quinta-feira, 28 de junho de 2018

A egiptóloga Daniela Martins


Depois de ter feito a sua licenciatura em História na Faculdade de Letras 
da Universidade do Porto, a egiptóloga Daniela Martins concluiu o curso
de mestrado em História (área de História Antiga) na Faculdade de Letras
da Universidade de Lisboa com a sua notável tese sobre Os Pilares do Céu.
Tutmés III e a Criação do Império Egípcio, em 2014, tendo desenvolvido 
depois a sua aturada investigação no âmbito da política administrativa 
de Tutmés III na Síria-Palestina resultante da decisiva vitória de Meguido.

Daniela Martins, que integrou a visita de estudo ao Egito levada a efeito,
nas férias pascais deste ano, pelo Instituto Oriental da Faculdade de Letras
da Universidade de Lisboa, decidiu prosseguir os seus estudos egiptológicos
mais avançados em Liverpool, sob a orientação do Professor Steven Snape, 
um prestigiado nome da egiptologia que garantirá um excelente trabalho,
para que a comunidade egiptológica em Portugal se possa reforçar mais,
sendo agora curial desejar-lhe esperançosamente as maiores felicidades.

quarta-feira, 27 de junho de 2018

Que linda feluca, que lá vem, lá vem...



Um dos momentos mais gratificantes da curta passagem pela bela 
zona de Assuão, a antiga Siena greco-romana e a Suanit faraónica, 
é o passeio de feluca, que dura cerca de uma hora, entre a margem
oriental (onde acostam os grandes barcos de cruzeiro) e a margem
ocidental, para visitar a típica «aldeia núbia», um dos aglomerados 
locais que recebeu parte da população deslocada pela construção
da Barragem de Assuão em finais dos anos 60 do século passado.

Navegando de feluca, por entre as muitas ilhotas do Nilo em Assuão
(do antigo egípcio suanit, que significativamente quer dizer comércio),
podem ser apreciados alguns rochedos com inscrições hieroglíficas,
como aquela que se vê na segunda imagem, gravada no bloco granítico
onde se detetam os níveis de subida das águas ao longo dos milénios.

O texto hieroglífico apresenta a titulatura completa do rei Psametek II,
da XXVI dinastia saíta (Época Baixa), o qual teve um curto reinado 
de apenas seis anos (594-588 a. C.), o suficiente, porém, para enviar
uma expedição contra a Alta Núbia (Kuch) e deixar várias inscrições
como aquela que aqui se apresenta em duas colunas de texto vertical.

Quem se oferece para traduzir o texto hieroglífico?

Um passeio de feluca em Assuão




A tarde do nono dia da viagem ao Egito rematou com um ameno passeio
de feluca, barco tradicional do Nilo que se aprecia na primeira imagem,
navegando airosamente e à bolina por entre as ilhas e ilhotas em Assuão,
passando pela ilha de Elefantina (a sede da 1.ª província do Alto Egito
nos tempos faraónicos, onde existiu um templo ao deus local Khnum)
e rodeando a luxuriante ilha das Flores (ou ilha de Lord Kitchener).

Rumando para a margem ocidental, onde se encontra uma «aldeia núbia»
pronta a receber os viajantes para ali beber o chá e fazer umas tatuagens,
alguns mais ousados tomam banho nas águas frescas nilóticas (em abril!),
e podem fazer as suas compras de objetos «típicos», que de resto também
podem ser adquiridos aos marinheiros núbios durante a viagem na feluca,
como se recorda na segunda imagem - e como se vê bugigangas não faltam.

A egiptóloga Inês Torres


A egiptóloga Inês Torres foi uma brilhante aluna da Faculdade de Letras
da Universidade de Lisboa, onde se licenciou em Arqueologia com uma
elevada classificação, e algumas das suas notas mais expressivas foram
obtidas em cadeiras onde o antigo Egito integrava o respetivo programa,
como foi o caso de Antiguidade Pré-clássica e Introdução à Egiptologia.

