Lido com atenção o capítulo do livro "A Guerra na Antiguidade" dedicado à batalha de Kadech (duplo obrigado ao autor e emprestador Amigo) fico possuído pelo escudeiro de Ramsés II, Menena de seu nome e, assustado com a praga de "gafanhotos" Hititas, chamo a atenção do meu faraó:
« [...] Meu bom senhor,
forte governante, grande salvador do Egipto na guerra,
estamos sozinhos no meio da batalha,
abandonados por soldados e carros [...]»
NB: Menena aparece em outros textos como Menna, e como escriba. Duas maneiras de escrever o mesmo nome, e duas profissões em apenas uma?
Ora aqui está uma prova de como os textos egípcios, com milhares de anos, ainda continuam a influenciar as pessoas. Ser escudeiro não será má escolha, embora me pareça que essa profissão não conste na lista das actividades colectáveis nas Finanças - o que não deixa de ser uma apreciável vantagem nos tempos que correm!
ResponderEliminarQuanto ao nome de Menena ou Menna, conhecem-se várias pessoas que viveram no Império Novo (séculos XVI-XI a. C.) assim chamadas e com profissões diferentes. É um pouco como hoje o nome Paulo, comum a muitas pessoas diferentes - é o caso de Paulo Ferrero e Marco Paulo, acerca de quem não imagino qualquer semelhança profissional ou relação cinéfilo-musical.
Voltando ao nome de Menena (Menna), ele merece uma explicação: é que os antigos Egípcios não escreviam as vogais, e por isso na leitura dos nomes é costume colocar-se a letra «e» quando temos dúvidas. No caso deste nome há quem coloque essa letra auxiliar entre o Men e o Na, como eu faço. Mas para explicar isto melhor teria de escrever aqui com hieróglifos o que para um novato bloguista como eu não dá.
Entretanto, e na sequência da minha revelação de ontem sobre um dos meus filmes preferidos (Snatch), tomei balanço e fui ver (pela vigésima oitava vez?...) o meu filme verdadeiramente preferido: Voando Sobre um Ninho de Cucos. Depois deliciei-me no Youtube a ouvir repetidas vezes a música final (closing theme) do filme, limpo dos ruídos das últimas cenas.