sábado, 25 de agosto de 2012

Estela de uma rainha

Apresenta-se aqui a estela, de uma conhecida rainha da época ptolomaica, que se encontra no Museu do Louvre.
O nome dela pode ser facilmente lido do grego, que era nessa altura a língua oficial.
Exatamente na segunda linha pode-se ler...

ΚΛΕΟΠΑΤΡΑ



Foi  Cleópatra VII a última rainha ptolomaica antes da conquista do Egito pelos Romanos. Aparentemente ter-se-à suicidado para evitar ser enviada com escrava para Roma.

Nesta estela ela encontra-se ofertando à deusa Ísis.

4 comentários:

  1. A manufatura da baixa época é sempre de uma qualidade tão sofrível que parece uma falsificação recente.

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  2. Cleópatra VII pode ter perdido a vida, os filhos, o reino, mas sem dúvida ganhou a imortalidade, talvez mais do que todas as outras rainhas egípcias e certamente mais do que muitos príncipes de outrora. Pois se na antiga religião egípcia, falar dos mortos é fazê-los viver, estamos sempre a falar dela, a retratá-la em peças cinematográficas, livros, obras teatrais, pinturas e outras tantas manifestações artísticas, então não há dúvida que ela sobreviveu aos esquecimentos que o tempo sempre traz!

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  3. Quase no final das férias, eis-me de regresso ao nosso blogue, e dei logo com esta interessante postagem do nosso sunu Jorge Pronto com uma estela inédita de Cleópatra que eu não conhecia.

    Trata-se de um bom testemunho do sincretismo estético e artístico que então estava em voga, pois a parte de cima da estela mostra uma iconografia claramente egípcia com Ísis e o seu filho Harpócrates venerados por Cleópatra.

    Mas é curioso como a primeira linha do texto grego apresenta Cleópatra como rainha (basilissa) e ela surge na imagem com uma indumentária típica da realeza masculina (qual Hatchepsut mais de mil anos depois).

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  4. É um notável exemplo de sincretismo político, cultural, ideológico e artístico a nível da propaganda, demonstrando a extraordinária mistura entre os dois mundos aos quais Cleópatra VII pertencia, na qualidade de descendente de monarcas de origem greco-macedónica e em simultâneo herdeira das milenares tradições faraónicas egípcias.

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