Depois do brilhante sucesso que foi a realização do Colóquio
Internacional que decorreu na Fundação Calouste Gulbenkian
em 16 e 17 de fevereiro, enquanto decorria a exposição sobre
os «Faraós Superstars» a par da exposição de «Tutankhamon
em Portugal», na Biblioteca Nacional de Portugal, uma crítica
acirrada e escopélica de Helena T. Lopes quase que estragava
tudo o que de bom tem sido feito, nos últimos meses, em prol
do estudo sério e da divulgação da egiptologia em Portugal.
A segunda imagem que aqui se publica reproduz o aculeado e
delinquente texto que a egiptóloga Helena T. Lopes publicou,
increpando, sem dar justificação, o diretor adjunto do Museu
Calouste Gulbenkian João Carvalho Dias um homem muito
culto e sabedor, um dinâmico, eficaz e incansável trabalhador
da cultura, a quem se deve muito dos sucessos da exposição e
do colóquio, com a ativa colaboração de uma equipa bastante
preparada e adestrada para as tarefas que foram concretizadas
com grande e digno prestígio para a Fundação e o seu Museu.
Afinal os «graves erros» que a docente da Universidade Nova
de Lisboa (FCSH e CHAM) detetou, com deôntica perspicácia,
no catálogo editado com a exposição dos «Faraós Superstars»,
admirada até hoje por milhares de visitantes, resumem-se, pelo
que se pode concluir da sua esconsa, hebetante e obtusa crítica
infundada, ao facto de ter sido escrito o nome de Maet em vez
de Maat, quando foi esta mesma personalidade que redigiu os
bem conhecidos nomes de Ísis e Néftis como Eset e Nebthoet,
deixando certamente os seus alunos num estado desalentado.
A talibânica crítica, jaculada por Helena T. Lopes, em aparente
defesa do rigor que tem de existir na escrita de nomes egípcios
de faraós e deuses contrasta, em hebefrénico paradoxo, com os
crassos erros de redação de antropónimos divinos que a mesma
egiptóloga deu adulterando os nomes dos filhos do deus Hórus:
a Hapi, com cabeça de babuíno, chamou Hepi; Duamutef, com
cabeça de canídeo, passou a Duemantef; a Imseti, com cabeça
humana, chamou Emesti; Kebehsenuef, com cabeça de falcão,
ficou a ser Quesenof (ver no comentário as fontes de consulta).
Quem escrevinha estas alvares minudências deveria saber, com
a seriedade e o rigor que se espera de uma docente universitária
da área de História Antiga, que há várias formas para se redigir
os nomes dos reis e deuses do antigo Egito: quem quiser poderá
escrever Quéops ou Khufu, Quefren ou Khafré, Amenemhat ou
Amenemés, Amen-hotep ou Amenófis, Sesóstris ou Senuseret,
entre muitos outros casos como Maet e Maat, sendo de registar
que notáveis egiptólogos como Alan Gardiner, Cyril Aldred ou
Jaromír Málek optaram por Maet, e sem quaisquer problemas.
Será ainda de esclarecer, relendo o desastrado e estouvado naco
de prosa ínvia de Helena T. Lopes, que a palavra subdiretor não
tem hífen, mas isto não é novidade, dados os erros de português
que habitualmente infestam os textos desta egiptóloga, docente
da Universidade Nova de Lisboa (FCSH-CHAM), cujos alunos
estão proibidos de ler e consultar os livros e os artigos de outros
egiptólogos portugueses, da Universidade de Lisboa ou da Uni-
versidade Aberta, que, por sinal, são os que mais textos editam
no nosso país para proveito de alunos, investigadores e leitores.