terça-feira, 31 de julho de 2018

Correio atrasado do Egito


Durante o agradável cruzeiro no lago Nasser, para visitar os singelos
monumentos da Núbia, há tempo para atividades de escriba diligente,
fazendo os nomes dos participantes em escrita hieroglífica inseridos
em artísticas cartelas faraónicas já pintadas nos papiros adquiridos
previamente no Cairo ou em Lucsor - e parece que ficam melhores
que os hieróglifos feitos pelos vendedores nas lojas de papiros.

É isso que o atarefado escriba e guia do grupo está a fazer na imagem, 
mas para aproveitar melhor o tempo a bordo os viajantes escrevem
os seus postais ilustrados para familiares e amigos, vendo-se na foto,
ao lado do papiro com a conhecida árvore de Beni Hassan, envelopes
com as moradas redigidas: um para o filho Miguel Araújo, outro para 
o Professor João Gouveia Monteiro (da Universidade de Coimbra),
para o Professor Gonçalves Guimarães (da Confraria Queirosiana).
e ainda para o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa.

Acontece que três meses depois os postais, escritos no lago Nasser
 e enviados de Assuão, ainda não chegaram, o que é surpreendente,
porque os oito postais enviados do Cairo chegaram a Portugal...
um mês depois, é verdade, mas chegaram, ao contrário daqueles
que figuram na imagem, demonstrando claramente que no Egito
faraónico a entrega das mensagens era muito mais rápida!

Ainda os gatos egípcios



Depois de aqui terem sido evocados dois gatos que já não existem,
o Ramsés e o Smokey, eis agora mais dois simpáticos felinos, 
o Seti (de pelo tigrado) e a Tut (de pelo cinzento), que também
já não existem fisicamente mas que se mantêm vivos na memória.

A última noite no Cairo





A última noite no Cairo foi passada no requintado Hotel Mena House
Marriott, mesmo junto das pirâmides de Guiza, que bem se avistam 
desde os jardins do hotel, em cuja ala mais moderna e confortável,
que se vê na última imagem, se instalaram os felizes participantes
na inesquecível visita de estudo do grupo da Faculdade de Letras 
 da Universidade de Lisboa, na viagem da Páscoa de 2018.

segunda-feira, 30 de julho de 2018

Mais bonecos à espera no Egito



Complementando a série já difundida, aqui se deixam mais bonecos
que são feitos pelos empregados dos quartos do barco do cruzeiro,
para que os viajantes se surpreendam (ou se assustem...) quando,
depois das programadas visitas histórico-culturais do dia, voltam 
ao quarto para o merecido repouso ou para a restauradora banhoca.

Na primeira imagem aparece um elefante mascarado de turista,
usando os óculos de sol, o chapéu e outros adereços do viajante,
enquanto na segunda imagem se vê uma «composição artística»
feita com um airoso barquinho de pétalas vogando nas ondinhas 
que as toalhas e as fronhas propiciam aos improvisados artistas.

Egypt Exploration Society



Decorreu recentemente um curso breve promovido pela conhecida
instituição britânica Egypt Exploration Society, dirigida atualmente
por Cédric Gobeil, a qual ao longo dos anos, desde a sua fundação,
tem dado uma valiosa contribuição para os estudos egiptológicos,
a nível teórico e prático, com as escavações que dinamiza no Egito.

O curso, com o título de «Egyptian Archaeology Skills School», 
foi frequentado por jovens egiptólogos oriundos de vários países,
que posaram para a fotografia a atestar a sua presença no evento,
estando a Daniela Martins, mestre pela Faculdade de Letras
da Universidade de Lisboa, mesmo ao centro da primeira foto, 
juntando-se o grupo de novo em baixo, na Trafalgar Square.

quinta-feira, 26 de julho de 2018

Viagem ao Egito: está quase!



Realizou-se ontem uma sessão preparatória reunindo os viajantes
que no próximo dia 21 de agosto irão partir para o Egito, em mais
uma visita de estudo concebida pelo Instituto Oriental da Faculdade
de Letras da Universidade de Lisboa e levada a efeito pela agência
Novas Fronteiras, da guia Teresa Neves, que conhece bem o país.

