Desapareceu o Museu Nacional do Rio de Janeiro e todo o recheio
devido ao grande incêndio que lá deflagrou, perdendo-se também
para sempre a sua interessante coleção de antiguidades egípcias,
que era a maior e a melhor no seu género da América do Sul.
Agora procuram-se as causas e os culpados, enfim, o habitual...
O acervo egípcio foi iniciado pelo imperador D. Pedro I em 1827,
tendo merecido a atenção de seu filho, o imperador D. Pedro II,
o qual visitou o Egito por duas vezes (em 1871-1872 e em 1876),
sendo de destacar a meritória ação do seu curador Alberto Childe,
de ascendência russa, e autor do primeiro catálogo da coleção.
Há alguns anos trabalhos de renovação permitiram expor as múmias
e outros materiais em condições mais dignas, mas há pouco tempo
o Museu, situado na Quinta da Boa Vista, encerrou parcialmente,
porque a Universidade Federal do Rio de Janeiro, que o tutelava,
ficou sem verbas para pagar os serviços de limpeza e segurança.
Depois reabriu, para agora desaparecer tragicamente.
O único comentário a fazer-se perante tal desgraça é: "sem comentários", pois nada mais vejo que possa ser dito ante a destruição de uma grande parte da cultura, história e identidade da maior nação da América do Sul...
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