No National Museum of Scotland descobrimos um sarcófago muito curioso e, quanto a mim, bastante invulgar. É um curioso sarcófago duplo.
Na legenda do museu é referido que eram dois meios irmãos de nome Pediamun e Penhorupabik e que terão falecido entre os anos 174 e 200 da nossa era, deixando a hipótese de terem morrido por qualquer doença infecciosa, uma vez que terão falecido na mesma altura.
PS: A fotografia foi tirada em condições difíceis, pois este sarcófago encontrava-se atrás de uma vitrina com escassa iluminação. Recusei, como era o meu dever, usar o flash (embora houvesse gente que o utilizasse) pois provoca a deterioração irreversível das pinturas.
Puxei a máquina ao máximo (apliquei um ISO 800, uma velocidade de obturação de 1/4 de segundo que só não deu imagem demasiado tremida graças ao bom sistema de estabilização de imagem VR da Nikon e abertura da lente máxima). Sem tripé e sem flash não poderia sair melhor.
Por fim, tive ajuda do software que recuperou bastante a imagem dando a falsa sensação de que até estava bem iluminada ( o Photomatix é assim... não serve só para trabalhar fotos do tipo HDR -High Dynanic Range, mas aqui quebrou-me o galho).
Esta segunda imagem do interior do sarcófago é do próprio site do museu
Essas peças do período romano mais parecem artefatos egípcios feitos na China, no Paraguay ou na Núbia !!!!! Risos....
ResponderEliminarFiquei muito surpreendido com a existência deste sarcófago duplo, confesso que nunca tinha visto tal coisa e nunca julguei que pudessem existir tão insólitos materiais funerários - embora a peça tenha sido produzida num período muito tardio.
ResponderEliminarQuanto a artefatos duplos de timbre funerário, são conhecidos vários exemplares de chauabtis duplos datados do Império Novo, mas de toda a longa fase do Egito faraónico não se conhecem sarcófagos duplos como este que o nosso sunu Jorge Pronto nos trouxe da distante Escócia.
É, de facto, uma notória singularidade! Que existam túmulos com vários sarcófagos é frequente, agora um sarcófago duplo é deveras invulgar...Só para ver que as areias do Egito têm muito mais do que aparentam, mesmo se a peça seja de uma época já tardia. A influência dos cultos funerários egípcios revela a sua persistência muito depois do fim da civilização faraónica. É sempre verdade que os hábitos culturais tardam muito mais a morrer do que os aspectos políticos.
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