Mantendo uma tradição com vinte anos, os nossos grupos reúnem
na Faculdade antes da partida, e assim ficam a conhecer os locais 
que irão percorrer ao longo da viagem, que desta vez é mais curta
que a habitual viagem da Páscoa, mas fica mais barata e acessível,
com a garantia de que o essencial do país do Nilo será visitado.

Saudades dos gatos



A primeira imagem tem dez anos e mostra o Ramsés posando
languidamente junto de uma estatueta de Bastet, a divina gata,
comprada em Alexandria, na viagem ao Egito feita em 2008.

A segunda imagem, com vinte anos, recorda um gato cinzento 
chamado Smokey, que viveu mais de dezassete anos (um belo
tempo de vida para um gato), a ser alimentado pela «dona».

segunda-feira, 23 de julho de 2018

A despedida do Egito





De acordo com a tradição, também o grupo da Faculdade de Letras
da Universidade de Lisboa teve o seu jantar de despedida do Egito,
para culminar uma experiência inolvidável na viagem ao país do Nilo
realizada na Páscoa de 2018, o qual teve lugar num restaurante típico
da zona de Khan el-Khalili, cujo bazar foi visitado antes do repasto.

Os monumentos de Kalabcha




Rematando a evocação sobre a visita de estudo ao Egito feita na Páscoa
pelo grupo da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, só falta
completar o programa do décimo terceiro dia de viagem com a visita
ao templo de Kalabcha, dedicado ao deus núbio Mandulis, e removido
do seu sítio original (situado a 40 quilómetros mais a sul), pela subida
das águas do lago Nasser, numa operação financiada pela Alemanha.

A ida à ilha de Kalabcha foi proveitosa porque, além do grande templo
de Mandulis (na primeira imagem), os visitantes puderam ainda estar
no pequeno e muito destruído pavilhão de Kertassi e no templo rupestre
de Beit el-Uali (nas outras imagens), o qual é antecedido por um pátio
em cujas paredes se apreciam cenas relativas às vitórias de Ramsés II
sobre os tradicionais inimigos do Egito: Asiáticos, Líbios e Núbios.

sábado, 21 de julho de 2018

Egito: falta apenas um mês


Falta precisamente um mês para se iniciar mais uma viagem ao Egito,
com o apoio científico do Instituto Oriental da Faculdade de Letras
da Universidade de Lisboa e a organização logística da agência
de viagens Novas Fronteiras, da experiente guia Teresa Neves.

Hieróglifos de Verão




Decorreu recentemente, com sucesso, a 5.ª edição do «Verão na ULisboa», 
um evento onde a Faculdade de Letras participou mostrando as suas várias
e atrativas valências, numa boa iniciativa que anualmente se vem repetindo
com a participação dos diversos departamentos e centros de investigação
da faculdade, contando com o empenhamento e dedicação dos docentes.

Este ano a iniciativa despertou o interesse de cerca de três dezenas de alunos
do ensino básico e do ensino secundário, entre os 14 e os 16 anos de idade, 
que quiseram conhecer por dentro os múltiplos recursos de uma faculdade 
bem situada em Lisboa, e que num futuro próximo poderão vir a frequentar
escolhendo um dos muitos cursos oferecidos por uma escola de excelência.

Uma das atividades propostas para os jovens visitantes, que mostraram
interesse em conhecer melhor alguns aspetos relacionados com o ensino 
das Humanidades, foi uma sessão sobre a escrita hieroglífica egípcia,
tendo a primeira imagem registado esse momento agradável e lúdico
fruído pelos estudantes, alguns dos quais se veem na segunda imagem, 
enquanto a terceira lembra a ida ao campo no âmbito da Arqueologia.

quinta-feira, 19 de julho de 2018

A barragem de Assuão




O décimo terceiro dia da fruitiva viagem ao Egito do grupo da Faculdade 
de Letras da Universidade de Lisboa começou com a visita à barragem
de Assuão, inaugurada em 1970 por Gamal Abdel Nasser, dando origem 
ao grande lago artificial que se estende para sul, entrando pelo Sudão, 
e que ficou com o nome do presidente egípcio: o lago Nasser.

