Na minha lenta e entrecortada leitura do livro do nosso estimado professor Luís Araujo, "Os Grandes Faraós do Antigo Egipto", deparei-me com este rei, o ultimo da 4ª dinastia, Chepseskaf.
Contrariando a tendencia, anterior e posterior, este rei resolve mandar fazer um tumulo na forma de mastaba. Passando ao lado das questões antropológicas que envolvem a morte, não só no antigo Egipto, mas em todas as sociedades humanas, o que pode ter levado o rei a tomar esta opção?, questões economicas?, opção estética? Que dizem os meus amigos escribas?
Desculpa Jorge, mas trata-se de uma estranha coincidência, espantoso, o mesmo tema, quase à mesma hora. Agora fica assim.
ResponderEliminarÉ uma boa questão que remete para uma que fiz anteriormente, o facto de ser estranho no espaço de uma dinastia relativamente curta (relativamente atenção!) ter-se passado de enormes construções de pedra para estruturas bastante mais pequenas em forma de mastabas.
ResponderEliminarParace-me duvidoso, este soberano não pretender se superiorizar aos seus antecessores (a vaidade ajuda um pouco) mas talvez possa ter algo a ver com um reinado demasiado curto para criar algo de grandioso...
Pois é meu bom amigo António Luis... Mas que coincidência bem engraçada. Claro que o facto de estarmos ambos a ler o livro do nosso amigo Prof. Luis Araújo, nos depertou para o mesmo tema. O curioso foi com tantos faraós termos escolhido exatamente o anacrónico Chepseskaf. No outro dia aconteceu-me o mesmo quando ía postar as imagens do obelisco de Istambul. Aí foi a Teresa que se antecipou... LOL
ResponderEliminarO facto de o túmulo de Chepseskaf, último rei da IV dinastia, ter a inusitada forma de uma mastaba (sugerindo um grande sarcófago), quando o tradicional túmulo faraónico da época era uma pirâmide, suscita perplexidade.
ResponderEliminarUm dos motivos plausíveis pode ter sido o curto reinado (4 anos) deste pouco conhecido monarca, mas ele também pode ter seguido uma política de deliberado afastamento do clero do deus Ré, por motivos desconhecidos.
A verdade é que ele não só não construiu uma pirâmide como também abandonou a zona do planalto de Guiza, o terreno de eleição para os mais famosos reis da IV dinastia, além de o seu nome não invocar o nome do deus Ré.
Que pena não podermos tripular a «máquina do tempo» para falarmos com ele... E se calhar ele até nos diria: «Pois é, eu bem queria erguer uma pirâmide, até porque a base está lá (aquilo que vocês chamam uma mastaba), mas não tive tempo...»