domingo, 28 de fevereiro de 2021

Viagem virtual ao Egito



Realizou-se ontem uma sessão webinar promovida pela agência
de viagens Novas Fronteiras dirigida pela experiente guia Teresa
Neves, a qual motivou a participação de cerca de 150 assistentes
deveras interessados na viagem virtual ao Egito para ver alguns
dos grandes monumentos legados pela civilização egípcia, mas
também os principais sítios históricos do país do Nilo, incluindo
vestígios do Egito islâmico e Egito copta, sobretudo no Cairo.

Durante quase três horas os participantes puderam fruir de uma
animada viagem virtual ao Egito, que alguns deles até já tinham
feito em anos anteriores, nos saudosos tempos pré-pandémicos,
e depois da apresentação feita pelo egiptólogo convidado falou
o expedito guia local Mustafa el-Ashaby, seguindo-se a gerente
 da agência Novas Fronteiras, e a sessão terminou com a bonita 
surpresa das mensagens de colegas, amigos e antigos alunos.

Praia (quase) desconfinada




Graças a uma previdente atenção da Câmara Municipal de Sintra
e da Junta de Freguesia de Colares, a imensa lixarada que sujava
e desvirtuava o areal da Praia das Maçãs foi finalmente removida
graças à oportuna contratação da Suma, uma empresa eficiente e
especializada nestas tarefas, que levou à utilização de um grupo
numeroso de funcionários que deixaram a praia limpa e atraente.

Um dos problemas que se deparou aos muitos trabalhadores que
se empenharam na limpeza foi a deslocação de um descomunal
e pesado tronco de uma árvore que, a muito custo, lá foi retirado
do areal para onde tinha sido arremessado pelas fortes ondas das
marés dos últimos dias. Agora é esperar pelo Verão, aguardando
com paciência e perseverança o final desta pandemia horrorosa.

Parabéns queirosianos


A Confraria Queirosiana, sediada no Solar Condes de Resende
em Canelas (Vila Nova de Gaia) teve a gentileza de enviar este
singelo cartão queirosiano de parabéns, que muito se agradece,
saudando o seu mesário-mor, Professor Gonçalves Guimarães,
e as suas diligentes e simpáticas colaboradoras Amélia Cabral 
e Maria de Fátima Teixeira, bem como os Amigos do Solar.

Bolo de parabéns confinado



Embora em virtual confinamento internético, este apetitoso
bolo de parabéns foi enviado pela Associação Internacional
de Paremiologia, organização que reúne muitos estudiosos
de todo o mundo que se empenham na análise e divulgação
de provérbios oriundos dos mais diversos povos e culturas.

A sede da Associação Internacional de Provérbios fica em
Tavira, e é nesta bonita cidade algarvia que têm decorrido,
com um gratificante sucesso, as animadas reuniões anuais
dos que estudam os provérbios (os paremiólogos), sendo
as sessões no Hotel Vila Galé (como se vê no lindo bolo).

sábado, 27 de fevereiro de 2021

Parabéns divinos


Entre as diversas mensagens simpáticas de parabéns recebidas, 
por mail, cartão, sms ou áudio, esta imagem chegada do Egito,
enviada pelo amigo Gamal Khalifa, tem um significado muito
especial porque se trata de uma mensagem escrita há milhares
de anos concedendo dádivas generosas ao feliz aniversariante.

E quem concede essas bonitas dádivas de parabéns, através da
mensagem do Gamal Khalifa, não é uma pessoa qualquer: é o
deus Amon-Ré, no seu robusto sincretismo de «dois em um»,
como se pode ver nesta inscrição hieroglífica vertical que terá
mais de três mil anos. E agora só falta traduzir a mensagem:

A inscrição tem leitura da esquerda para a direita, lendo-se na
primeira coluna: «Palavras ditas por Amon-Ré, rei dos deuses
(djed medu in Amon-Ré, nesu-netjeru)»; e na segunda coluna 
está: «Concedi-te toda a vida, estabilidade e prosperidade (di-
en-en-ek ankh djed uase neb)»; na terceira: «Concedi-te toda
a saúde (di-en-en-ek seneb neb). Sim senhor, muito obrigado!

