quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

Os nomes dos faraós



Na boa e instrutiva exposição que agora decorre na Fundação
Calouste Gulbenkian e que estará patente até inícios de março
deste ano já foram realizadas várias visitas, a última das quais
foi hoje, dia 19 de janeiro, na sequência das anteriores quatro
visitas e antecedendo outras quatro previstas para fevereiro.

O primeiro objeto com inscrições hieroglíficas está na vitrina
inicial do bem ordenado e aliciante percurso expositivo, com
uma mesa de oferendas num estilo muito divulgado na época
histórica de grande brilhantismo cultural e civilizacional que
foi o Império Novo, sobretudo com a XVIII e XIX dinastias.

A mesa de oferendas que acima se mostra e que na fotografia
em baixo está a ser apreciada na recente visita que lá foi feita
com um grupo do Rotary Clube de Lisboa, é da XIX dinastia
(talvez do final do reinado de Ramsés II) e foi mandada fazer
pelo escriba Qenherkhopechef, um funcionário da necrópole.

A mesa de oferendas (por vezes designa-se este tipo de peças
votivas como altar de oferendas) exibe os nomes de diversos
faraós da XVII, da XVIII e da XIX dinastias, e também duas
rainhas da XVIII dinastia, gravados com esmero no calcário,
por forma a preservar a sua memória e recordar o passado.

O mais curioso e interpelante aspeto que resulta duma atenta
observação das inscrições hieroglíficas que envolvem o tema
central da mesa (vitualhas do ofertório), será verificar que há
erros de colocação de diversos nomes reais na lista de faraós
que lá estão, enfim, lapsos do escriba Qenherkhopechef.

A exposição percorre-se em cerca de duas horas,
mas só esta mesa de oferendas merece meia hora!

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