A Inês Torres participou também na visita de estudo organizada em 2009
pelo Instituto Oriental da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa,
com a particularidade de então se comemorar a viagem de Eça de Queirós
ao Egito e à Terra Santa em 1869, pelo que a grata evocação dos 140 anos
dessa jornada queirosiana levou o grupo até Israel, atravessando o Sinai,
e em Jerusalém teve lugar a festa da passagem do ano de 2009-2010.

Para esta jovem egiptóloga, que agora leciona na Universidade de Harvard,
onde fez o seu mestrado em Egiptologia, desejamos muito sinceramente
o maior sucesso pessoal, académico e científico, com um feliz e auspicioso 
regresso às atividades letivas depois de umas merecidas férias de Verão.

O Obelisco Inacabado




Depois da emocionante visita à ilha de Filae, para ver o grande templo
da deusa Ísis e o pavilhão de Augusto-Trajano, entre outros monumentos
mais modestos, seguimos para o local das antigas pedreiras faraónicas,
onde se encontra o impressionante Obelisco Inacabado, assim chamado
porque ficou por terminar devido à pedra ter rachado em vários pontos.

Apesar de ser dos sítios mais quentes do Egito (mesmo na primavera),
vale a pena estar na pedreira e perceber como eram os blocos extraídos
da rocha através de buracos previamente feitos e nos quais eram fixadas
cunhas de madeira para serem copiosamente regadas com água na certeza
de que a madeira inchava e fazia estalar a pedra para se obter os blocos.

No caso do Obelisco Inacabado, procedeu-se ao desbastamento da rocha
granítica usando pesados blocos de dolerito, com pancadas fortes dadas
pelos operários, como se percebe na segunda imagem a rodear o obelisco, 
vendo-se na terceira imagem o guia a exibir um desses blocos de dolerito
achado na zona da grande pedreira de Assuão, que é a origem do granito
que serviu para erigir os monumentos do antigo Egito, como o interior
das grandes pirâmides de Guiza... a oitocentos quilómetros para norte!

Eis, pois, uma visita que serve para mostrar um fracasso da arquitetura
 faraónica, contrastando com os notáveis sucessos obtidos no antigo Egito 
ao longo de três mil anos de história e de operosa atividade construtiva,
sobretudo em túmulos e templos - mas este grande obelisco de granito,
que hoje ali jaz na grande pedreira de Assuão, se tivesse sido acabado 
ficaria com mais de 40 metros de altura e um peso superior a mil toneladas.

Resta saber quem foi o grande faraó que o mandou executar... Há diversas
hipóteses, desde Tutmés III, em cujo reinado se fizeram vários obeliscos
(o maior dos quais está hoje em Roma, com 32 metros de altura), Seti I
e Ramsés II, um incansável construtor (com um obelisco seu em Paris),
mas poderia ter sido a rainha-faraó Hatchepsut - era mulher para isso!

segunda-feira, 25 de junho de 2018

Em Filae, com a deusa Ísis




Um dos locais do Egito que os viajantes mais apreciam é a ilha de Filae,
centro de culto da deusa Ísis e de outras divindades, tanto egípcias (como
Hórus, Osíris, Hathor ou Bés) como núbias, com destaque para o templo
de Ísis e para o airoso pavilhão de Augusto-Trajano, na terceira imagem.

Ali está a ilha de Filae!




O nono dia de viagem começou com a visita ao templo da deusa Ísis, 
em Filae, após uma curta mas agradável viagem num pequeno barco,
do qual se vai avistando a ilha de Agilkia, hoje conhecida como Filae,
porque a antiga está submersa depois da transferência dos templos,
uma operação necessária devido ao subir das águas como resultado
da construção da primeira barragem, nos princípios do século XX.

Antes do início do percurso houve tempo para uma breve explicação,
fruindo a sombra do pequeno pavilhão de Nectanebo I (Nakhtnebef), 
situado no extremo de uma esplanada com uma configuração irregular
que no essencial data dos reinados de Augusto e de Tibério, mas onde
também constam os nomes hieroglíficos de Calígula, Cláudio e Nero.