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

Viajar, de novo, no Egito


No próximo sábado, dia 27 de fevereiro, pelas 15 horas, faremos
uma viagem virtual ao Egito, um país com uma milenar história,
desde a notável civilização faraónica mais o Egito cristão (copta)
e o Egito islâmico, fazendo com que o país do Nilo tenha muitos
monumentos de diferentes épocas, belos, apelativos e grandiosos.

Além da intervenção do egiptólogo convidado, professor jubilado
da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, falará também
o guia local das nossas viagens ao Egito, o experiente e eficiente
Mustafa el-Ashaby, rematando com a guia Teresa Neves que dará
informações importantes sobre os projetos de viagens para 2021.

Os interessados em acompanhar esta sessão podem inscrever-se
no Zoom webinar acedendo ao link que em baixo consta:

Mais capítulos do «Livro dos Mortos»


Eis mais alguns capítulos do «Livro dos Mortos», que constam
no Papiro de Ani, do Museu Britânico, em Londres (EA10470)
e neste caso são capítulos de curta extensão, aludindo às novas
formas que o defunto poderá tomar no Além, em metamorfoses
diversas, podendo ser uma serpente (capítulo 87), um crocodilo 
(capítulo 88), o deus Ptah (capítulo  82), um carneiro (capítulo 
85) e uma garça (capítulo 83), todos com a respetiva vinheta.

Note-se que a disposição destes capítulos no papiro não segue
a ordem numérica (um fenómeno que era habitual na redação) 
estando os títulos de cada capítulo a vermelho, com leitura da
esquerda para a direita (leitura retrógrada), vendo-se nos dois
últimos o carneiro, que é um símbolo do ba (ser imaterial que
dava ao defunto capacidade de movimento eterno), e a garça,
neste caso a garça benu (Ardea cinerea), a Fénix dos Gregos.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

Lixarada desconfinada


Devido à forte agitação marítima que se tem sentido nos últimos
dias na Praia das Maçãs, continua a acumular-se muita lixarada,
sobretudo oriunda de canaviais, que a ribeira de Colares, que ali 
desagua, vai carreando até ao mar - e depois as fortes ondas vão
 empurrando tudo para a praia, e o lixo por lá fica desconfinado. 

Forte agitação marítima


Nos últimos dias o mar oceânico na Praia das Maçãs tem estado
numa grande agitação, por vezes num desconfinamento violento
com ondas alterosas, voltando a levar parte do areal que já tinha
sido reposto em anteriores marés, e agora estão de novo a surgir
pedregulhos que desvirtuam a praia na foz da ribeira de Colares.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

Piscinas confinadas




Também as piscinas oceânicas da Praia das Maçãs, alimentadas
por água do mar, estão agora encerradas, não só pela estação do
Inverno que atravessamos mas sobretudo devido a esta infausta 
pandemia covídica  -  ah, mas no próximo Verão é que vai ser...

Ser um lótus e ser deus


Alguns capítulos do «Livro dos Mortos» previam que o defunto
se pudesse metamorfosear na forma que quisesse podendo, por
exemplo, transformar-se num lótus (sechen), como se assevera 
no capítulo 80, ou, melhor ainda, passar a ser um deus (netjer), 
como garante o capítulo 81 neste fragmento do Papiro de Ani.

Note-se que da palavra egípcia sechen, aludindo ao lótus, que
se vê na vinheta à esquerda, derivou, por via hebraica, o nome
de Susana, justificando-se ainda referir que ao lótus os antigos
Egípcios chamavam nanefer, isto é, o belo, e daí veio o nosso 
nenúfar, a bonita planta nilótica que podia ser branca ou azul.

E quanto à transformação em deus, que consta no capítulo 81,
ilustrado por uma vinheta com uma figura divina solarizada e
exibindo a típica pera dos deuses, o defunto esperava que no
outro mundo pudesse equiparar-se a Osíris e a Ré, porque, ao
contrário de outras religiões, o homem egípcio podia ser deus.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

Gaivota perdida na praia


Hoje na Praia das Maçãs estava apenas uma gaivota perdida,
em incerto desconfinamento, volteando no espraiar das ondas,
talvez à procura das outras que neste dia não estavam no areal,
ficaram algures noutros lados da costa, certamente confinadas.

