Os ditos vasos canópicos foram produzidos no Egito durante
a Época Greco-romana (c. 300 a. C. a 200 d. C.), celebrando
o culto tardio, que teve especial relevo na área mediterrânica
de Alexandria e Canopo, ao deus Osíris associado a um culto
helenizante ao herói Canopo, lendário piloto de Menelau que
tinha naufragado no Delta do Nilo e que ali ficara sepultado,
e é este tipo de contentores que devem ser vasos canópicos.
Esses recipientes canópicos eram levados em procissão pelos
sacerdotes, contendo alguns deles água do Nilo para libações
rituais a Osíris-Canopo, até ao tempo do imperador Adriano,
altura em que passaram a lembrar Osíris-Antínoo, cultuando
o jovem amante de Adriano (que esteve no Egito em 130-131
quando o favorito se afogou no rio Nilo) e depois divinizado,
com especial relevo na cidade de Antinópolis, então criada.
Os exemplares que aqui se mostram são de terracota (frente
e costas), com Osíris usando uma coroa solar complexa com
orifício atrás (Museu Egípcio de Barcelona; cat. 10), e outro
de alabastro evocando Osíris-Antínoo, com o vaso canópico
mostrando uma iconografia típica do antigo Egito: falcões e
escaravelho, o touro Ápis e Harpócrates (Museu Gregoriano
Egípcio do Vaticano; de Tivoli, Vila Adriana; GE 22852).
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