A Malcata trouxe do Metropolitan Museum of Art, Nova Iorque, estes potes, vasos, jarras... da XVIII dinastia (c.1417-1379 a.C.)
Decorados com motivos florais e também animais, alguns até estão decorados com elementos em tridimensão... Belíssimos!
Cores usadas: azul, vermelho e preto
A nossa estimada amiga e escriba Hermínia Malcata trouxe-nos, com o ano a acabar, estes recipientes decorados expostos no Metropolitan Museum of Art de Nova Iorque (um deles decorado com uma cabeça de gazela), que são oriundos de Malkata.
ResponderEliminarNão sei se os escribas e leitores do blogue apanharam o jogo de ideias e de palavras da nossa perspicaz Hermínia, cujo apelido sugere o local original dos objectos... É que Malkata era o nome de um sítio de Lucsor Ocidental, junto da região das grandes necrópoles do Império Novo (feitas para reis, rainhas, funcionários e artesãos).
Aí, em Malkata, o rei Amen-hotep III mandou erigir um palácio residencial para ficar perto do seu outro palácio de eternidade, o seu templo funerário hoje muito destruído, onde estivemos na visita da Páscoa para ver os únicos grandes vestígios que dele sobreviveram, os chamados «Colossos de Memnon» (que não passam de grandes estátuas de Amen-hotep III à entrada do seu arrasado templo funerário).
Pois foi no palácio de Malkata, junto do qual se fez um lago artificial, o Birket Habu, que a famosa rainha Tié (já antes postada pela Teresa) ronronou nos braços de Amen-hotep III, numa deliciosa vivência afastada da zona oriental de Lucsor, na margem direita do Nilo (onde ficam os templos de Karnak e de Lucsor).
Há até quem pense que foi por hostilidade e incompatibilidades com os poderosos sacerdotes de Amon que o rei e a sua esposa, bem como a corte e a administração mais ligada ao palácio se mudaram para a margem esquerda, que normalmente é uma zona mais de âmbito tumular, passando assim a residir em Malkata, de onde vieram os recipientes de terracota pintados com motivos azuis que a Hermínia aqui nos ofereceu.