Finalmente chegaram as instruções para o uso correto das máscaras
protetoras, com uma clareza objetiva que não deixa qualquer margem
para dúvidas, numa expressiva mensagem que até os antigos Egípcios
entenderiam - ao contrário de certos desconfinados de hoje que ainda
se atrapalham com o uso da máscara quando querem beber e comer,
como este, apanhado na esplanada do «Búzio», na Praia das Maçãs.
Habituados ao uso de máscaras funerárias para a proteção do corpo,
especialmente a cabeça, para seguirem rumo à eternidade no paraíso
de Osíris, usariam de bom grado as máscaras de proteção que hoje
se recomendam contra esta insistente pandemia - e um bom exemplo
é a estátua de Khafré, exposta no Grande Museu Egípcio do Cairo,
vendo-se atrás da cabeça a imagem protetora do falcão de Hórus.
Apesar do toque modernista, com a intenção de alertar para um uso
correto da máscara, indispensável nos tempos difíceis que correm,
note-se que se mantém à vista a divina barba real do monarca, para
quem foi construída a segunda pirâmide do planalto de Guiza (com
143 metros de altura), e para quem foram feitas estátuas magníficas
como esta que aqui se observa, em gneisse (IV dinastia, 2540 a.C.).