quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Na aldeia núbia


Faz parte do programa da viagem ao Egito a visita à aldeia núbia,
um típico aglomerado populacional situado na margem esquerda
 do rio Nilo, em frente da cidade de Assuão, para onde os viajantes
seguem num pequeno barco a motor, depois de antes terem navegado 
por entre as ilhas e as ilhotas verdejantes numa tradicional feluca.

Alguns viajantes preferem sair do barco com alguma antecedência
para seguirem junto à margem no dorso de camelos (dromedários),
fruindo uma nova experiência num pachorrento transporte local,
após o que é possível obter uma fotografia com esses simpáticos
e prestáveis animais, como aqui se vê (foto de Bárbara Bulhosa).

domingo, 23 de setembro de 2018

Festa a bordo do «Farah»






Esta seleção de imagens pretende evocar a animada e folclórica
festa realizada a bordo durante o aprazível cruzeiro no rio Nilo,
mantendo uma tradição que se repete todos os anos nas viagens
ao Egito, com os viajantes vestindo «trajes típicos regionais».

A primeira imagem mostra o nosso excelente barco do cruzeiro,
chamado «Farah», que em árabe significa «festa», designação
apropriada para os divertidos momentos de lazer que fruímos
a bordo, que incluiu o jantar com tradicionais pratos egípcios,
prosseguindo a festa no convés ou no amplo salão do «Farah».

Na segunda fotografia vê-se um abastado proprietário arábico
 e um desleixado beduíno tratador de camelos, acompanhados 
por duas elegantes damas que dão um ar ternurento ao quadro,
seguindo-se imagens de vários participantes na festa nilótica,
captados pelas hábeis fotógrafas Rita Rego e Teresa Neves.

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Nascer do sol em Abu Simbel



Depois de uma tranquila viagem noturna entre Assuão e Abu Simbel, 
em três longas horas de autocarro, pelo deserto, a chegada ao destino
proporcionou aos viajantes o emocionante espetáculo do nascer do sol
erguendo-se radiante, como Ré, sobre a margem direita do lago Nasser,
 e brilhando sobre as águas cristalinas por onde antes corria o rio Nilo.

A bela imagem é de Rita Rego, captando o aparecimento do disco solar
e também as silhuetas de alguns membros do grupo na penumbra matinal,
enquanto na segunda fotografia, já com o sol a bater-lhes no rosto, estão
os guias da viagem com Ricardo Araújo Pereira, conhecido humorista
e homem de um cativante humanismo sensato, afável e solidário.

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

O reencontro dos guias no Egito


No decurso da nossa recente viagem ao Egito, de 21 a 28 de agosto,
manteve-se o salutar hábito de fazer um almoço do grupo em Sakara, 
após a visita aos monumentos funerários da zona (complexo de Djoser,
pirâmide de Teti, e as mastabas de Mereruka, Kaguemeni e Ti).

Esse almoço proporcionou o incontornável reencontro dos três guias
da viagem com o amigo Gamal Khalifa, que em anos anteriores conduziu
as visitas de estudo da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

A imagem mostra o guia egípcio Mustafa el-Ashabi, a guia Teresa Neves
(da agência Novas Fronteiras), o sempre jovem Gamal, e o egiptólogo
da Faculdade de Letras - que na próxima viagem se voltarão a reunir.

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Os gatos de Filae





Na verdejante ilha de Filae, onde se situa o belo templo da deusa Ísis,
os visitantes que lá vão para admirar os monumentos podem também
apreciar os vários gatos que ali vivem, acarinhados pelos funcionários 
e guardas que lá prestam serviço, mantendo assim bem viva a tradição
conhecida do antigo Egito de apreço pelo gato, animal da deusa Bastet.

Reencontro dos viajantes



Depois da inolvidável viagem ao país do Nilo, que decorreu com claro
sucesso entre 21 e 28 de agosto, os tisnados viajantes reencontraram-se 
no passado sábado, dia 15 de setembro, cumprindo uma boa tradição 
que se mantém desde há vários anos para recordar os belos momentos
passados no Egito a visitar os principais sítios histórico-culturais.

A manhã começou com a habitual visita à coleção de antiguidades
egípcias do Museu Nacional de Arqueologia, a qual os participantes
puderam comparar com os acervos dos museus visitados no decurso
da viagem ao Egito, concluindo que a interessante coleção portuguesa,
apesar de ser relativamente modesta, cumpre a sua função didática.

