sábado, 25 de dezembro de 2010

Lepsius no topo do mundo


Primeira expedição ao serviço de Frederico Guilherme IV, em 1842.




Gravura: Neues Museum

2 comentários:

  1. Neste dia de Natal o nosso estimado escriba cinéfilo evoca a figura de Lepsius, que ao serviço do rei da Prússia escavou no Egipto (1842-1845), percorrendo-o de norte a sul, e de lá trouxe muitas antiguidades e dados científicos para a sua obra basilar Denkmäler aus Ägypten und Äthiopien.

    Lá está ele no alto da Grande Pirâmide de Khufu em Guiza, com os membros da expedição sob a águia real prussiana (que depois seria imperial). O curioso é que no meio daqueles alemães está uma figura pequena e gorducha (será um português intrometendo-se no meio dos altos arianos?)

    Mas esta postagem paulina sobre Lepsius tem também a ver com a sua postagem anterior - é que foi precisamente Lepsius que em primeira mão divulgou a figura de Akhenaton numa comunicação à Academia das Ciências da Prússia em Berlim, em 1851, com o título de «Über den ersten ägyptischen Götterkreis und sein geschichtliche-mythologische Entstehung».

    O nome de Lepsius tornou-se conhecido nos meios cultos e letrados da Europa, e até o nosso Eça de Queirós ouviu dele falar - ao ponto de criar uma personagem no seu romance A Relíquia com o nome de Topsius, um arqueólogo minudente e coscuvilheiro da «Imperial Alemanha», que era uma alusão irónica ao célebre Lepsius (Topsius, de topar, bisbilhotar).

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  2. Obrigado pelo comentário, caro Professor, e pela alusão ao Topsius, d'A Relíquia, que li há tanto tempo que já esqueci. Tem graça, mas imediatamente lido o nome, associei-o ao filme «Topsy-Turvy», filme muitíssimo bem feito à roda de umas das criações de Gilbert & Sullivan... topsy significará "amalucado", "do avesso", he, he, apropriado a essa personagem...

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