sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Para fechar o ano...


Aqui se apresenta a estátua de um casal: Nebsen (um escriba real) e de sua amada esposa, Nebet-ta (cantora do templo de Ísis).

Estava-se na XVIII dinastia, no reinado de Tutmés IV, ou então, no de Amenhotep III.

O referido casal é apresentado com os braços atrás um do outro, como prova da sua aproximação e comprometimento. Para enfatizar essa situação, e tornar a escultura mais harmoniosa, o escultor fez uma extensão dos membros para lá do natural.
de: Museu de Brooklyn, Nova Iorque

O meu ka na Praia das Maçãs


Escultura da autoria de Fernando Fonseca.

O eterno feminino


Em Nagada I




Foto: TMS (British Museum)

FELIZ 2011

Este é o meu desejo para todos os amigos que fazem parte deste blog e... também para os que nos seguem e respectivas famílias

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Espelho meu... espelho meu...

Diz-me: quem é mais bela do que eu...? Sou eu! Sou eu: Hathor!
Dois espelhos feitos com folha de ouro, prata, vidro e alabastro egípcio; os cabos são de madeira cobertos com folha de ouro e têm as orelhas de vaca que simbolizam Hathor.
XVIII Dinastia -reinado de Tutmés III (c. 1479-1425 a.C.)
No Metropolitan Museum of Art, Nova Iorque

Da Malkata...


A Malcata trouxe do Metropolitan Museum of Art, Nova Iorque, estes potes, vasos, jarras... da XVIII dinastia (c.1417-1379 a.C.)
Decorados com motivos florais e também animais, alguns até estão decorados com elementos em tridimensão... Belíssimos!
Cores usadas: azul, vermelho e preto

Dos homens e dos colossos


Templo de Seti I (Abido)

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Estela de Intef


Esta é a "Estela de Intef", conforme consta na etiqueta do Metropolitan Museum of Art, que era um servidor real, e comandante de uma fortaleza na cidade de Heracleópolis, no tempo do faraó Mentuhotep II (XI dinastia), o reunificador do Alto e Baixo Egipto e fundador do Império Médio, também mencionado nesta estela.



O Nosso Professor, Luís Araújo, explica no seu comentário, que Intef é um nome comum, e que não tem nada a ver com o faraó com o mesmo nome, ( Intef III), que foi o pai do faraó Mentuhotep II.

Coffin for an ibis



Trago aqui um bonito exemplo de múmia animal, no presente caso de um íbis, do período ptolemaico, acompanhado da respectiva etiqueta do Museu de Brooklyn.
Tot, o deus da sabedoria e patrono dos escribas deste nosso blog, deverá apreciar esta imagem...

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Antes da cartela, o Serekh

Os primeiros faraós apresentavam o seu Nome de Hórus, dentro de um Serekh, uma figura basicamente rectangular que representava a fachada do palácio real e que, no seu interior, continha o(s) hieróglifo(s) do seu nome, e era encimado por um falcão hórico.



Esta foto representa uma estela pertencente ao faraó Raneb da II dinastia, aproximadamente 2880 a.C., encontrando-se presente- mente no Metropolitan Museum of Art,
New York.



Só a partir da IV dinastia, foi introduzida a cartela, em que os nomes de "Filho de Ré" e o nome de "Rei do Alto e do Baixo Egipto", se encontram, cada um, rodeados por um vinheta elíptica.



Punt, na sequência do post do António

E o que não seria o Neues Museum ...


Ao tempo de Lepsius, cada salão do "seu" museu tinha paredes e tectos, traves e arcos pintados com motivos alusivos à temática de cada exposição, sendo que os dedicados ao Antigo Egipto eram autênticas viagens virtuais ao vale do Nilo. E assim foi até serem bombardeados. Mas ainda restam alguns vestígios em alguns tectos, frisos e paredes ...


Imagens: TMS

Um longo caminho

Esta foto mostra uma rapariga da etnia AFAR, povo que habita aquilo que hoje é a Etiópia e a Eritreia, mas perde-se no tempo a origem deste e outros povos niloticos, que provavelmente foram contemporâneos dos nossos amigos egípcios. Onde ficava o tal reino de Punt?

domingo, 26 de dezembro de 2010

"Colher" no Antigo Egipto


A propósito do post anterior, em que o Professor Luis Araújo teceu um comentário sobre este tipo de artefactos, usados nesse tempo com funções bem diferentes daquelas que hoje têm normalmente...
Serviam, como foi dito, como objectos de cosmética, para conter perfumes, que os antigos egípcios muito apreciavam.
Escolhi, este magnífico exemplo, que se encontra em primeiro plano, e pertence ao espólio do Metropolitan Museum of Art, New York

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Porque não me canso eu deles?


