sábado, 4 de dezembro de 2010

Vale dos Nobres II- Revisto





















Sennefer (TT96), foi governador de Tebas durante o reinado de Amenhotep II na XVIII dinastia.
Os seus cargos eram muitos, pelo que descrevo apenas os principais:



Supervisor dos campos de Amon
Supervisor do gado
Supervisor da carne de Amon
Supervisor do templo de Amon
Supervisor da templo (funerário) de Djeserkaré (Amen-hotepI)
Supervisor dos sacerdotes de Ahmose-Nefertari
Supervisor dos sacerdotes de Horus
Aquele que enche o coração do rei (favorito do rei)
Governador da cidade do sul (Tebas)
Chefe dos cortesões do palácio
Chefe do alto e Baixo Egipto
Lider do festival de Amon
Portador do selo real do Baixo-Egipto

Devido à sua decoração nos tectos e paredes com vinhas, por vezes chama-se túmulo dos vinhedos.
É composto por um corredor, vestíbulo, sala com colunas e sala hipostila, mais uma capela funerária que está danificada.
É apresentado em algumas imagens, acompanhado pelas suas duas esposas.
É de facto um túmulo muito belo e merece bem o seu destaque.

A seguir... Túmulo de Rekhmire

2 comentários:

  1. Ora aqui está um belo túmulo e um dos mais singulares de Lucsor Ocidental, e que nós visitámos na Páscoa de 2010, lembram-se dele? Descemos por uma apertada e difícil escadaria para as entranhas da terra...

    A sua decoração, com as latadas subindo pelas paredes é muito original, e está relativamente bem conservado, com o seu proprietário Sennefer, governador de Tebas-Uaset, pintado em belas cores em pose de eternidade com as suas duas esposas (uma anterior que já tinha falecido antes, e a seguinte, Merit).

    Os títulos que Sennefer exibe nas paredes e no tecto do túmulo são muito expressivos, embora seja de alterar a expressão «casa de Amon» para templo de Amon, e, sobretudo, evitar o título de «prefeito da cidade», que tem inspiração brasileira. Em Portugal usa-se o termo governador (em egípcio, hatiá).

    Também em vez de «casa de Djeserkaré» deveria estar templo (funerário) de Djeserkaré, que é o rei Amen-hotep I. Não esquecer o acento no «é», evocativo do deus Ré - e fico ansioso pela descrição do túmulo de Rekhmiré («O que conhece como Ré»).

    Na Páscoa de 2011 estarei lá de novo na visita do Instituto Oriental e do Museu Nacional de Arqueologia - quem quer vir?

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  2. O sunu agradece ao Professor. Esta é a melhor maneira de se aprender... com as suas acutilantes críticas construtivas...

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