Antigo Egito - 2.ª sessão

No próximo sábado, dia 31 de outubro, realiza-se a 2.ª sessão do curso

sobre o antigo Egito, que está a decorrer no Solar Condes de Resende,

em Canelas, com o alto patrocínio da Câmara Municipal de Vila Nova 

de Gaia, sendo dedicada ao tema «O mar Mediterrâneo, desde a Pré-

-história aos dias de hoje», a cargo do Professor Doutor José Varandas,

da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (a sessão decorrerá 

por videoconferência devido à atual situação pandémico-covídica). 

 

Viagens adiadas ao Egito

Com esta perigosa e desoladora pandemia que nos perturba a vida,

e que tem deixado marcas funestas em muitos aspetos do dia a dia,

o turismo internacional foi uma das atividades que mais vicissitudes 

sofreu, nomeadamente com as viagens para o Egito - como as nossas

que estavam programadas para este ano de 2020 e que foram adiadas.

Esta dececionante situação de incerteza, cujo final tarda em chegar,

deixou muito desolados os nossos amigos Mustafa e Teresa Neves,

que estão na última imagem (uma foto tirada no templo de Lucsor) 

 esperando por melhores dias  -  e todos nós também, partilhando

 a frustração desses excelentes e dedicados guias profissionais.

Depois dos sucessos que foram as viagens de fim de ano (evocando

os 150 anos da estadia de Eça de Queirós no Egito), e de Carnaval,

as viagens programadas pela agência «Novas Fronteiras», com apoio

pedagógico e científico do Instituto Oriental da Faculdade de Letras

da Universidade de Lisboa, não se puderam realizar devido ao covid.

Foram assim desmarcadas as duas viagens previstas para a Páscoa,

uma curta (de 28 de março a 4 de abril) e outra longa (de 4 de abril

a 18 de abril), mais a viagem prevista com um entusiástico grupo

de reformados da Caixa Geral de Depósitos, com mais de oitenta

pessoas inscritas (que seria efetuada de 25 de maio a 4 de junho).

A tonificante e bronzeadora visita de estudo programada para 18 

a 25 de agosto foi também cancelada, o mesmo sucedendo com

outra prevista para o mês de novembro, e ainda a viagem de fim 

de ano (de 26 de dezembro a 4 de janeiro de 2021), impedindo

a festa de passagem do ano em Assuão, em cruzeiro no rio Nilo.

Mas esta desgraçada pandemia também levou ao cancelamento 

da inédita viagem prevista para a Arménia e a Geórgia (14 a 23 

de setembro), e ainda a da Grécia (3 a 12 de outubro), as quais

 ficaram adiadas para 2021, tal como as viagens para o Egito...

mas para o ano voltaremos a ver imagens como estas!

As máscaras na guerra e na paz

Se os poderosos e divinos faraós do antigo Egito usassem máscaras

de proteção (além das tradicionais máscaras funerárias para o Além)

certamente que cumpririam de bom grado a determinação da DGS,

sobretudo agora que passam a ser obrigatórias, mesmo ao ar livre,

usando-as em momentos muito diferentes, na guerra ou na paz.

É o que parecem demonstrar estes dois reis egípcios aqui evocados,

vendo-se na primeira imagem Tutankhamon no seu carro de guerra,

lançando-se contra os inimigos, e em baixo Ramsés III divertindo-se

com algumas meninas do harém real - mas estas escandalosamente 

não usam as máscaras recomendadas, podendo infetar o monarca!

 

Puzzles em (quase) férias

 

Em tempo de (quase) férias, na tranquilidade da Praia das Maçãs,

e num voluntário confinamento, fazer puzzles é uma boa solução

para fintar a pandemia desgraçada que não nos larga e para a qual

será necessário estar prevenido com o uso permanente de máscara

(agora é obrigatório mesmo na rua, só a Esfinge está dispensada).

Conforme mostram estas imagens, o puzzle com uma paradisíaca

e desconfinada paisagem, mais bonita até que os úberes campos 

de Osíris no outro mundo (Duat), deu um trabalho gratificante,

aproveitando estas férias de Outono depois das férias de Verão

(e a seguir vem um puzzle difícil com temática egiptológica).

Todo o cuidado é pouco...

Agora que está oficialmente aprovado o uso obrigatório de máscaras, 

mesmo na via pública e ao ar livre, os cidadãos normais e com noções 

básicas de bom-senso e de altruísmo acatarão sem dificuldades a norma

agora divulgada, mas todo o cuidado é pouco - e por isto este confinado

bebe a sua bica no café Búzio da Praia das Maçãs muito bem protegido.

Dois Búzios na Praia das Maçãs

Em tempos preocupantes, com o recrudescimento da pandemia,

todos os cuidados são poucos, e mesmo às refeições convém estar

prevenido: é o que se vê aqui nos dois Búzios da Praia das Maçãs,

um é o restaurante, e o outro é o café com tranquila esplanada.

No magnífico restaurante Búzio, um dos pratos que vivamente

se recomenda é a Frigideira do Chefe, preparada com requinte,

em qualidade e em quantidade, e para a qual se deverá utilizar

um guardanapo com apreciáveis dimensões devido ao molho.