A primeira imagem mostra o rio Nilo correndo para norte, para Assuão,
e na segunda já estão junto do muro da barragem alguns dos membros
do grupo de viajantes, provando que estiveram lá no dia 9 de abril,
enquanto na terceira foto se vê o enorme monumento erigido no local 
para testemunhar a perene amizade entre o Egito e a União Soviética, 
o país que na altura apoiou financeira e tecnicamente o projeto.

terça-feira, 17 de julho de 2018

Ainda a bandeira portuguesa no Egito



Complementando as imagens antes publicadas sobre este tema, aqui estão
mais duas para recordar que os grupos de viajantes da Faculdade de Letras 
da Universidade de Lisboa costumam exibir a bandeira nacional em certos
monumentos visitados, como se vê nos dois testemunhos tirados na Núbia:
em cima, com o guia Mustafa junto do templo de Dakka, e em baixo os três
guias em frente do pequeno pavilhão de Kertassi, na ilha de Kalabcha.

Pôr do sol na Núbia



A última noite na Núbia, a bordo do «Omar Khayam», foi amena e cálida,
proporcionando belas imagens do pôr do sol, com  os viajantes no convés
apreciando a paisagem depois de um lauto jantar e de um dia bem passado
a visitar os templos da Baixa Núbia (Uadi es-Sebua, Dakka e Maharaka).

Foi um deslumbrante pôr do sol na despedida do cruzeiro do lago Nasser
numa inolvidável viagem entre Abu Simbel e Assuão, com o disco solar 
a evocar o caminhar celestial de Ré para o ocaso, transformado em Atum.

Melhor pôr do sol que o da Núbia só, talvez, o da Praia das Maçãs...

quarta-feira, 11 de julho de 2018

Táxi coletivo na Núbia



Para vencer a grande distância entre o templo ramséssida de Uadi es-Sebua
e o templo de Dakka alguns viajantes apanharam um táxi local, um veículo
moderno, embora com duros assentos e sem o cinto de segurança, puxado 
por um antiquado mas robusto trator, enquanto outros membros do grupo 
foram a pé - mas sem dúvida que há um nítido progresso nos transportes
locais, porque nos anos anteriores o táxi coletivo era puxado por burros.

Núbia: templo de Uadi es-Sebua



No décimo segundo dia de viagem continuou o aprazível cruzeiro na Núbia
a bordo do «Omar Khayam», que levou o grupo de viajantes até ao templo
de Uadi es-Sebua, isto é, o «Vale dos Leões», designação local inspirada
na pequena alameda de esfinges leoninas que antecede o pilone do templo
dedicado ao deus Amon, por isso ele chama-se Per-Amon (Casa de Amon),
onde apenas resta uma figura colossal de Ramsés II, a outra foi destruída.

No pátio do templo vê-se Ramsés II oferendo cativos subjugados a Amon
e a Ré-Horakhti, estando ainda o grande rei a cultuar várias divindades,
entre as quais Amon-Ré, Mut e Iusaés, uma deusa ligada à masturbação 
primordial de Atum na criação do mundo, e no interior restam vestígios
de decoração cristã, provando que o edifício foi usado como igreja.

Depois os viajantes seguiram para o templo de Dakka, situado mais a norte,
sendo necessário caminhar bastante até lá chegar para entrar no edifício,
dedicado ao deus Tot, após o que o grupo se dirigiu para o improvisado
cais local para entrar numa chalupa do «Omar Khayam», passando antes 
pelas ruínas do pequeno templo de Maharaka, dedicado a Ísis e a Serápis.

segunda-feira, 9 de julho de 2018

Núbia: o túmulo de Pennut





Após a visita aos pequenos templos de Amada e de Derr, o programa 
do décimo primeiro dia rematou-se com a visita ao túmulo de Pennut,
que foi governador da Baixa Núbia (Uauat) no reinado de Ramsés VI
nos difíceis tempos da XX dinastia, a última do Império Novo.

Mas para lá chegar houve que caminhar bastante, sob um forte calor
primaveril, com a recompensa de se poder apreciar o interessante
túmulo de Pennut, que originalmente estava a cerca de 40 quilómetros 
mais para sul, em Aniba, e que o Serviço das Antiguidades desmontou 
e deslocou para o seu atual sítio com apoio financeiro americano.

