sábado, 30 de abril de 2011

Abido, Templo de Seti I


Seti I levantando o Pilar Djed, "espinha dorsal de Osíris", em honra de Osíris.
O ritual de erguer o Pilar Djed era também um símbolo de ressurreição.

domingo, 24 de abril de 2011

Evolução das pirâmides

Pirâmides são gigantescos túmulos reais e característicos do Império Antigo.
Durante este período houve uma grande evolução desde as mastabas, que as precederam, até ao apuramento técnico que permitiu a construção das mesmas.

A pirâmide de Sakara, ou pirâmide escalonada, foi uma das primeiras tentativas para executar um monumento piramidal. Foi mandado executar pelo faraó Djoser da III dinastia (cerca de 2650 anos a.C.) e, grosso modo, era feita com 6 mastabas, com tamanhos decrescentes.

Na IV dinastia, em Meidum, a cerca de 100 Km do atual Cairo, foi erigida uma pirâmide que inicialmente tinha também degraus mas, numa fase posterior, foi coberta com várias camadas de pedra nos vãos e um revestimento externo de forma a ser convertida numa verdadeira pirâmide de faces lisas já na época do faraó Senefru. Mais tarde deu-se o desmonoramento parcial pelo que presentemente só se pode observar a estrutura interior.



Outra pirâmide também mandada erigir em Dahshur, no tempo do faraó Senefru, chamada romboidal, com cerca de 105 metros de altura mas com uma inclinação na metade inferior de 54º e na superior de 43º. Esta estranha forma da pirâmide deveu-se a problemas de sustentação e ameaça de colapso da mesma, de maneira que a redução da inclinação foi para que a estrutura aguentasse, e a verdade é que ela lá está ainda de pé.



Foi no reinado de Khufu, filho de Senefru que se chegou ao máximo nível técnico, estando a sua pirâmide em Guisa, inclinada regularmente a 52º relativamente ao plano do chão. A partir desta fase, com o conhecimento entretanto adquirido, tornou-se mais previsível a construção das pirâmides seguintes. O seu filho Khafré seguiu-lhe as pisadas e erigiu um pirâmide também em Guisa, e de dimensões semelhantes, no entanto, a partir dessa altura, os faraós seguintes, denotando uma menor capacidade económica realizaram-nas mas com dimensõs mais modestas. De qualquer maneira todas elas foram saqueadas ainda na antiguidade, não conseguindo preservar o seu conteúdo. Com o fim do Império Antigo foi deixado este tipo de construção, dando lugar aos templos funerários.

Antigos egípcios e Matemática

Desde a sedentarização das populações, ligadas ao início da agricultura, começou a haver necessidade de medir a dimensão dos terrenos e fazer o cálculo da respectiva área de cultivo.
Acontecia, frequentemente, um problema: o desaparecimento das marcas que separavam as propriedades contíguas após o recuo das águas do Nilo, no fim do período das cheias. Também não era raro que algum dos proprietários tentasse alterar em seu benefício os limites do seu terreno. Isso dava origem a frequentes contendas judiciais. Daí haver necessidade de voltar a medir essas propriedades para ser reposta a legalidade.

Havia indivíduos especializados nessa tarefa. Essa medição era feita com longas cordas com nós regulares. O cálculo da área foi possível porque eles descobriram como avaliar a área do triângulo retângulo, que era metada da área do retângulo com lados iguais aos catetos desse triângulo.
Conseguiam facilmente decompor qualquer terreno em vários triângulos retângulos e depois somavam as áreas.
Muito antes dos gregos terem desenvolvido a geometria, já os egípcios utilizavam propriedades dos triângulos retângulos. Utilizavam frequentemente os triângulos com dimensões 3 x 4 x 5, ou 5 x 12 x 13, que eram sempre triângulos com um ângulo reto.
Claro que tanto trabalho também tinha uma utilidade para os cofres do faraó, já que era permitido assim fazer o cálculo do imposto a aplicar a determinada propriedade. Os egípcios, tudo registavam, até ao mais ínfimo pormenor, o que permitiu nos tempos atuais, sabermos com alguma precisão a maneira como atuavam.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Uma noite aconteceu


«Em cada espectáculo de som e luzes no Templo de Filae os deuses, como Osíris e Ísis, "regressam" ao templo e na presença da assistência contam a sua história. O que dirá Ísis quando souber que o seu tempo foi deslocado?