Capítulo 17 do «Livro dos Mortos»

 



Numa anterior publicação neste blogue, a propósito do túmulo
de Nefertari, já tinha sido mencionado o capítulo 17 do «Livro
dos Mortos» dado que ele está (parcialmente) no túmulo dessa
rainha, uma das esposas de Ramsés II, contendo o «Início das
 preces e recitações da saída e do regresso ao reino dos mortos»
enriquecido por diversas vinhetas coloridas muito expressivas.

O capítulo 17 é um dos mais longos e complexos da coletânea,
e nele se procura facultar aos defuntos, entre outras valências, 
o conhecimento dos sítios do Além, os nomes dos deuses que
iriam proteger o candidato à eternidade nos campos de Osíris, 
e ainda o nome das outras divindades que povoavam a Duat,
enquanto outros capítulos têm os nomes das portas e colinas.

Os fragmentos aqui mostrados fazem parte do Papiro de Ani,
um dos mais belos exemplares do seu género contendo vários
capítulos do «Livro dos Mortos», notando-se aqui a presença
de excertos redigidos a rubro: «Quem é ele?» (pu ter ref su?),
e «Outra versão» ou «Outra maneira de dizer» (ki djed), além
da expressão «vice-versa» (tjesse peher), entre outras formas.

domingo, 21 de fevereiro de 2021

O Nilo queirosiano



Decorreu ontem a 9.ª sessão do curso livre sobre o antigo Egito
organizado no Solar Condes de Resende em Canelas (Vila Nova
de Gaia), pela Academia Eça de Queirós, integrada nos Amigos
do Solar Condes de Resende - Confraria Queirosiana, versando
sobre «A viagem de Eça de Queirós e o Conde de Resende ao
Egito» onde foram destacadas as referências de Eça ao rio Nilo.

A próxima sessão deste curso será no dia 6 de março, sábado,
no horário habitual (das 15 às 17 horas), com o aliciante tema
«Erotismo e Sexualidade no antigo Egito», que estará a cargo
do Professor Doutor Rogério Sousa, da Faculdade de Letras
da Universidade de Lisboa, sendo a aula, como as anteriores,
dada por videoconferência (Zoom) devido ao confinamento.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Eça, Amenemhat III e o Faium

 




Quando Eça compara a corrupta e inepta administração pública
do Egito que visitou com a eficácia da administração faraónica,
menciona o nome do rei Amenemhat III, da XII dinastia, o qual
reinou entre c. 1825-1780 a. C., elogiando os notáveis trabalhos
de engenharia hidráulica que ele levou a efeito na zona do lago
Faium (lago Moeris), prosseguindo, de resto, as obras dos seus
 antecessores, durante um longo e frutuoso reinado, onde a arte
 e a literatura atingiram um grande e expressivo florescimento.

Sobre esse grande rei do antigo Egito escreveu Eça de Queirós:
«Outrora, no tempo do velho Egito dos faraós, houve um rei,
Amenemhat III, que tinha feito uma obra imensa e genial. No
Alto Faium abrira uma escavação enorme, criando um ali lago:
chamou-se-lhe o lago Moeris.» Mais à frente assevera: «Tive
sempre enorme admiração por esta obra simples e faraónica, 
que levava a água onde nunca chega a inundação, e assim ia 
alargando o tereno de cultura e conquistando o deserto.»

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

Escalopes desconfinados



Eis uma bela refeição caseira de escalopes desconfinados com
bastante alho, adquiridos no talho do Mário, que na Praia das
Maçãs continua ao serviço dos moradores com as necessárias
cautelas, mais ovo estrelado, esparregado e muita batata frita,
um pitéu que se inscreve na luta tenaz contra este pernicioso 
covid (a foto e os saborosos escalopes são do Miguel Araújo).

Eça de Queirós no Egito





Em outubro de 1869 Eça de Queirós, que tinha apenas 23 anos,
acompanhando o conde de Resende, Luís de Castro Pamplona, 
então com 25 anos, partiram, de barco, de Lisboa para o Egito, 
a fim de assistirem à inauguração do canal de Suez, formando
a delegação oficial portuguesa ao espetacular evento que teve
uma grande repercussão internacional pela dimensão da obra
de engenharia, dirigida pelo francês Ferdinand de Lesseps.

