Não_resisti... ..........................................................
O nosso Professor Luis Araújo revelou a sua peça preferida do Museu de Brooklyn.
Apesar de termos estado mais de uma hora e meia só na parte egípcia deste museu, infelizmente não a registámos fotograficamente, mas já a descobrimos na web...
É de facto uma linda estatueta em alabastro em que a rainha Ankhenesmeriré, tem ao colo o seu filho, o futuro Pepi II (VI dinastia - Império Antigo)
Aqui está outra imagem indispensável na cadeira de Arte Pré-Clássica, para mostrar que por vezes a rígida «lei da frontalidade» podia ser quebrada por motivos de ordem estética, iconográfica, ideológica ou política. É que regra geral uma estátua egípcia é esculpida para ser vista de frente - quando há hipóteses de ser vista, porque muitas colocavam-se no túmulo para não mais serem vistas...
ResponderEliminarÉ caso para dizer que este grupo escultórico tem duas imagens numa só, valendo pois pelo seu conjunto semiótico que mostra uma mãe e um filho, que por sinal são uma rainha e um rei (que ainda é uma criança). Mas o juvenil Pepi II já tem na cabeça a cobertura de pano nemsit (nemés em grego) de onde desponta a serpente sagrada da realeza, e como rei já está entronizado. E assim a escultura pode ser vista de frente (e neste caso Pepi II estará de lado), ou vendo Pepi II de frente (e neste caso a rainha Ankhenesmeriré estará de lado).
Só que atendendo à sua tenra idade Pepi II senta-se no trono mais óbvio e mais seguro que poderia usar: o colo da própria mãe. E daqui podemos partir para a sublime mensagem que é a deusa Ísis entronizada com o seu filho Hórus ao colo - e não é verdade que o rei do Egipto é um Hórus vivo?