Passando pelo pequeno templo do deus núbio Arensnufis e, depois
do primeiro pilone, pela casa do nascimento (o mammisi), segue-se
para a sala hipostila após o segundo pilone e para o santuário isíaco, 
rodeado por vários compartimentos com diversas funcionalidades, 
mostrando todos os espaços do templo uma rica decoração parietal. 

terça-feira, 19 de junho de 2018

Em festa, rumo a Assuão




Na noite do oitavo dia, depois das visitas aos templos de Edfu e Kom Ombo, 
o nosso barco de cruzeiro continuou a sua viagem para sul, rumo a Assuão, 
e depois do opíparo jantar seguiu-se a tradicional festa em «trajes típicos», 
a exemplo dos anos anteriores, numa jornada bastante animada e colorida, 
com os viajantes a esmerarem-se na escolha dos trajes apropriados.

Rumo a Kom Ombo




No oitavo dia de viagem e após a visita ao templo de Edfu, o barco
continuou a navegar para sul, rumo a Kom Ombo, cujo templo duplo,
dedicado aos deuses Hórus e Sobek, mereceu uma prolongada visita, 
bem complementada com a visita ao adjacente Museu de Kom Ombo,
de agradável circuito museológico e com sugestivas peças expostas,
sendo impressionantes as múmias de crocodilo que lá se podem ver,
grandes sáurios nilóticos que evocam o animal sagrado de Sobek.

sexta-feira, 15 de junho de 2018

O Egito em Atlas Histórico


A mais recente edição especial da National Geographic (maio de 2018)
apresenta um Atlas Histórico dedicado ao Mundo Antigo, onde o Egito
marca presença incontornável (pp. 6-33), antecedendo outras notáveis
civilizações e culturas da Antiguidade pré-clássica e clássica, incluindo
a Índia (civilização do Vale do Indo) e a China (fundação do Império).

O Egito faraónico, que na capa já marca presença com uma célebre joia
do túmulo de Tutankhamon, é evocado desde a distante fase da unificação
até ao aparecimento das grandes pirâmides do Império Antigo em Guiza, 
seguindo-se o Império Médio e o Império Novo, aqui com justo relevo
para os reinados de Tutmés III, Ramsés II e Ramsés III, antes do final
com a XXV dinastia núbia e a presença grega a partir do século IV a. C.

quarta-feira, 13 de junho de 2018

No templo de Hórus, em Edfu




Um dos momentos altos da viagem ao Egito é a visita ao templo de Edfu,
centro de culto do deus Hórus que celebra a sua dramática vitória sobre 
o malvado e caviloso Set, que se transforma num pequeno hipopótamo
para escapar à perseguição das forças do bem - aqui bem representadas
pelo deus Hórus e pelo faraó reinante, que na segunda imagem se veem
com longos arpões a trespassar Set (e o guia aponta mesmo para lá).

Cumprindo a tradição, os participantes na empolgante jornada cultural
que é a visita ao magnífico templo hórico de Edfu tiram fotografias
junto da bela estátua de Hórus em forma de falcão - foi o que fizeram
os três guias, satisfeitos pelo sucesso da viagem ao Egito, que na altura
ainda ia no oitavo dia do programa, faltavam mais seis para o final.

terça-feira, 12 de junho de 2018

Rumo a Edfu




Prosseguindo a nossa viagem, eis que no sétimo dia partimos para Edfu,
navegando para o Sul e fruindo da beleza da paisagem, com as margens
verdejantes dos campos cultivados e das muitas palmeiras, vendo passar, 
uma vez por outra, os barcos de diversos tipos, entre os quais as típicas
dahabeias nilóticas, como a que se vê na primeira imagem.

A passagem pela comporta de Esna foi de noite, e por isso neste ano
não foi visitado o templo dedicado ao deus Khnum que existe no local,
ao contrário de anos anteriores, mas o que não faltou foram os vendedores
que ao entardecer e ao amanhecer, atiram, aos gritos, os seus produtos 
para o convés do barco, tentando fazer negócio em andamento fluvial,
com os seus pequenos barcos a acompanhar o barco do cruzeiro.

