domingo, 1 de maio de 2016

11.º dia: percurso na Núbia





Navegando tranquilamente pelo lago Nasser, numa bela noite cálida,
sob um imenso céu estrelado, eis que o Omar Khayam ancorou de dia
mesmo em frente da ilha onde se encontra a fortaleza de Kasr Ibrim,
a única fortaleza da Baixa Núbia (Uauat) que hoje pode ser vista,
como se observa na primeira imagem, o que propiciou a evocação
da complexa rede de fortalezas erigidas pelos faraós mais para sul.

A viagem prosseguiu rumo a Amada e a Derr, e após o lauto almoço
chegámos a este destino isolado, onde o barco parou - e depois foi
desembarcar em pleno deserto núbio (segunda imagem) sob um sol
inclemente, num céu raivosamente azul (como diria Eça de Queirós),
marcando os termómetros do navio uns abrasadores 35º.

Caminhando pelo deserto, sempre à vista do lago, imitando os antigos
expedicionários egípcios em campanha na Núbia, eis que atingimos
o primeiro objetivo: o templo de Amada (terceira imagem), um templo
erguido entre os reinados de Tutmés III e Seti I (séculos XV-XIII a. C.),
que amanhã merecerá uma postagem apropriada e mais desenvolvida.

Um pouco mais adiante visitámos o templo de Derr (quarta imagem), 
do reinado de Ramsés II (século XIII a. C.), e dedicado a Amon-Ré,
mas onde o célebre faraó se pode ver a venerar diversas divindades,
estando as imagens divinas do santuário muito danificadas - mas se
estivessem intactas podíamos reconhecer Ptah, Amon-Ré, Ramsés II
e Ré-Horakhti, tal como em Abu Simbel, que serviu de inspiração.

1 comentário:

  1. Não fiz cruzeiro pelo lago Nasser, mas pelo rio Nilo desde Assuão até Lucsor e já não foi mau...um dia volto para um percurso mais alargado!

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