A propósito do «Livro dos Mortos« e dos conhecimentos que
dele havia na Europa nos séculos XVIII e XIX, que é o tema
da sessão prevista para a Sociedade de Geografia de Lisboa,
por videoconferência, serão evocadas as elucubrações muito
fantásticas que então estavam em voga antes de Champollion
e de Lepsius terem dado um notável contributo para a ciência
egiptológica, na esteira da expedição de Napoleão ao Egito.
Na primeira imagem, evocativa da ideia que na Europa havia
sobre o antigo Egito ao longo dos séculos XVII e XVIII, com
elucubrações fantasiosas da arte e iconografia e das estranhas
sessões iniciáticas que decorriam dentro das pirâmides, vê-se
um mapa com incorreções mas que foi sendo melhorado com
o incremento das viagens ao país do Nilo e de mais rigor nas
descrições dos locais frequentados pelos viajantes europeus.
Foi a expedição napoleónica de 1798-1801 ao Egito que abriu
o caminho para o aparecimento de uma nova ciência, dedicada
ao estudo do antigo Egito, a egiptologia, que teve como marco
fundador a decifração da escrita hieroglífica por Jean-François
Champollion, em 1822, ação continuada por um dos seus mais
brilhantes discípulos, o alemão Richard Lepsius, que editou o
Papiro de Iuefankh, o seu Todtenbuch («Livro dos Mortos»).
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