Depois foi a chegada a Edfu, situada na margem ocidental do rio Nilo,
onde se ergue uma dos mais bem conservados templos do antigo Egito,
erigido durante a dinastia ptolemaica, sendo dedicado ao deus Hórus,
como expressão lítica da vitória de Hórus, o bem e a justiça (maet), 
sobre Set, o mal e o caos (isefet), que ali se vê a ser castigado.

sexta-feira, 8 de junho de 2018

O sarcófago do Museu da Farmácia



O Museu da Farmácia, dirigido pelo Dr. João Neto, além de expor
corretamente os objetos egípcios que possui, preocupa-se também
com a sua conservação, e ciclicamente alguns dos seus mais frágeis
materiais são submetidos a análises regulares, como agora vai ocorrer 
com o sarcófago de madeira pintada da dama Irtierut, da Época Baixa.

Para esse efeito foi reunida uma equipa de trabalho, parte da qual se vê
nas imagens, com o egiptólogo que estudou o acervo, a Dra Paula Basso,
que é diretora-adjunta do Museu da Farmácia, a Doutora Maria Monsalve,
técnica de conservação e restauro de pintura, o Dr. Gonçalo Magano, 
licenciado em Arte e Património, e a Dra Cláudia Cortez, licenciada
em História da Arte, que está presente na segunda imagem.

quinta-feira, 7 de junho de 2018

A «primeira vez» em Heliópolis



A primeira sessão do curso livre dedicado à criação do mundo
no antigo Egito, evocará a mais ancestral modalidade conhecida
entre as várias formas de criação elaboradas pelos sacerdotes
em diferentes centros religiosos espalhados ao longo do Nilo.

O mais antigo demiurgo registado nos textos alusivos à criação
foi o deus Atum, que na imagem de cima vemos a ser venerado
pelo faraó Ramsés III no seu templo funerário de Medinet Habu,
juntamente com as deusas erotizantes Iusaés e Nebet-hetepet.

Na segunda imagem encontra-se um texto hieroglífico tardio
que faz alusão às várias formas de criação cósmica de Atum,
masturbando-se com a sua mão (a deusa Iusaés), para depois
engolir o seu sémen e dele gerar Chu (o ar seco, pelo escarro) 
e Tefnut (o ar húmido, pelo cuspo), seguindo-se o céu e a terra.

A criação do mundo


Vai ter início no próximo dia 18 de junho, segunda-feira,
mais um curso livre de temática egiptológica promovido pelo
Centro de História da Faculdade de Letras da Universidade
de Lisboa, e inserido na Escola de Verão (História Antiga),
dedicado à criação do mundo no antigo Egito, com sessões 
às segundas e quintas, decorrendo agora as inscrições.

quarta-feira, 6 de junho de 2018

O Egito em Santa Maria da Feira




Na pequena mas útil e funcional Biblioteca de Santa Maria da Feira
existe uma secção dedicada ao antigo Egito, com diversos volumes
de temática egiptológica que se podem reconhecer pelas lombadas
na estante que se mostra na terceira imagem, gentilmente enviada 
pela mestre Daniela Martins, assídua frequentadora da prestimosa 
biblioteca municipal, instalada num airoso complexo cultural.

Museu de Lucsor: o Império Novo




O Museu de Lucsor é especialmente rico em peças evocativas da notável
fase histórica e cultural conhecida por Império Novo (c. 1550-1070 a. C.), 
englobando as XVIII, XIX e XX dinastias, durante as quais o país do Nilo
conheceu uma das épocas mais brilhantes da sua milenar civilização,
quando a capital do Egito era Tebas-Uaset, a atual cidade de Lucsor 
(com o breve, agitado e atípico interregno de Amarna-Akhetaton).

Estão presentes no acervo objetos que evocam alguns dos mais famosos
reis do Império Novo, desde Tutmés III (c. 1479-1425 a. C.), na imagem
em cima, o seu filho Amen-hotep II (c. 1425-1400 a. C.) e Amen-hotep III
(c. 1390-1353 a. C.), mais o seu filho Akhenaton (c. 1353-1336 a. C.), 
ambos na imagem ao meio, permitindo comparar a arte tebana clássica
com as estranhas inovações introduzidas por Akhenaton em Amarna.