Depois de uma lauta refeição o ideal será ir tomar a bica perto,

caminhando um pouco (que é bom para a digestão) até ao largo

da Praia das Maçãs onde fica o café Búzio com a sua esplanada

à qual apetece voltar para um lanchinho com sumo de laranja.

 

Há dez anos na Embaixada do Egito

O dia nacional do Egito celebra-se a 23 de julho, sendo tradicional

efetuar-se uma festiva receção nos jardins da embaixada, no Restelo,

com a assídua presença da Associação de Amizade Portugal-Egipto,

mas este ano esse evento não se realizou, por motivos conhecidos,

relacionados com a necessária contenção pandémico-covídica.

Ficou, no entanto, a memória de muitas receções que lá ocorreram,

como aquela que aqui se evoca, vendo-se o Embaixador Francisco

Grainha do Vale, presidente da Associação de Amizade Portugal-

-Egipto, e em baixo o secretário-geral da Associação com alguns 

oficiais, entre eles o major-general Adelino de Matos Coelho. 

 

De máscara, pelo sim, pelo não...

A reiterada insistência para o uso cauteloso da máscara protetora

deve ser acatada voluntariamente por todos, até mesmo ao ar livre

mas especialmente em estabelecimentos comerciais e restaurantes,

e quando a máscara ficar esquecida em casa há sempre soluções.

Há dez anos: Lisbon Mummy Project

Foi há dez anos que se procedeu ao estudo das três múmias humanas

do acervo de antiguidades egípcias do Museu Nacional de Arqueologia

na altura dirigido pelo Dr. Luís Raposo, que está na segunda imagem

com o egiptólogo e o médico radiologista que integravam a equipa

multidisciplinar, cujos nomes de seguida se recordam:

Luís Raposo (diretor do Museu Nacional de Arqueologia)

Carlos Prates (médico radiologista, Imagens Médicas Integradas)

Sandra Sousa (médica radiologista, Imagens Médicas Integradas)

Carlos Oliveira (médico radiologista, Instituto Português de Oncologia)

Álvaro Figueiredo (bioarqueólogo, University College, Londres)

Mathias Tissot (conservador do Museu Nacional de Arqueologia)

Salima Ikram (egiptóloga, American University, Cairo)

Luís Manuel de Araújo (egiptólogo, Faculdade de Letras de Lisboa)

A primeira imagem mostra o sarcófago de Irtieru, com a respetiva

múmia no seu interior, prestes a ser devidamente embalado para poder

seguir viagem desde o Museu Nacional de Arqueologia, em Belém, 

até ao IMI, na Avenida da República, onde foi preparada uma sala

apropriada que recebeu a designação de Per-ankh (Casa de Vida).

Revista Hapi n.º 7

Saiu mais um número da revista Hapi, dirigida pelo egiptólogo

Telo Ferreira Canhão, mantendo o tema genérico sobre «A Vida 

no Antigo Egipto», sendo contemplados agora aspetos ligados

à evocação de grandes mulheres do antigo Egito, correspondendo

ao curso sobre este tema que decorreu em maio e junho de 2019.

Recordando as cinco sessões apresentadas na Faculdade de Letras

da Universidade de Lisboa, no curso levado a efeito pelo Centro

de História, eis os títulos que se refletem agora no índice:

- «Neferu III e Neferusobek: traços das suas vidas e da sua

época (XII dinastia)», Telo Ferreira Canhão. 

- «A rainha Nefertari: a mais bela de todas», Luís Manuel de Araújo.

- «Tié (XX dinastia): de Hathor a Ísis. Esposa e mãe, 

entre a conspiração e o trono», Catarina Apolinário de Almeida.

- «A representação da mulher na poesia de amor», Rogério Sousa.

- «Arsinoe II (dinastia ptolomaica)», José das Candeias Sales.

Professor António Ramos dos Santos

Faleceu no dia 10 de outubro o Professor António Ramos dos Santos,

assiriólogo e docente da área de História e Cultura Pré-clássica, desde

1985, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, com especial

vocação e interesse pela História Económica e Social da Mesopotâmia,

tendo sido antes professor do ensino básico e do ensino secundário.

Concluiu a licenciatura em História em 1981 na Faculdade de Letras

de Lisboa, onde fez as suas provas de aptidão pedagógica e capacidade

científica em 1992, seguindo-se o doutoramento em Letras (História

e Cultura Pré-clássica) pela Universidade de Lisboa, em 1998, com

tese na área assiriológica orientada pelo Professor Emanuel Bouzon,

 da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.

Possuía ainda dois mestrados, um em Relações Internacionais, pelo

Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, e outro no âmbito

de Política Internacional Comparada, do Instituto de Ciências Sociais 

da Universidade de Lisboa, que vieram enriquecer o seu multímodo

currículo e propiciaram a publicação de uma apreciável bibliografia

em livros e em artigos na sua área de especialização e docência. 

Recordando o assiriólogo António Ramos dos Santos (1956-2020),

aqui ficam algumas fotos: na primeira com o signatário desta notícia,

na segunda com o Professor José Varandas (com quem coordenou 

a edição dos três volumes da Guerra na Antiguidade), e na terceira

fazendo tempo na esplanada da Faculdade de Letras de Lisboa para

mais um júri de mestrado, com os colegas Luís Manuel de Araújo,

Francisco Caramelo (Universidade Nova) e José Augusto Ramos.