Seguiu-se o animado almoço no Restaurante «Caravela d'Ouro», 
em Algés, que serve opiparamente e proporciona um ambiente
muito agradável para o convívio entre os presentes, que eram
cerca de metade dos viajantes do Egito - os quais, certamente, 
não irão esquecer a maravilhosa viagem do Verão de 2018.

terça-feira, 18 de setembro de 2018

Dezasseis mãos direitas


(via Ancient Enthusiast-Æ in facebok):

«New Discovery Confirms Grizzly Ancient Practice
▪ At the ancient site of Avaris (Tel al-Dabaa) in the province of Sharqiya, Lower Egypt, there has been a shocking discovery; 16 severed right hands have been found in four pits directly next to an ancient throne room.
▪ This discovery is both shocking and a confirmation of an ancient practice previously known only from temple reliefs and rare texts. It would seem we finally have direct evidence of this gruesome ancient practice of presenting the king the severed right hand of an enemy in exchange for gold.
▪ Both the Egyptians and the Hyksos people are documented to have practiced this custom. This practice would have made counting victims easier, but also served as a symbolic representation of permanently taking away the enemy's strength.
▪ A text found within the Egyptian tomb of Ahmose, son of Ibana, at Elkab describes how after each battle against the Hyksos at Avaris and Sharuhen, the Egyptian soldier would present a severed right hand of an enemy as a trophy and was rewarded the “gold of valor.” We also see reliefs within the Temple of Ramesses III at Medinet Habu depicting severed right hands being counted and piled up. This recent find appears to match up nicely with the evidence from texts and relief carvings, confirming this practice.
▪ No such custom is known in northern Canaan; the Hyksos are thought to have come from northern Canaan, after arriving in the Nile Delta they controlled part of Egypt and made their capital at Avaris. It would appear that the practice was native to Egypt and adopted by the Hyksos.
▪ It is not for certain, but these severed right hands are believed to have been buried during the reign of a Hyksos ruler named King Khayan.»

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Algumas noções da dieta egípcia!

    Coloco aqui uma imagem que se refere à colheita de figos, feita com o precioso auxílio de macacos domesticados. Está bem explicado e referido no vídeo do Youtube onde um simpático escriba digital refere os principais alimentos que constituíam a dieta das várias camadas sociais do Antigo Egito, a origem de algumas delas e o seu modo de obtenção ou preparação.



P.S. Para verem o vídeo explicativo do escriba digital, é favor copiar e depois colar o link abaixo apresentado.

Link: https://www.youtube.com/watch?v=VgPM8Ciq4x8

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

O antigo acervo egípcio do Rio de Janeiro




Agora que já desapareceu, irremediavelmente, o acervo egípcio 
do Museu Nacional do Rio de Janeiro, resta evocar as suas peças
mais significativas, entre as quais de destacavam os sarcófagos
(quinze mais alguns fragmentos), estelas e baixos-relevos (mais
de cinquenta), estatuetas votivas (cerca de oitenta), estatuetas
funerárias, chamadas chauabtis e uchebtis (mais de duzentas),
múmias humanas e de animais (cerca de trinta), escaravelhos 
e amuletos (mais de cinquenta), a que se juntam cinco papiros
e mais de uma centena de objetos diversos.

A evocação da maior coleção egípcia do Brasil, e mesmo
da América do Sul, iniciada pelo imperador D. Pedro I (1827),
continuará a ser feita na cadeira de Introdução à Egiptologia,
que existe na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
há mais de trinta anos, na convicção de que a partir de agora
o catálogo do desaparecido acervo irá merecer mais atenção,
podendo ser consultado na excelente Biblioteca da Faculdade.

O imperador D. Pedro II e o Egito


O imperador do Brasil D. Pedro II foi um apaixonado egiptófilo,
tendo visitado o país do Nilo por duas vezes, deixando o relato 
das suas experiências de viajante no Egito, antecedendo assim
diversos egiptólogos brasileiros que dedicaram a sua atenção 
e os seus estudos às peças da coleção egípcia do desaparecido
Museu Nacional do Rio de Janeiro, que foi instalado desde 1892
no antigo palácio imperial, conhecido por Paço de São Cristóvão.

Entre os estudiosos que se empenharam no estudo e na divulgação
do mais importante acervo egípcio do Brasil estão os egiptólogos
Alberto Childe, António Brancaglion Jr., Ciro Flamarion Cardoso, 
Márcia Jamille e Margaret Bakos, tendo esta última investigadora
estudado também o diário que o imperador redigiu a propósito 
da sua segunda viagem ao Egito (1876), o qual esteve perdido.

De facto, só por um mero acaso se descobriu o relato contendo
as notas e impressões de viagem de D. Pedro II, falecido no exílio
em Paris, em 1891, com 66 anos. O diário, que inseria desenhos
de monumentos feitos pelo imperador, foi descoberto em 1890, 
quando o comprador de uma mesa que pertencera a D. Pedro II
encontrou, no fundo de uma gaveta, o manuscrito da viagem,
redigido em francês e com algumas páginas rasgadas.

