sábado, 31 de dezembro de 2011
Vem aí o Ano Novo…
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
O festival Heb-Sed
Amarna Virtual Museum
«Egiptologia em Portugal». A foto, repetida, essa é minha.
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
Arquitetura típica dos templos no Antigo Egito
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
Um curioso estilo artístico: a estátua-cubo
Para os que pretendam conhecer um pouco mais sobre a arte do Império Médio, podem consultar o site http://umolharsobreomundodasartes.blogspot.com/2009/03/medio-imperio-apos-o-periodo-de.html
sábado, 24 de dezembro de 2011
A mãe de Ramsés II
Tuia tem, pelo menos, três filhos documentados, entre os quais Ramsés II e Tia. Uma rainha de Ramsés II, chamada Henutmiré, surge na estátua aqui apresentada, pelo que se discute se essa dama seria filha de Tuia e consequentemente irmã de Ramsés II ou então filha deste último.
Com Seti I no trono, Tuia tornou-se sua consorte real, mas não terá sido uma figura destacada durante o próspero e dinâmico reinado do seu esposo.
Na qualidade de mãe de Ramsés II, o caso revela-se bem diferente, pois existem vestígios a confirmar diversas homenagens do jovem rei à sua progenitora, tais como fragmentos numa capela do Ramesseum, o templo mortuário do monarca; uma estátua encontrada em Tanis, oriunda de Pi-Ramsés; inscrições em Abido; e outras referências à sua pessoa em Abu-Simbel e Deir-el-Medina. Ainda existe uma cabeça de um vaso canópico em exposição no Museu de Lucsor, que representa Tuia. Em todos os casos, Tuia passou a usar como prefixo, o nome «Mut» o qual tem o significado de «mãe» e assim começou a chamar-se Mut-Tuia.
A rainha viúva teve uma vida privilegiada durante as primeiras duas décadas do reinado de Ramsés II, possivelmente como conselheira influente juntamente com a nora, a bela Nefertari. Pensa-se que Tuia terá tido algum destaque na correspondência diplomática com o Reino Hitita visando a paz com este último depois de décadas de guerra, a qual efectivamente se concretizou no 21º ano do reinado de Ramsés com o famoso tratado egípcio-hitita.
Seja como for ela não viveu muito mais para apreciar em pleno os resultados desse tratado. Nada mais dela se sabe após o 22º ano do reinado, pelo que se deduz que terá morrido nessa altura. Veio a ser sepultada no túmulo QV80, localizado no Vale das Rainhas.
P.S. Para informações sobre a rainha Tuia, consultem o site http://en.wikipedia.org/wiki/Main_Page e pesquisem «Tuya (queen)».
Presumo que o Dicionário do Antigo Egito, do nosso estimado amigo, o professor Luís Manuel de Araújo terá um artigo a respeito desta rainha. Como não o tenho, desafio os que o possuem a pesquisar e a verificar eventuais omissões ou erros que eu possa inadvertidamente ter feito nesta postagem.
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
Quem conhece esta divindade?
Qual o nome desta divindade e em que período ela aparece no Egito?
Refinamento e beleza das artes decorativas
Nebamon terá vivido algures entre 1400 e 1350 a.C. e as pinturas murais foram adquiridas pelo Museu Britânico em 1821 a partir de um coleccionador particular. Todavia, desconhece-se, para já, a localização do seu túmulo. Em 2009, o Museu Britânico organizou uma galeria para a exposição dos fragmentos murais restaurados ao seu antigo esplendor.
Para os meus estimados colegas, forneço dois links a partir dos quais podem observar a galeria mencionada:
www.britishmuseum.org/explore/galleries/ancient_egypt/room_61_tomb-chapel_nebamun.aspx
OU
http://umolharsobreomundodasartes.blogspot.com/2009/03/arte-da-antiguidade-arte-egipcia.html
P.S. O segundo link fornece uma visão bastante alargada sobre a Arte na Antiguidade, com grande relevo para a Arte do Antigo Egito, pelo que recomendo a todos os interessados que o visitem.