Não falta ainda um grande faraó como Horemheb (c. 1320-1292 a. C.),
presente na terceira imagem venerando o deus Atum, e célebres reis
da XIX dinastia como Seti I (c. 1290-1279 a. C.) e seu filho Ramsés II 
(c. 1279-1213 a. C.), entre outros monarcas de diferentes épocas,
para além de duas múmias que se julga terem pertencido a Ahmés,
fundador da XVIII dinastia, e Ramsés I, fundador da XIX dinastia.

No belo Museu de Lucsor




Na cidade de Lucsor não basta visitar o grande templo de Karnak
(Ipet-sut: «O lugar mais seleto») ou o airoso templo de Lucsor
(Ipet-resit: «O harém do Sul»), é indispensável conhecer o belo
Museu de Lucsor, o qual expõe, sobretudo, peças encontradas 
na vasta região tebana, em ambas as margens do rio Nilo.

Muitos grupos limitam-se a percorrer os dois famosos templos
da antiga Tebas-Uaset (e muitas vezes em ritmos acelerados), 
mas os grupos da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa 
fruem também do conhecimento que pode ser adquirido visitando
o Museu de Lucsor, com uma convincente e didática exposição
de objetos que vão da Pré-história à Época Greco-romana,
com destaque para o Império Médio e o Império Novo.

No templo de Lucsor, ao anoitecer



Depois da visita matinal ao enorme templo de Karnak, é sempre 
um belo exercício comparativo poder estar no templo de Lucsor,
o «Harém do Sul» (Ipet-resit), erigido pelo faraó Amen-hotep III,
na XVIII dinastia, e acrescentado por Ramsés II, na XIX dinastia.

Habitualmente os nossos grupos costumam visitar o templo de Lucsor
ao final da tarde, e vai anoitecendo à medida que vamos percorrendo
o pátio de Ramsés II, a colunata e o pátio de Amen-hotep III, entrando
depois na sala hipostila até ao santuário final, onde se podem apreciar
imagens parietais de Alexandre, rei da Macedónia e faraó do Egito.

domingo, 3 de junho de 2018

Em Lucsor Oriental



A manhã do sétimo dia foi dedicada à margem oriental, começando
pelo grandioso templo de Karnak, o qual foi sendo erigido ao longo
de dois mil anos (desde o Império Médio até à Época Greco-romana),
com acrescentamentos de vários faraós... e nunca foi acabado.

Num dia de elevada temperatura o grupo iniciou a sua caminhada 
rumo ao primeiro pilone (do período ptolemaico), pela esplanada
ampla e bem arranjada, para um percurso com cerca de duas horas
apreciando os vastos e diversos espaços internos, com destaque
para o primeiro pátio (pátio bubástida) e o templo de Ramsés III.

Seguiu-se a sala hipostila de Seti I e Ramsés II, passando depois
pelas ruínas dos vários pilones e pela capela da rainha Hatchepsut
até chegar ao grande «Salão de Festas» de Tutmés III, o Akh-menu, 
após o que saímos do templo pelo portão leste para contornar
o imenso complexo religioso de Amon-Ré junto ao lago sagrado.

sexta-feira, 1 de junho de 2018

Medinet Habu e Deir el-Medina



Na tarde quente do sexto dia de viagem fomos visitar o templo funerário
de Ramsés III em Medinet Habu, depois de no caminho termos avistado
as impressionantes ruínas do templo funerário de Ramsés II (Ramesseum),
vendo-se na primeira imagem a porta da fortificação de tipo cananaico
 (conhecida por migdol) que antecede o pilone do templo de Ramsés III,
onde se encontram duas estátuas graníticas da deusa Sekhmet.

Depois foi a visita a Deir el-Medina para ali apreciar a vila operária
onde durante alguns séculos viveram os trabalhadores que prepararam
e decoraram os túmulos do Vale dos Reis, e outros, tendo ainda feito 
os seus próprios túmulos na encosta ocidental, vendo-se na segunda
imagem os viajantes prestes a entrar nos túmulos de Sennedjem,
Inherkhau e Pachedu, «servidores do Lugar de Verdade», antigo
nome do sítio de Deir el-Medina (em egípcio: Set Maet).