Coleção egípcia do Rio de Janeiro


Depois do primeiro catálogo da coleção egípcia do Rio de Janeiro,
da autoria de Alberto Childe, curador do acervo entre 1912 e 1938,
o conhecido egiptólogo britânico Kenneth A. Kitchen foi convidado
pela direção do Museu para elaborar um novo e atualizado catálogo
que seria publicado em 1990, com dois volumes (com a colaboração
da curadora Maria da Conceição Beltrão para a versão em português).

A qualidade científica do texto, descrevendo todas as peças do acervo
brasileiro, não condiz com o aspeto desagradável e quase desleixado
das reproduções fotográficas, todas a preto e branco (falta de verbas?)
que não deixam perceber bem a riqueza cromática de algumas peças
expostas, nomeadamente os sarcófagos de madeira e em cartonagem.

 As imagens acima reproduzidas foram obtidas do referido catálogo,
com o título bilingue Catálogo da Coleção do Egito Antigo existente
no Museu Nacional, Rio de Janeiro. Catalogue of the Egyptian
Collection in the National Museum, Rio de Janeiro, 2 volumes,
Rio de Janeiro, Warminster: Aris & Phillips, 1990.

Existe um exemplar da obra na Biblioteca da Faculdade de Letras
da Universidade de Lisboa, o qual transitou do Instituto Oriental.

Museu Nacional do Rio de Janeiro




Desapareceu o Museu Nacional do Rio de Janeiro e todo o recheio
devido ao grande incêndio que lá deflagrou, perdendo-se também
para sempre a sua interessante coleção de antiguidades egípcias, 
que era a maior e a melhor no seu género da América do Sul.
Agora procuram-se as causas e os culpados, enfim, o habitual...

O acervo egípcio foi iniciado pelo imperador D. Pedro I em 1827,
tendo merecido a atenção de seu filho, o imperador D. Pedro II,
o qual visitou o Egito por duas vezes (em 1871-1872 e em 1876),
sendo de destacar a meritória ação do seu curador Alberto Childe,
de ascendência russa, e autor do primeiro catálogo da coleção.

Há alguns anos trabalhos de renovação permitiram expor as múmias
e outros materiais em condições mais dignas, mas há pouco tempo 
o Museu, situado na Quinta da Boa Vista, encerrou parcialmente, 
porque a Universidade Federal do Rio de Janeiro, que o tutelava,
ficou sem verbas para pagar os serviços de limpeza e segurança. 
Depois reabriu, para agora desaparecer tragicamente.

No Cairo: o café El-Fishawy




No conhecido e movimentado bazar de Khan el-Khalili, o mais
concorrido do Cairo, fica o café El-Fishawy, o qual deve grande
parte da sua fama ao facto de o escritor egípcio Naguib Mahfouz, 
vencedor de um Prémio Nobel da Literatura, ser um frequentador
assíduo do local, como bem recordam algumas fotos lá expostas.

Na primeira imagem um letreiro muito antigo em madeira pintada
assinala o «Café El-Fishawy», em letras árabes, e ao centro outro
letreiro lembra aos clientes que só há um deus (Alá) e Mohamed
é o seu profeta (la Allah il Allah, Mohamed rasul Allah!), apesar
da ambiência lúdica e profana do ruidoso local, onde os grupos
de viajantes estrangeiros não podem faltar - e nós lá estivemos.

Na terceira imagem estão os três guias da recente viagem ao Egito
(que também têm conduzido as viagens anteriores), numa fotografia
obtida pelo companheiro de viagem Daniel Couto, que se pode ver,
com outros membros do grupo, refletido no espelho do famoso café.

Verão no Egito



Na curta viagem de oito dias ao país do Nilo, que recentemente
ocorreu com assinalável sucesso, as temperaturas estivais afinal
não foram tão elevadas como se pensava, e até no Sul, em Assuão,
o tempo esteve muito agradável, propício para o habitual passeio
de feluca no Nilo para visitar a aldeia núbia, na margem contrária.

As imagens mostram as típicas felucas nilóticas onde os viajantes
navegaram, vendo de um lado a cidade e no outro as altas falésias
desérticas, rodeando a ilha de Elefantina (a antiga Abu faraónica),
barquejando por entre algumas ilhotas com altos tufos verdejantes
e muita passarada, com garças e íbis (fotos de Teresa Neves).

domingo, 2 de setembro de 2018

Já voltámos do Egito!



Regressámos de mais uma bela viagem ao Egito, desta vez mais curta,
mas deu perfeitamente para ver o essencial do país do Nilo, de Norte a Sul,
das pirâmides do planalto de Guiza aos templos rupestres de Abu Simbel, 
com um entusiasmado grupo de trinta pessoas fruindo o calor de agosto.