Akhenaton e Nefertiti

Mãe e filho





Não_resisti... ..........................................................





O nosso Professor Luis Araújo revelou a sua peça preferida do Museu de Brooklyn.


Apesar de termos estado mais de uma hora e meia só na parte egípcia deste museu, infelizmente não a registámos fotograficamente, mas já a descobrimos na web...
É de facto uma linda estatueta em alabastro em que a rainha Ankhenesmeriré, tem ao colo o seu filho, o futuro Pepi II (VI dinastia - Império Antigo)

Formosa e segura


Ahmés-Nefertari


Mãe de Amenhotep I e irmã e esposa de Ahmés I (XVIII Dinastia), a primeira esposa real a utilizar o título de hemet-netjer , «esposa do deus».



Foto: TMS (Neues Museum)

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Início da civilização




É pelo início que gosto de começar...
Estamos ainda no período pré-dinástico (Nagada II), no finalzinho da Pré-história, ainda o Alto e Baixo Egipto estavam separados...
Do Museu de Brooklyn, coloco aqui esta bela imagem, que, para mim, atendendo à posição dos seus braços, representa uma bailarina, no entanto exitem outras hipóteses...
Aqui fica a informação do museu...

Pré-palmitos


Os antigos egípcios não decorariam uma árvore de Natal, nem correriam a centros comerciais freneticamente buscando por embrulhos e acepipes, mas usavam a ramagem da palmeira nos seus festivais do solstício de Dezembro. Terão sido os primeiros...


Foto

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Feliz Natal


Nem só sobre o Antigo Egipto se escreve neste no nosso blog...
Ele também serve para desejar um FELIZ NATAL a todos os escribas e seguidores de Faraó e Companhia

Museu de Brooklyn



Este belo museu, que visitámos recentemente, tem uma excelente secção dedicada ao Antigo Egipto para além de diversos tipos de arte de diferentes épocas. A apresentação é muito boa, o espaço bem amplo, e a informação sobre as peças está bem clara e sucinta. A qualidade das mesmas é muito boa, abrangendo diferentes períodos da civilização, desde a época pré-dinástica à época greco-romana.


Este museu é bem menos conhecido que o Metropolitan Museum of Art, que se encontra em Manhattan, mas certamente merece uma visita de quem visitar Nova Iorque.


Afinal... é só apanhar a linha de metro vermelha (a 2 ou a 3) em direcção a Brooklyn e sair na estação "Eastern Parkway/ Brooklyn Museum", que se encontra a cerca de 100 metros do museu.





terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Obelisco de Tutmés III (XVIII dinastia)



Local: Nova Iorque, Central Park



Como é que apareceu um obelisco em Nova Iorque?



Para responder a esta pergunta, temos de recuar bastante no tempo.


O faraó Tutmés III (1458 a 1425 a.C. *) mandou erigir dois obeliscos em granito de Assuão, no templo de Ré, na cidade de Heliopolis - no Baixo Egipto (capital do XIII nomo). Estes obeliscos tinham de dimensão: cerca de 21 metros de altura e perto de 200 toneladas de peso.
Cerca de duzentos anos mais tarde foram acrescentados, por Ramsés II, textos hieroglíficos, para comemorar as suas vitórias.
Mais tarde foram transladados do local original para Alexandria, por César Augusto por volta de 12 a.C.


O primeiro foi transladado para Londres, após oferta de Mehemet Ali, (1819) em comemoração das batalhas de Lord Nelson (na batalha do Nilo) e de Sir Ralph Abercromby (na batalha de Alexandria em 1801). Só em 1877, com um patrocínio milionário de Sir Erasmus Wilson para o transporte, procedeu-se à mudança para Londres, tendo ficado na margem do Tamisa em Embankment.


O segundo obelisco foi oferecido aos Estados Unidos da América por Ismail Pasha, depois da abertura do canal do Suez. Com o apoio financeiro de William H. Vanderbilt, foi também transladado e erguido em Central Park em 1881 (actualmente nas traseiras do Metropolitan Museum of Art).
Estes dois obeliscos foram popular e erroneamente conhecidos por “Agulhas de Cleópatra” mas, como é evidente, eram quase 1400 anos mais antigos.

Provavelmente, a localização original no Templo de Ré em Heliopolis, seria da seguinte forma: o de Londres estaria no lado ocidental do templo, pois refere o deus Atum; enquanto o de Nova Iorque se refere a Ré-Horakhti (que evoca o nascer do Sol) estaria no lado oriental.


Aqui fica um link sobre os obeliscos espalhados pelo Mundo… mas a maioria estão fora do Egipto!!!

* Se contarmos com o reinado conjunto de Tutmés III com a rainha faraó Hatchepsut, sua madrasta, seria de 1479 a 1425 a.C.