Ficará certamente orgulhosa, tal como o seu amado Osíris, em saber que o seu tempo renasceu para que os seus futuros visitantes possam assistir à glória de Filae ao longo dos tempos.
»



Fonte: TUI Viagens
Foto: TMS

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Notícias sobre o Egito atual

No Blog do Dr. Zahi Hawass, Secretário Geral do Conselho Supremo das Antiguidades e que foi reconduzido nas suas funções a 4 de Abril do corrente ano, é apresentado um ponto da situação em que se revela a extensão dos saques disseminados um pouco por todo o Egito e não apenas localizados na capital. Alguns destes objetos foram entretanto recuperados, mas a lista definitiva ainda está por determinar.

Aqui deixo o link para o referido blog em que este tema é abordado.

domingo, 10 de abril de 2011

O extraordinário túmulo da rainha Nefertari

Nefertari (c. 1300-1250 a.C) foi a esposa principal do faraó Ramsés II. Era então um Egito no seu apogeu em explendor.
Não admira portanto o requinte com que este túmulo (QV66) foi feito.
Na década de 1980, foi totalmente restaurado e estudado pelo Instituto Getty de Conservação de Los Angeles, mas a sua visita ao público está interdita e só se pode aceder por convite das autoridades egípcias.
Poderá ser considerado como o mais belo de todos os túmulos, fazendo jus ao nome da rainha.

Anexo um pequeno video para dar uma ideia do seu aspecto interior.

Link com filme do interior do túmulo de Nefertari




Link com mais imagens

sábado, 9 de abril de 2011

Sobre as múmias da Sociedade de Geografia de Lisboa

Na Revista Visão da corrente semana (7 a 13/4/2011) é apresentado um excelente artigo intitulado "As múmias do Coliseu".
São quatro sarcófagos com múmias de mulheres sacerdotisas do clero de Amon que viveram aproximadamente há três milénios, durante a XXI dinastia.
No artigo é explicado a forma como este espólio e ainda mais 88 estatuetas funerárias vieram parar a Portugal e que, em traços gerais, teve a ver com a falta de espaço no antigo museu de antiguidades de Gisé (antecessor do actual museu egípcio do Cairo). Durante a entronização do khediva Abas II foi decidido entregar parte importante do espólio de 153 sarcófagos e outros artigos funerários, descobertos em 1891, aos países que estiveram representados na referida cerimónia. Em 1893 o lote destinado a Portugal veio para a Sociedade de Geografia de Lisboa.
O egiptólogo Rogério de Sousa está actualmente apostado em conseguir a limpeza e restauro destes sarcófagos e nós estamos, certamente, ansiosos pelo momento em que possamos ter acesso, já convenientemente tratadas e protegidas.


sábado, 2 de abril de 2011

Sírius- uma referência incontornável

A estrela Sírius pertence à constelação de Canis Majoris e é a estrela mais brilhante do céu noturno. Na realidade, hoje sabe-se que é um sistema binário constituído por uma estrela principal (Sírius A) e por uma anã branca (Sírius B).
Os antigos egípcios deram grande importância a esta estrela que era visível quase todo o ano, menos um curto período de 70 dias em que permanecia abaixo do horizonte.
Como o seu reaparecimento anual antecedia as cheias anuais do Nilo, foi escolhido esse momento para se considerar o 1º dia do ano no calendário egípcio.


sexta-feira, 1 de abril de 2011

O Antigo Egito e a o sistema de irrigação













Desde muito cedo, os antigos egípcios tiveram necessidade de controlar as águas do Nilo.
À força de muito trabalho, construíram e desenvolveram um vasto número de canais e inventaram mecanismos para elevar a água, o que permitiu ganhar grandes áreas que anteriormente eram totalmente desérticas.
Para além destas obras hidráulicas, foram criados sistemas de controlo dos níveis da água do Nilo, que eram os nilómetros. Com eles podiam prever com bastante aproximação o nível da colheita anual, e consecutivamente calcular o imposto a aplicar...