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
Adeus à «Description de L'Egypte»
«[...] “Perderam-se mapas e manuscritos históricos insubstituíveis que foram preservados durante muitas gerações”, disse em comunicado, citado pela CNN, o primeiro-ministro egípcio, Kamal Ganzouri, destacando a perda da “Description de L'Egypte” (“Descrição do Egipto”). “O Egipto perdeu um tesouro nacional raro na história”, disse.
A “Description de L'Egypte” é uma obra composta por 24 volumes e que conta com o trabalho de 160 investigadores que acompanharam Napoleão Bonaparte na sua expedição ao Egipto entre 1798 e 1801. Como o próprio nome indica, nestes livros agora perdidos estava reunida, através de documentos, mapas e artigos, toda a descrição do Egipto, desde a identificação dos monumentos à descrição da fauna e flora do país, passando pelos hábitos, agricultura e comércio dos seus habitantes. Características que tornaram a colecção única no país e numa das mais importantes e valiosas do século XIX. [...]»
sábado, 17 de dezembro de 2011
O primeiro poema de amor da História?
POETISA DE LINDO SEMBLANTE
A MAIOR NO HARÉM DO SENHOR DO PALÁCIO.
TUDO QUE DIZEIS SERÁ FEITO PARA VÓS.
TODAS AS COISAS BONITAS DE ACORDO COM VOSSO DESEJO.
TODAS AS VOSSAS PALAVRAS TRAZEM ALEGRIA À FACE.
POR ISSO OS HOMENS ADORAM OUVIR TUA VOZ."
(Poema de amor de Ramsés II Nefertari)
Terá sido este o primeiro poema de amor da História? Não sei, talvez ninguém saiba. Todavia é um dos mais emotivos, fortes e inspirados que alguma vez se escreveu!
Quem foi Setnakht?
É o fundador da XX dinastia: Setnakht, ou seja «Vitorioso é Set». O seu curto governo sucedeu ao da rainha Tauseret, última representante da XIX dinastia, c. de 1186 a.C..
O nome deste monarca aparenta indicar a sua origem como sendo da zona do Delta Oriental, onde o deus Set era particularmente adorado. Um pouco à semelhança dos primeiros soberanos da dinastia antecedente, o novo rei do Alto e Baixo Egito poderá ter sido um militar.
O Grande Papiro Harris destaca Setnakht essencialmente como o estabilizador e restaurador do Duplo País, após os tumultos sociais e políticos no fim da XIX dinastia. As circunstâncias da sua ascensão são obscuras e o seu reinado é igualmente controverso a nível de duração - possivelmente não mais de dois anos - mas recentemente veio a descobrir-se a estela acima visualizada, da autoria de um sumo-sacerdote de Amon, Bakenkhonsu, a qual é datada do 4º ano do reinado de Setnakht, pelo que é possível que ele tenha efetivamente reinado quatro anos. Sua esposa veio a ser Tié-merenisit, mãe do último grande faraó do Império Novo, o valoroso Ramsés III.
O breve reinado de Setnakht foi demasiado curto para ele produzir grandes feitos arquitetónicos ou bélicos. Entre as suas escassas realizações artísticas, estarão algumas obras que mandou fazer ao templo de Amon em Karnak, concluídas depois por Ramsés III e outras menores em Pi-Ramsés, Elefantina, Pi-Atum e Sinai(?), para além da construção do túmulo KV11, posteriormente abandonado ao invadirem o túmulo de um faraó anterior, tendo depois usurpado o túmulo KV14, pertença da rainha Tauseret, para sua morada final.
Acima de tudo, Setnakht é conhecido pela breve estabilização do Egito após anos de conflitos internos e por ter legado ao reino das Duas Terras o seu filho Ramsés III, um rei que soube preservar, pelo menos durante mais algumas décadas, o poder faraónico, a integridade territorial e o prestígio externo do seu país.
Dicionário do Antigo Egipto
"Dicionário do Antigo Egipto", sob a direção do meu grande amigo ( e dos restantes escribas) Professor Luís Manuel Araújo.