Seguiu-se outra caminhada até ao barco «Omar Khayam», que se vê
na terceira imagem acostado à margem, onde os bronzeados viajantes
puderam tomar a sua banhoca fresca ou, para os que quiseram nadar, 
ir até à convidativa piscina no convés do navio, onde foram apanhados
a fazer a expressiva pose do ka aproveitando o sol do final da tarde.

Núbia: templo de Derr



Depois da visita ao templo de Amada seguiu-se o templo rupestre de Derr,
situado nas proximidades, vendo-se na primeira imagem o grupo prestes
a entrar pelo pórtico com pilares, que dá acesso direto à sala hipostila,
decorada com pinturas que mostram Ramsés II, o edificador do templo,
o qual, muitos séculos depois, seria transformado numa igreja cristã.

Trata-se, afinal, de uma pequena imitação do grande templo ramséssida 
de Abu Simbel, e por isso nas paredes lá está o grande faraó perante
as divindades que ele cultua, como se pode ver na segunda imagem,
onde Ramsés II homenageia Amon-Ré em pose mínica, de falo ereto,
tendo atrás a deusa Ísis, seguindo-se o deus Tot e de novo Ramsés II, 
que surge entre os frondosos ramos da árvore sagrada que o envolve.

Núbia: templo de Amada



No décimo primeiro dia o grupo continuou o seu percurso pela Núbia,
partindo de Abu Simbel para iniciar um novo cruzeiro a bordo do navio
«Omar Khayam», navegando pelas águas tranquilas do lago Nasser,
com passagem pela velha fortaleza de Kasr Ibrim, e desembarcando, 
mais a norte, para visitar os templos de Amada e de Derr.

As imagens mostram a visita ao templo de Amada, cuja edificação
se deve a Tutmés III e a seu filho Amen-hotep II (XVIII dinastia, finais
do século XV a. C.), com acrescentamentos posteriores de Tutmés IV
e de Seti I, já na XIX dinastia, podendo ainda notar-se vestígios coptas
muito mais recentes porque o edifício funcionou como igreja cristã.

sábado, 7 de julho de 2018

Grande Museu Egípcio do Cairo




Na viagem do ano passado, Páscoa de 2017, o grupo da Faculdade de Letras
da Universidade de Lisboa teve o grato privilégio de poder visitar as obras
do novo museu que exibirá as peças mais significativas de entre as milhares
que se encontram expostas no Museu Egípcio do Cairo, na Praça Tahrir,
e que todos os anos merece uma profícua visita, com cerca de duas horas,
por parte dos nossos grupos (e mesmo assim muito fica ainda por ver).

A nova área museológica, que está a ser erigida na zona ocidental do Cairo
perto do planalto de Guiza, mesmo ao lado das suas três famosas pirâmides,
terá o nome oficial de Grande Museu Egípcio, e o diretor será o egiptólogo
Tarek Taufik, filho do Professor Said Taufik, que era o deão da Faculdade
de Arqueologia da Universidade do Cairo quando o signatário lá estudou
no ano letivo de 1984-1985, do qual se guarda uma benéfica recordação.

Na terceira imagem figura o egiptólogo que tem guiado as visitas anuais
da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, com o novo diretor
do Grande Museu Egípcio do Cairo, Tarek Taufik, que recebeu o grupo
com grande apreço e simpatia, tendo proporcionado uma frutuosa visita 
às obras que ainda decorrem e também à restrita área de conservação
 e restauro, parte da qual se pode ver na segunda imagem.

sexta-feira, 6 de julho de 2018

Ainda a Faculdade de Letras no Egito




Mais imagens de anteriores visitas de estudo ao Egito onde a Faculdade
de Letras da Universidade de Lisboa marcou presença: em cima, com
o emblema da Faculdade na camisola (de requintado algodão egípcio),
ao meio com o guia da viagem e o Professor João Cosme prestes a sair
do hotel para a visita às grandes necrópoles de Lucsor Ocidental, com
o Vale dos Reis, o Vale das Rainhas e o chamado «Vale dos Nobres»,
e em baixo com dois (enormes mas excelentes) alunos de licenciatura
no pátio do templo funerário de Ramsés III, em Medinet Habu.