sábado, 4 de julho de 2020

O uso correto das máscaras



Já os antigos Egípcios, incluindo os seus poderosos faraós, sabiam 
usar corretamente as máscaras, a começar por aquelas que cobriam
as suas cabeças divinas a caminho da eternidade fruída no paraíso,
diferentes das nossas máscaras e da que aqui cobre o rosto juvenil
do famoso rei Tutankhamon (1333-1323 a. C., na XVIII dinastia),
cujo túmulo do Vale dos Reis foi o único a chegar intacto até nós,
avultando no seu espólio a maravilhosa máscara funerária de ouro.

A atual máscara protetora, com uma cor azul celeste apaziguadora,
também não ficaria mal entre os magníficos adereços da monarquia
faraónica, equilibrando o azul da coroa real (kheprech) de onde sai
a serpente sagrada (iaret) e o azul entrecortado de ouro que se nota
no cetro do Norte ou nekhakha (esquerda) e no cetro do Sul ou heka 
(direita), contrastando com a desajeitada máscara do desconfinado 
que toma a sua bica na esplanada do café Pascal, no Monte Abraão.

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