Em outubro de 1869 Eça de Queirós, que tinha apenas 23 anos,
acompanhando o conde de Resende, Luís de Castro Pamplona,
então com 25 anos, partiram, de barco, de Lisboa para o Egito,
a fim de assistirem à inauguração do canal de Suez, formando
a delegação oficial portuguesa ao espetacular evento que teve
uma grande repercussão internacional pela dimensão da obra
de engenharia, dirigida pelo francês Ferdinand de Lesseps.
A segunda imagem mostra um local onde Eça esteve presente,
e onde namorou a sua futura esposa, que hoje é o Solar Condes
de Resende, a sede da Confraria Queirosiana, seguindo-se uma
foto antiga da baía de Alexandria, onde Eça e seu amigo conde
de Resende desembarcaram, seguindo da cidade mediterrânica
para o Cairo visitando os monumentos dos arredores da capital
egípcia, entre eles as famosas pirâmides do planalto de Guiza.
Mas se Eça não apreciou muito Alexandria, ficou deslumbrado
com o bulício ruidoso do Cairo, onde visitou a Cidadela, vendo
lá no alto a mesquita de Mohamed Ali (terceira imagem), além
de ter estado no antigo Museu do Cairo, sito na zona de Bulak,
onde viu as «vetustas antiguidades egípcias» que o egiptólogo
francês Auguste Mariette lá tinha reunido, e que na altura era
«novo, branco, polido, envernizado, estofado, alcatifado»...
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