A segunda imagem mostra um local onde Eça esteve presente,
e onde namorou a sua futura esposa, que hoje é o Solar Condes
de Resende, a sede da Confraria Queirosiana, seguindo-se uma
foto antiga da baía de Alexandria, onde Eça e seu amigo conde 
de Resende desembarcaram, seguindo da cidade mediterrânica 
para o Cairo visitando os monumentos dos arredores da capital
egípcia, entre eles as famosas pirâmides do planalto de Guiza.

Mas se Eça não apreciou muito Alexandria, ficou deslumbrado
com o bulício ruidoso do Cairo, onde visitou a Cidadela, vendo
lá no alto a mesquita de Mohamed Ali (terceira imagem), além
de ter estado no antigo Museu do Cairo, sito na zona de Bulak,
onde viu as «vetustas antiguidades egípcias» que o egiptólogo
francês Auguste Mariette lá tinha reunido, e que na altura era
«novo, branco, polido, envernizado, estofado, alcatifado»...

terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Anda tudo mascarado



Mesmo os que não ligam muito à festa exuberante do Carnaval, 
não deixam de aproveitar o feriado que a quadra festiva permite
na chamada «terça-feira gorda», e até se mascaram, cumprindo
com todo o zelo e empenho cívico as recomendações da DGS,
até porque as máscaras autorizadas são muito mais acessíveis
do que os complicados adereços e as máscaras carnavalescas.

Carnaval confinado



Poucos deram pelo facto de hoje ter sido feriado, sim, hoje foi dia
de Carnaval, mas com o confinamento não houve desfiles e corsos
carnavalescos, ficando as máscaras guardadas à espera do próximo
Carnaval, agora só para o ano - mas a máscara da primeira imagem
foi certamente utilizada no seu tempo no Egito há cerca de três mil
anos, sem qualquer intuito de palhaçada, ela era para a eternidade.

Antigo Egito - 9.ª sessão





No próximo sábado, 20 de fevereiro, realiza-se a 9.ª sessão do curso
sobre o antigo Egito que está a decorrer no Solar Condes de Resende,
em Canelas, com o alto patrocínio da Câmara Municipal de Vila Nova
de Gaia, sendo dedicada ao tema que na primeira imagem se anuncia:
«A viagem de Eça de Queirós e do Conde de Resende ao Egito», pelo
Professor Luís Manuel de Araújo, que é docente jubilado da Faculdade
de Letras da Universidade de Lisboa (a sessão é por videoconferência,
tal como as anteriores, devido à presente situação pandémico-covídica).

O tema já foi parcialmente apresentado, embora noutras circunstâncias,
no Solar Condes de Resende, há dez anos, para fazer o balanço de uma
viagem ao Egito e a Israel, na passagem do ano 2009 para 2010, levada
a efeito pelo Instituto Oriental da Faculdade de Letras da Universidade
de Lisboa com o apoio da Confraria Queirosiana, e tem sido abordado
no decurso de diversas sessões no Solar, onde a jornada queirosiana de
1869 pode ser aflorada, e a última imagem testemunha bem um desses
eventos - de resto essa viagem de Eça e do Conde de Resende também 
tem sido tema para vários artigos publicados na Revista de Portugal.

Na viagem de 2009-2010 pretendia-se comemorar a jornada oriental 
de Eça de Queirós e do Conde de Resende ao Egito e à Terra Santa,
motivada pela inauguração do canal de Suez em novembro de 1869,
jornada que ficou parcialmente registada na obra póstuma O Egito,
Notas de Viagem, publicada pelos filhos em 1926 (Eça de Queirós
tinha falecido em Paris em 1900)  -  e em 2019-2020 evocaram-se
os 150 anos da viagem com uma nova partida para o Egito e Israel,
com uma feliz passagem do ano em Jerusalém em ambos os casos,
sendo de lembrar que em 2029-2030 se irão celebrar os 160 anos 
da viagem queirosiana e resendiana ao Oriente. Quem sabe?...

