segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Arte Egípcia - V

O escaravelho: insecto sagrado para os egípcios.

Os egípcios adoravam-no como sendo a imagem do aparecimento da vida sobre a terra. Simboliza a imortalidade: imagem do sol que renasce de si mesmo.

Este insecto tem o carácter de passar o dia inteiro empurrando, entre as patinhas umas bolinhas feitas de excrementos enquanto o sol "passa" pelo céu e se põe. Com a chegada da noite o dito insecto enterra a bolinha "construída" com tanto esmero e a fêmea vem colocar aí os seus ovos. Ao amanhecer, eis que nascem muitos "jovens" escaravelhos do excremento depositado para de novo acompanhar o sol no seu caminho. O sol renasce da noite e o escaravelho renasce da própria decomposição.

É o símbolo da vida que se renova eternamente a partir de si mesmo.

Talvez com esta simbologia da fertilidade e renovação possamos entender o que todas estas pessoas fazem: Sete voltas ao escaravelho de Karnak... Há até quem dê mais...







7 comentários:

  1. Permitam-me uma uma nota relativamente a esta foto.
    Como podem reparar, algumas pessoas ficaram pouco nítidas, mas foi totalmente intencional, e foi provocada por uma velocidade do obturador mais lento, para dar a ideia de arrastamento que corresponde ao movimento das pessoas à volta do escaravelho. Assim se percebe que elas estão a dar a volta ao animal ;-)

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  2. Bonita imagem Jorge, alguns daqueles "peregrinos", não sei porquê, parecem-me familiares =)

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  3. A mim também! Não é a Teresa que num passo apressado ciranda em torno do grande coleóptero sagrado de Amen-hotep III?

    Que busca ela em tão estonteante peregrinação sob o inclemente sol de Karnak no meio daqueles empenhados adoradores de Khepri?

    Porque vai ela energicamente com a sua blusa vermelha e o seu chapéu largo numa direcção contrária aos restantes peregrinos?

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  4. É verdade que a nossa equipa está quase toda lá, mas escolhi esta foto por ninguém aparecer muito claramente. Mas...Professor, a adoradora de vermelho e chapéu de asas largas que se movimenta em sentido contrário (não havia sinais de trânsito)não é a Teresa. Ela está meia encoberta pelo Paulo. Será caso para perguntar: "Onde está o Wally...?" Já descobriu...?

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  5. Ah, já os vi!... Estão à direita na imagem, afastados do grupo de peregrinos peripatéticos, com o Paulo (um cristão num espaço pagão) a encobrir a sua Teresa. Consigo ver o nosso caro antropólogo, e a senhora de vermelho escarlate que lá está não é a outra nossa Teresa, expedita agente de viagens?

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  6. O católico apostólico romano abaixo-assinado agradece que, doravante, a sua imagem, mesmo que deformada por espelho de feira popular, seja poupada à vista de todos;-)

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  7. Vale a pena ser colaborador e escriba deste blogue do «Faraó e Companhia» para ver diálogos tão animados e divertidos como este que a foto do nosso sunu fotógrafo propiciou. Estou a gostar muito muito muito da experiência!

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