Estamos todos certamente muito gratos por esta oportuna lembrança da nossa diligente escriba Teresa, anunciando um filme clássico sobre as indagações de Hercule Poirot.
Já tenho programa para o belo serão desta noite, neste dia de feriado e em gozo de uma espécie de semi-férias que prenunciam grandes dias de veraneio na Praia das Maçãs.
Vamos pois ao cinema na pacatez do lar, onde o tutelar Bés está sempre vigilante e onde se irá revisitar Agatha - é verdade que eu já sei quem é o culpado, mas não faz mal...
E então, caro Professor, valeu a pena revê-lo? Aposto que sim, que revi-o há poucos meses e o achei nada datado e sempre bonito. Aqueles planos da Mia Farrow em Abu Simbel são magníficos...
Sim, gostei muito de rever o filme, e de novo reparei no excelente desempenho de vários actores, quase todos eles conhecidos de outras jornadas cinéfilas.
O enredo é envolvente, tipicamente agathiano, e as paisagens e os locais históricos dizem certamente muito a quem já andou por lá em visita de estudo.
Mas agora, com mais vagar, pude confirmar uma certa trapalhada a nível topográfico que o filme patenteia durante o percurso nilótico do barco, de nome «Karnak».
É que o navio de cruzeiro (o nosso era melhor!) partiu de Assuão, como se viu muito bem pelas felucas, zarpando de perto do sítio do famoso Hotel Old Cataract rumo a norte.
Depois viu-se o barco chegar ao templo de Kom Ombo, de recorte inequívoco, mas não se passou lá nenhuma cena, nem se viu Edfu, e eis que de repente estamos no templo de Karnak.
Estranhamente, depois da cena da queda do bloco de pedra lançado lá do alto, os viajantes vêem-se de súbito em Abu Simbel (a centenas de quilómetros de distância para sul!)...
Mais espantoso é que, enquanto Poirot resolve os crimes, o barco ruma para Uadi Halfa, ainda mais para sul, já na fronteira com o Sudão - assim se completando o aberrante percurso.
Estamos todos certamente muito gratos por esta oportuna lembrança da nossa diligente escriba Teresa, anunciando um filme clássico sobre as indagações de Hercule Poirot.
ResponderEliminarJá tenho programa para o belo serão desta noite, neste dia de feriado e em gozo de uma espécie de semi-férias que prenunciam grandes dias de veraneio na Praia das Maçãs.
Vamos pois ao cinema na pacatez do lar, onde o tutelar Bés está sempre vigilante e onde se irá revisitar Agatha - é verdade que eu já sei quem é o culpado, mas não faz mal...
E então, caro Professor, valeu a pena revê-lo? Aposto que sim, que revi-o há poucos meses e o achei nada datado e sempre bonito. Aqueles planos da Mia Farrow em Abu Simbel são magníficos...
ResponderEliminarSim, gostei muito de rever o filme, e de novo reparei no excelente desempenho de vários actores, quase todos eles conhecidos de outras jornadas cinéfilas.
ResponderEliminarO enredo é envolvente, tipicamente agathiano, e as paisagens e os locais históricos dizem certamente muito a quem já andou por lá em visita de estudo.
Mas agora, com mais vagar, pude confirmar uma certa trapalhada a nível topográfico que o filme patenteia durante o percurso nilótico do barco, de nome «Karnak».
É que o navio de cruzeiro (o nosso era melhor!) partiu de Assuão, como se viu muito bem pelas felucas, zarpando de perto do sítio do famoso Hotel Old Cataract rumo a norte.
Depois viu-se o barco chegar ao templo de Kom Ombo, de recorte inequívoco, mas não se passou lá nenhuma cena, nem se viu Edfu, e eis que de repente estamos no templo de Karnak.
Estranhamente, depois da cena da queda do bloco de pedra lançado lá do alto, os viajantes vêem-se de súbito em Abu Simbel (a centenas de quilómetros de distância para sul!)...
Mais espantoso é que, enquanto Poirot resolve os crimes, o barco ruma para Uadi Halfa, ainda mais para sul, já na fronteira com o Sudão - assim se completando o aberrante percurso.
Tirando isto, tudo bem...
Pois é, caro Professor, saltos que só o cinema permite...
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