O «Livro dos Mortos» de Nefertari




No túmulo de Nefertari situado no Vale das Rainhas (QV66)
em Lucsor Ocidental, datado da XIX dinastia (c. 1250 a. C.),
entre a esplêndida decoração parietal estão alguns capítulos
do «Livro dos Mortos», destinados a acompanhar no Além
a esposa favorita do faraó Ramsés II (c. 1279-1213 a. C.).

Na primeira imagem vê-se a rainha Nefertari jogando senet,
um jogo cujas regras não se conhecem ao certo, e que servia
para ilustrar o capítulo 17, que continha o «Início das preces
e recitações da saída e do regresso ao reino dos mortos», um
dos mais longos capítulos da coletânea de fórmulas mágicas.

Na segunda imagem está o capítulo 94, com a «Fórmula para
obter o godé e a paleta de escriba», e na qual a própria rainha 
declara que sabe escrever, vendo-se entre Nefertari e Tot uma
rã e uma paleta com o estojo para os pincéis da escrita (e não
uma «caixa de lápis», como uma autora portuguesa traduziu).

Na terceira imagem, ilustrando o capítulo 148, desfilam sete
vacas, tendo atrás o touro copulador, de cor preta, designado
na legenda como «touro (ka) macho (tjai) das vacas que está
na mansão do deserto (hut-decheret)», tratando este capítulo
de «Reunir provisões para o akh bem-aventurado no Além».

Por cima de cada uma das sete vacas está o nome respetivo,
sendo a leitura feita da direita para a esquerda: 

«A mansão dos alimentos do senhor do universo»
«A de Iugueret, que está à frente no seu lugar»
«A de Akhbit, a quem o deus enaltece»
«A que envolve o céu e ergue os deuses»
«A que protege a vida, de pelo colorido»
«A grande de amor, de pelo avermelhado»
«A de nome poderoso na sua posição»

Note-se que o nome das sete vacas e a ordem como seguem
no desfile varia de papiro para papiro (neste caso de pintura
parietal essa situação também se deteta); quanto aos quatro
grandes remos que se encontram em baixo, eles aludem aos 
quatro pontos cardeais do Norte, Oriente, Sul e Ocidente.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Lulas desconfinadas


Seguindo escrupulosamente as atiladas recomendações da DGS,
com todo o civismo e racionalidade, o trabalho egiptológico vai
sendo levado a cabo no lar, bem como as opíparas refeições anti
pandémicas, que têm sido confecionadas, com toda a qualidade
e esmero, na cozinha caseira por um chefe que o confinamento
tem especializado e exercitado - mas de vez em quando vamos
ao restaurante Búzio encomendar saborosos pratos, como estas
lulas desconfinadas, perdão, lulas grelhadas, com muita salada.

Mas o namoro continua...


Já lá vai o dia dos namorados, que foi ontem, dia 14, mas nada
de esmorecimentos, porque a vida, isto é, o namoro continuará,
que é o que se deseja aos seguidores e aos visitantes do blogue,
e pode ser virtualmente à distância graças à eficácia da internet
e aos seus recursos, telefonando ou escrevendo um lindo postal 
em epistolar namoro  -  os CTT agradecem... e a DGS também!

domingo, 14 de fevereiro de 2021

Namorados desconfinados


Hoje é o dia dos namorados, e por isso saudamos vivamente
os seguidores e os visitantes do blogue Faraó e Companhia,
augurando aos que namoram doces encontros desconfinados
mas de preferência virtualmente, e com os recursos da net.

A espuma dos dias invernosos

 

A agitada e tumultuosa ondulação na tranquila Praia das Maçãs
que se tem feito sentir bastante nos últimos dias tem devolvido
muita da areia que antes o mar invernoso tinha levado, tapando
de novo pedregulhos inestéticos e perigosos no areal agora sujo,
mas também depositando muita espuma sem qualquer utilidade
a não ser propiciar as brincadeiras dos miúdos desconfinados.

Ondas desconfinadas




Olhando da varanda que dá para a praia, via-se o mar alteroso 
e batendo com violência nas rochas, mas para melhor observar
as ondas desconfinadas entrando pelo areal houve que realizar
um breve e cauteloso desconfinamento num passeio higiénico,
mas de máscara azul e com o comprovativo de residência, para
fotografar o oceano revolto trazendo espuma e alguma lixarada.