Cheek to cheek


Akhenaton e Nefertiti,
em fragmento de Amarna.




Foto: TMS

Nomos do Alto e Baixo Egipto


Supõe-se que os egípcios não nos deixaram mapas e este trabalho de Bill Manley "Historical Atlas of Ancient Egypt"Penguin, 1996, propõe-se colmatar a lacuna. Este mapa dos Nomos mostra a carregado os antigos nomes das povoações (Wast para Tebas, On para Heliópolis, etc.) Abu (Elefantina) seria porventura a capital do Nomo nº 2, que fica bem a Sul de Nekhen (Hieracômpolis).

domingo, 19 de dezembro de 2010

sábado, 18 de dezembro de 2010

Dorothy Louise Eady

Ontem, em jantar de amigos, veio a lume Omm Sety, uma nascida em Brighton, que ainda menina de três anos foi declarada morta e terá ... ressuscitado como reencarnação de uma sacerdotisa do tempo de Séti I.

O certo é que, dizem, logo terá decifrado hieróglifos no British Museum sem ter conhecimentos da escrita hieroglífica, daí virou egiptóloga, abalou para Abido e por ali ficou, chegando a tornar-se na primeira mulher a trabalhar nas Antiguidades Egípcias. Mais, terá mesmo indicado vários locais de preciosidades arqueológicas, uns entretanto já confirmados e outros a confirmar ...

Uma história excêntrica e rocambolesca, que só podia ter como protagonista uma inglesa, mas que me deixou suficientemente curioso para averiguar mais a fundo esta "mãe de Seti" (na verdade, Dorothy casou com um egípcio e dele teve um filho que se chamaria ... Seti).

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Túmulos dos trabalhadores- IV



Pashedu (TT3)- Possuía o título de artesão do Senhor das Duas Terras no Lugar da Verdade (necrópole real), durante os reinados de Seti I e Ramsés II (XIX dinastia). Encontra-se localizado nas imediações de Deir el-Medina.



domingo, 12 de dezembro de 2010

Túmulos dos trabalhadores- III






Inherkau (TT359), tinha o título de chefe dos artesãos do Senhor das Duas Terras no Lugar da Verdade, isto é: na necrópole real, no reinado de Ramsés IV, na XX dinastia. Este túmulo encontra-se nas imediações de Deir-el-Medina.



Como no post anterior (túmulos dos trabalhadores II- Sennedjem) estava mal colocada uma foto de Inherkhau a adorar a ave sagrada, coloquei-a aqui dado ser o local devido, à qual junto os comentários que o Professor Luis Araújo teceu relativamente a essa pintura

Não há dúvida: é uma imagem que está no túmulo de Inherkhau (TT 359), que era chefe dos artesãos, vendo-se o defunto imaculadamente vestido de linho branco a venerar a ave sagrada benu adornada com a coroa atef, uma ave ligada ao renascimento - e o que verdadeiramente o defunto queria era renascer.

Quanto ao texto que ilustra a gravura diz na vertical, da direita para a esquerda: «Prece para que eu me transforme na necrópole, e que possa lá entrar e de lá sair, o chefe dos artesãos do Lugar de Verdade, Inherkhau, justificado


Para quem gosta de ler em egípcio cá vai a transcrição do texto: «Rá em ir kheper-i em setau, ak per in heri-kedut em Set Maet Inherkhau, maé-kheru.»



Seguem-se 2 links referente a este túmulo:

sábado, 11 de dezembro de 2010

Em Sakara...




Egipto

Temperatura alta

Um momento de descanso

O espaço quase infinito

Uma viagem a não esquecer

Túmulos dos trabalhadores- II




Sennedjem (TT1), foi um artesão com o título de trabalhador do “lugar da verdade” (nome dado à necrópole real Tebana) durante os reinados de Seti I e de Ramsés II (XIX dinastia).
Trata-se de um túmulo muito pequeno em dimensão, mas simultaneamente um dos mais bonitos, encontrando-se localizado nas imediações de Deir-El-Medina.
É um túmulo colectivo familiar, tendo-se encontrado neste local 20 múmias, correspondendo a 3 gerações.
As imagens que enchem as paredes por completo, transmitem ideias de abundância e da maravilhosa vida no Além.
Destaco, em especial, 3 imagens:
1- Imagem da mumificação feita por Anúbis;
2- Sennedjem, jogando um jogo de tabuleiro que se chama senet;
3- Sennedjem e a esposa, colhendo cereal, elegantemente vestidos.
Deixo aqui só algumas das muitas imagens possíveis. Em baixo fica um link para consulta.

http://www.touregypt.net/featurestories/sennedjemt.htm








Travelling acelerado


Sobre a lista real de Abido e os 76 (?) faraós aí registados.

Ainda o lazer... e o prazer...


Nefertari a jogar Senet