Tem a vantagem de ser uma obra com o contributo de destacados especialistas portugueses e de grande qualidade e rigor.
Na minha opinião, quem goste deste tema e só possa ter um livro de egiptologia, este deverá ser a sua escolha.
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
Identifiquem a cena!
Aida de Verdi
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
De quem é esta cadeira?
Como única pista efectiva, apresento-vos o nome em hieróglifos:
Boa sorte!
Mistério q.b., como convém...
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
Propaganda e legitimação
Contando com o apoio do clero de Amon, a rainha publicitou largamente o mito da teogamia, proclamando-se «filha carnal de Amon» e dele recebendo a legitimidade para reinar sobre todo o Egito como proclama o curto texto seguinte:
"Aproximou-se o rei dos deuses, Amon-Ré, do seu templo, dizendo: «Bem-vinda minha doce filha, minha favorita, o rei do Alto e Baixo Egito, Maatkaré Hatchepsut. Tu serás faraó, tomando posse das Duas Terras.»"
Ela também se legitimou a partir da outra fonte de poder além do divino: a partir da sua própria linhagem. Conforme apresenta o texto do seu templo em Deir-el-Bahari, a rainha recebe o trono por ordens directas de seu pai terreno, Tutmés I:
"Esta minha filha - Khnemetamon Hatchepsut - que ela viva! - nomeei como minha sucessora no meu trono...ela irá dirigir o povo de qualquer esfera do palácio; na verdade é ela que vos irá liderar."
Tanto mais ela insistiu na sua legitimidade pois tinha consciência da sua fragilidade política como mulher num universo político extremamente conservador. Daí que a propaganda político-religiosa de Hatchepsut tenha sido usada em tão grande escala. Todavia, não há dúvida que foi bem sucedida no objectivo proposto, conforme é demonstrado pelas grandes realizações de um próspero reinado de vinte anos.
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
Guebel Barkal- Residência do deus Amon
Guebel Barkal é uma colina de aproximadamente 100 metros de altura, situada no atual Sudão, nas proximidades da localidade de Karima, e nas redondezas de uma importante curva do Nilo onde se encontra a 4ª catarata. Situa-se a uma distância de 348 km a norte da atual capital, Cartum, e a 1300 km a sul da cidade do Cairo (18º 32’ N e 31º 49’ E).
Esta região pertencia à Núbia e em vários períodos foi dominada pelo Egito, por esta região ser rica em ouro, em plantas e animais exóticos e também ser detentora de uma população que foi, algumas vezes, escravizada e outras integrada em tarefas específicas como por exemplo as militares.
Inserida isoladamente numa imensa planície, destaca-se esta colina que possui uma forma muito curiosa, com um fino e alto pináculo na vertente Sul.
Quando os antigos egípcios aí chegaram imediatamente relacionaram esse apêndice lítico com um enorme “Uraeus” a serpente sagrada que protege os faraós, e a própria colina como a casa do deus Amon.
O faraó Tutmés III (XVIII dinastia), conhecido como sendo o “Napoleão do Antigo Egito”, por volta de 1450 a.C. estendeu o controlo egípcio até esta região, ficando aqui a fronteira meridional.
Neste local foi feita a construção de um grande templo dedicado ao deus Amon, que foi posteriormente ampliado durante a XXV dinastia (Núbia). Nesta área encontram-se as ruínas de pelo menos de 13 templos e 3 palácios.
Pelo seu valor arqueológico foi considerado património mundial pela Unesco, juntamente com as vizinhas localidades de Meroé e de Napata.
domingo, 11 de dezembro de 2011
Nos 100 anos de Mahfouz
«Eis as pirâmides que ao longe se perfilam minúsculas e aos pés das quais, em breve, estarás como alguma formiga junto do tronco de uma árvore majestosa.
- Vamos visitar o túmulo do nosso primeiro antepassado!
- Para ler a Al-Fatiha em caracteres hieroglíficos - acrescentou Kamal, rindo.
