Fragmento de um exemplar contendo alguns capítulos do «Livro
dos Mortos» produzido para um sumo sacerdote de Amon chamado
Pinedjem I (c. 1060-1020 a. C.), o qual se revestiu com as insígnias
faraónicas, como pela figura à esquerda se vê, isto apesar de haver
um faraó em exercício, governando na cidade de Tânis (no Delta).
Este fenómeno é típico da XXI dinastia, quando alguns pontífices
do poderoso clero de Amon se declararam também reis do Egito,
como ocorreu com Pinedjem I, cujo papiro de encontra no Museu
Egípcio do Cairo (SR 11488), vendo-se o sumo sacerdote perante
o deus Osíris entronizado exibindo os símbolos da realeza eterna.
Apesar da grande importância social e política do seu proprietário,
o «Livro dos Mortos» feito para Pinedjem I só tem oito capítulos,
colocados sem ordem: o 23, 72, 27, 30 (a pesagem do coração no
tribunal de Osíris e Maet), mais o 71, 141, 110 e o 125 (contendo
a chamada «confissão negativa» feita perante Osíris no tribunal).
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