer nefer), rei do Alto e do Baixo Egito
(nesu-biti), e senhor das Duas Terras (neb-taui), como se vê
na segunda imagem que mostra o texto hieroglífico da estela.
Depois o rei Tutmés IV (século XIV a. C.) acrescentou uma sala
hipostila com doze pilares, onde se apresenta como eterno amado
de várias divindades, entre as quais a preponderante deusa Maet,
cujo nome está num dos pilares da sala (terceira imagem), tendo
o templo de Amada servido como igreja cristã a partir do século V.
Ah, esse escapou-nos da outra vez, que pena :-(
ResponderEliminarPois é, caríssimo amigo Paulo, a solução será voltar outra vez ao Egito, cumprindo este novo programa mais alargado que inclui o percurso pelos templos núbios e o cruzeiro no lago Nasser.
ResponderEliminarEsse também me escapou há 12 anos...bom, fica para outra ocasião!
ResponderEliminarSim, caro Professor, é a única solução que vislumbro no horizonte :-)
ResponderEliminarPaulo Ferrero e Fernando Azul... oportunidade em 2017! De 5 a 18 de abril.
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