sábado, 30 de novembro de 2013

Horemheb e Hapi


Realiza-se no próximo dia 4 de dezembro, quarta-feira, pelas 18 horas,
mais uma sessão do VI curso livre de Egiptologia, no Anfiteatro III 
da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

A sessão é dedicada a um faraó pouco conhecido chamado Horemheb,
que reinou em finais da XVIII dinastia do Império Novo (c. 1320-1292 a. C.)
e que preparou o caminho para a XIX dinastia de Seti e de Ramsés II.

Na imagem surge Horemheb, quando ainda não era faraó, exibindo os seus
importantes títulos de «membro da elite (iri-pat), governador (hatiá), 
escriba real verdadeiro (sech-nesu maé), seu amado (meri-ef; amado
do rei, que era Akhenaton ou Tutankhamon ou Kheperkheperuré Ai), 
grande comandante do exército (imirá-mechá uer)». 

Mas antes da entrada em cena de Horemheb será feito o lançamento
da nova revista Hapi, com uma intervenção do seu diretor, o egiptólogo
Telo Ferreira Canhão, vice-presidente da Associação Cultural
de Amizade Portugal-Egipto.

domingo, 24 de novembro de 2013

Quem é este feioso?!


   Esta estátua representa uma divindade egípcia muito em voga no Império Novo. A sua popularidade é atestada até mesmo fora do Antigo Egito, já que a estátua que aqui admiramos foi descoberta nas ruínas da antiga cidade real de Amatus, na ilha de Chipre, em pleno Mar Mediterrâneo. Presentemente encontra-se no Museu Arqueológico de Istambul, na República da Turquia.

  Protetor dos lares, tinha diversas funções, como afastar espíritos malignos, destruir todas as manifestações negativas que ameaçavam mulheres e crianças, auxiliar nos partos, portanto, atuando à semelhança dos espanta-espíritos que ainda hoje em muitos lares ocidentais, são colocados à entrada das casas, para reter todas as influências maléficas e proteger a família.

  E assim sendo, eu lanço a pergunta: quem é este feioso?!

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Chegou a Hapi


Saiu uma nova revista de temática egiptológica, com o nome de Hapi
editada pela Associação Cultural de Amizade Portugal-Egipto, 
com direção de Telo Ferreira Canhão, vice-presidente da Associação.

O tema geral do volume, que tem 160 páginas, é «A vida no Antigo Egipto»
reunindo artigos referentes às sessões de um curso com idêntico título
realizadas nos meses de abril e maio de 2013 pelo Centro de História 
da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

O primeiro artigo é da autoria de Ahmed Zaki, médico de origem egípcia
que há muitos anos reside em Portugal, apresentando um tema bem atual:
«O Egito contemporâneo: tendências e raízes».

Os restantes artigos da revista têm por tema o Egito faraónico:
«Viver no campo», de Telo Ferreira Canhão
«Viver na cidade», de José das Candeias Sales
«Viver no templo», de Luís Manuel de Araújo
«Viver no exército», de José Varandas

Quanto ao preço deste primeiro número de Hapi, é de 10 euros 
para estudantes e membros da Associação de Amizade Portugal-Egipto,
e de 15 euros para não sócios da Associação.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Regresso à Escola


Decorreu no dia 13 de novembro na Escola Secundária de Queluz
(Escola Secundária Padre Alberto Neto), uma conferência sobre 
Escrita Hieroglífica Egípcia.

A assistência no amplo auditório da Escola era formada pelos alunos
 do 7º ano, reunindo oito turmas e os seus respetivos professores,
com mais de duzentas pessoas (e todos desejavam ver o seu nome
em escrita hieroglífica, mas era impossível!).

E assim o antigo Egito com a sua escrita esteve presente entre a ruidosa 
mas atenta e bem comportada assistência, e o conferencista 
voltou à Escola onde deu aulas entre 1985 e 1987. Saudades...



quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Adivinhem quem é a divindade representada!


    Esta bonita estela funerária, de madeira pintada, data da XXII dinastia, c. de 1069-930 a.C.  e está atualmente no Museu do Louvre, em Paris. Exibe a Dama Taperet - a elegante e bem vestida mulher à direita - que presta culto a uma divindade que está à esquerda. Em frente à respetiva dama, encontram-se oferendas e ela própria coloca-se em posição respeitosa de oração, sendo abençoada pelo deus através de raios de luz que milagrosamente se transformam em flores.

   Para quem quiser adivinhar que divindade é esta, dou apenas uma pista: é uma divindade que resulta do sincretismo dos atributos de duas outras.

    Boa sorte, caros colegas leitores e escribas!!!

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Há vinte anos...



Descobri no «baú» da minha «mastaba» uma imagem antiga que tem o mérito
 de recordar os tempos distantes em que ainda se usava o giz e o apagador
 nos quadros antigos da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, 
que hoje já desapareceram, dando lugar aos quadros brancos com canetas!

A inédita foto é de 1993, tem por isso vinte anos, atestando deste modo
a antiguidade da cadeira opcional de Escrita Hieroglífica na Faculdade, 
com um assistente relativamente jovem (mas promissor...), aqui a desenhar, 
como zeloso escriba, os seus «bonecos» hieroglíficos a giz.