Na Revista Visão da corrente semana (7 a 13/4/2011) é apresentado um excelente artigo intitulado "As múmias do Coliseu".
São quatro sarcófagos com múmias de mulheres sacerdotisas do clero de Amon que viveram aproximadamente há três milénios, durante a XXI dinastia.
No artigo é explicado a forma como este espólio e ainda mais 88 estatuetas funerárias vieram parar a Portugal e que, em traços gerais, teve a ver com a falta de espaço no antigo museu de antiguidades de Gisé (antecessor do actual museu egípcio do Cairo). Durante a entronização do khediva Abas II foi decidido entregar parte importante do espólio de 153 sarcófagos e outros artigos funerários, descobertos em 1891, aos países que estiveram representados na referida cerimónia. Em 1893 o lote destinado a Portugal veio para a Sociedade de Geografia de Lisboa.
O egiptólogo Rogério de Sousa está actualmente apostado em conseguir a limpeza e restauro destes sarcófagos e nós estamos, certamente, ansiosos pelo momento em que possamos ter acesso, já convenientemente tratadas e protegidas.
De facto o espólio egípcio da Sociedade de Geografia de Lisboa, oferecido pelo Egipto em 1893, tem qualidade e é praticamente inédito, até porque desde há muito tempo está inacessível ao público.
ResponderEliminarDe resto ele encontra-se em fase de estudo, e embora já tenham sido estudadas e publicadas as 88 estatuetas funerárias da colecção (chauabtis), está agora o Professor Rogério Sousa a estudar os cinco sarcófagos e as três tampas internas de múmia.
Duas delas já estiveram expostas há uns cinco anos no Museu Arqueológico de Odrinhas por ocasião de uma homenagem ao Professor Rómulo de Carvalho numa exposição de antiguidades egípcias que lá foi organizada.