- Uma nação que só deixou aos seus descendentes túmulos e cadáveres! - replicou Hussein, gracejando. Depois, apontando para as pirâmides: - Olha que trabalho deitado ao ar...
- Isto é que é a eternidade!... - exclamou Kamal com arrebatamento»
In «O Palácio do Desejo»
sábado, 10 de dezembro de 2011
Um ano de 360+5 dias
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Esfinge acéfala de Apriés
O nosso blogue tem sido enriquecido com algumas «provocações» na forma de perguntas que não deixam de ter um interpelante carácter pedagógico, por isso aqui vai mais uma, para entreter os bloguistas.
Esta estátua esfíngica de um faraó da XXVI dinastia, conhecido pelo nome grego de Apriés, encontra-se hoje em Alexandria, à entrada das catacumbas romanas de Kom al-Chugafa, cujo acesso é difícil.
Pois bem, o que diz a inscrição hieroglífica gravada na base da estátua?
Descubram o nome desta divindade!
A figura acima, actualmente presente no Museu de Brooklyn, em Nova Iorque, é o busto de uma divindade associada à força e à violência característica dos leões - particularmente leoas - que em séculos anteriores circundavam nas zonas desérticas acima do Vale do Nilo.
Quem é esta divindade?
Para tirar mais partido do nosso "Blog"
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
Humm, que rico banquete!
Portanto, talvez devessemos seguir a antiga alimentação egípcia nos seus termos gerais, reduzindo, deste modo, os riscos de obesidade, doenças cardíaco-vasculares e outras tantas que hoje assolam as sociedades ocidentais.
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
Quem foi ela? Decifrem o nome!
Boa sorte!
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
Paraíso celestial!
O túmulo atesta bem como Menna deveria ser substancialmente abastado, clássico exemplo do bem-estar e conforto dos privilegiados durante a XVIII dinastia, nos reinados de Tutmés IV e/ou Amenhotep III, época de fabulosa prosperidade, da qual teve o privilégio de usufruir.
Aos peregrinos da próxima Páscoa, a visita aos túmulos no Vale dos Nobres é um ponto no itinerário que vale a pena visitar!
Páscoa no Egito
domingo, 4 de dezembro de 2011
Donde vem o choro...?
As duas enormes estátuas, que se podem ver na necrópole da antiga cidade de Tebas, representam Amen-hotep III (XVIII dinastia) sentado no trono. Mãos pousadas sobre os joelhos. Em cada lado das pernas está representada a mãe, Mutemuia, e a esposa, a rainha Tié. Há também uma outra particularidade bastante interessante: nos dois lados do trono figuram a representação do sema-taui - símbolo que aludia à união entre o Alto e o Baixo Egito, sendo possível ver o deus Hapi a realizar a união das duas plantas heráldicas: papiro e lótus.
São duas estátuas gingantescas. Veem-se ao longe e perto delas sentimo-nos “mínimos” em toda a aceção da palavra.
Estátuas imponentes!
Conta a lenda que…
Os colossos adquiriram fama desde a antiguidade pela particularidade de emitirem um som ao nascer do sol. O som assemelhava-se a um choro. Mas que choro era este? Foram os gregos que detetaram este fenómeno e deram lugar à lenda: dizia-se que este colosso era a imagem do mítico guerreiro Memnon, filho de Eos e que tinha sido morto, na guerra de Tróia num confronto com Aquiles. Tornou-se herói ganhando a imortalidade de Zeus, pois chamava pela sua mãe todas as manhãs ao nascer do sol.
Não há dúvida que esta lenda é bonita e toca na sensibilidade de todos nós.
Mas… como qualquer lenda…
Segundo Estrabão, no ano 27 a.C. houve um sismo que originou uma fenda no colosso norte. E o facto de se ouvir um “choro” era em consequência da acumulação de humidade durante a noite e que se evaporava com o nascer do sol. Nesta altura ouvia-se um som que se assemelhava a uma cítara.
Bem, assim sendo já sabemos donde vem / vinha o choro.